Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 18 de abril de 2017

Hora do recreio

Roberto Pompeu de Toledo:Publicado na edição impressa de VEJA

No Brasil o presidente Fernando Henrique Cardoso era um; no exterior era outro. Adeus às disputas, às intrigas, aos escândalos que lhe infelicitavam a vida. Lá fora, como evidencia o recém-publicado terceiro volume dos Diários da Presidência, cobrindo os anos de 1999 e 2000, era o prazer de encontros como os que teve com o americano Bill Clinton. Num deles, Clinton lhe falou da proposta que recebeu de Boris Ieltsin, então presidente da Rússia: “Você cuida do resto do mundo, e deixa a Europa para mim”. O presidente americano acrescentou que o russo, famoso pelas bebedeiras, não tinha “mais que 45 minutos de lucidez por dia”. Em outro, no auge da crise do Kosovo, província rebelde da Iugoslávia, Clinton comentou que o pai e a mãe do sanguinário ditador iugoslavo Slobodan Milosevic se suicidaram, e concluiu: “Quando o sacrifício é grande, o coração endurece”. FHC observa: “Os americanos são assim, sempre têm uma explicação psicológica para fatos sociais”.






























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