entenda como Lula criou o monopólio da carneUm frigorífico nascido no interior de Goiás em 1953 e desconhecido até a década passada se tornou uma das maiores empresa privada do Brasil responsável pelo abastecimento do mercado da carne bovina. No Mato Grosso do Sul a indústria é responsável por 37% dos abates, segundo informações do Rural Centro.
O grupo JBS, mais conhecido pela marca Friboi, é acusado hoje de monopolizar o mercado da carne, em razão do seu poder sobre a economia no setor. A critica vem da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) que ressalta que a JBS quer eliminar a concorrência ditando as regras.
A expansão da empresa se deu em razão das suas aquisições financiadas pelo grupo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Mais de R$ 8 bilhões de dinheiro público foi investido no grupo nos últimos anos. A injeção bilionária do banco estatal deu fôlego para a empresa adquirir novas ações e plantas, e monopolizar o mercado da carne no país.
Com o controle de frigoríficos, sua planta industrial se propagou pelo país. Hoje, a empresa dita política de preços, e com isso força baixas muito aquém dos elevados custos da produção agropecuária. O resultado disso é o fim das atividades nos pequenos frigoríficos que não conseguem rendimento.
Conexões políticas do grupo
Uns dos pontos forte do JBS são suas conexões políticas.
O jornalista Diego Casagrande, denunciou que a empresa que foi presenteada pelo BNDES com mais de R$ 10 bilhões do dinheiro dos brasileiros sem garantias efetivas durante o governo Lula (PT), agora conta com novo apoio do governo Dilma: a medida provisória 656/2014, assinada na calada da noite por Dilma, que poderia arrasar os pequenos frigoríficos, tirando-os do caminho da JBS-Friboi e abrindo caminho para o monopólio absoluto.
Em seu blog Casagrande comentou, na época, que “nem mesmo o Ministério da Agricultura sabia da Medida Provisória e sequer foi consultado sobre o ato. A Abrafrigo também não sabia. Aliás, quase ninguém sabia. Uns poucos sabiam. Nós imaginamos quem são”.
A emenda foi barrada graças a uma ação do então deputado federal Ronaldo Caiado (GO), que em dez de dezembro de 2014, conseguiu retirar duas emendas do texto da MP. Conhecidas como “Emenda Friboi”, as alterações pretendiam impedir que estados e municípios fiscalizassem o serviço dos frigoríficos. A outra permitia a imediata desapropriação de terras sem a necessidade de decisão judicial, descumprindo princípio constitucional. O relatório da MP, que tem como objeto central a desoneração de impostos, foi aprovado pela Comissão Especial sem essas emendas segue para apreciação no plenário da Câmara.
A JBS-FRIBOI foi a maior doadora da campanha eleitoral de 2014 – para todos os partidos e candidatos – ultrapassando a cifra de R$ 50 milhões. Muitos deputados defensores do agronegócio receberam grandes quantias para a campanha.
O ex-secretário Nacional de Justiça do governo Lula, Romeu Tuma Junior afirmou em sua rede social que a relação da JBS Friboi é a maior “lavanderia da história da América Latina”.
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