MIRANDA SÁ
“Inventam uma bomba e depois ficam arranjando conferências para que ela não seja detonada” (Max Nunes)
Duas
manchetes garrafais (a gíria jornalística antiga usava este adjetivo
para títulos com letras enormes) ganharam o que resta de imprensa
escrita: uma se espalhou pelo mundo inteiro, a “Mãe de todas as bombas”
que os EUA jogaram no Afeganistão; a outra ficou na mídia jabuticaba, a
Delação dos Oldebrechts…
Os
arsenais dos EUA e da Rússia estocam bombas especiais, muito grandes,
que os norte-americanos batizaram de MOAB – “Massive Ordnance Air Blast”
-, que trocando em miúdos é “explosão aérea de imenso poder”. A
conhecida ironia que percorre o Pentágono apelidou-a de “Mãe de todas as
bombas”.
Também
explodindo no ar, com fogo e estilhaços para todos os lados, tivemos no
Brasil as delações de Emílio e Marcelo Odebrecht, pai e filho, e o
séquito de diretores da empreiteira. Enxeridamente resolvi chama-las
também de Mãe de todas as bombas, por se seguir a pequenas explosões que
apenas arranharam a chamada classe política.
Vejamos:
Temos no Brasil um organizado e gigantesco sistema de corrupção,
traçado e executado pela parceria público-privada comandada por Emílio
Odebrecht e Lula da Silva, que trocavam de posição às custas de propinas
na direção dos negócios do governo federal.
São
tão grandes a abrangência e a proporção sistemática do assalto aos
cofres públicos que ia da compra de vereadores – como ocorreu em
Uruguaiana, no interior do Rio Grande do Sul -, até operações
internacionais em nove países, Angola, Argentina Colômbia, El Salvador,
Equador, México, Peru, República Dominicana e Venezuela.
Restam
aparecer os EUA e o Japão, por causa das transações criminosas
realizadas na compra de refinarias, em Pasadena e na ilha de Okinawa; em
ambas as mesmas digitais do lulopetismo corrupto acionado por Dilma, no
conselho da Petrobras e na Presidência da República.
Impõe-se
a importância altamente negativa para a economia nacional e a
comprovação da desfaçatez criminosa de Lula, o caso das obras em Angola,
em prejuízo para as normas do BNDES e propina sendo paga em diamantes…
Até
agora, devidamente divulgados em louvor à transparência defendida pelo
ministro Edson Fachin, do STF, temos 76 inquéritos abertos, entre os
quais 31 – ou 40,8% – tratam de cobrança de propinas. Quando redigia
este artigo, tive a informação de que os delatores da Odebrecht
apresentaram documentos para corroborar acusações feitas em delações
premiadas.
Os
investigadores da inteligência da PF dispõem de papeis diversos, contas
e extratos bancários, comprovantes de transferência de dinheiro e
contratos fictícios que simulavam um serviço prestado à empreiteira para
camuflar pagamento de dívida de campanha.
A
bomba explodiu com tamanha magnitude que escondê-los foi impossível
para certos órgãos de informação simpáticos a Lula e Emílio. Jornalistas
e colunistas famosos ainda não fizeram autocrítica por não ter
antevisto o que ocorria no País antes da detonação da “Mãe de todos as
bombas”.
O
povo não ficou atônito. Informou-se, comprovando do que já desconfiava.
A Nação como um todo pede uma severa punição para os culpados.
Entretanto, os partidos picaretas tentam sensibilizar a Justiça a
aceitar uso do dinheiro do Fundo Partidário para quitar as multas por
mau uso do mesmo fundo.
E
o pior, pelo cinismo descarado: A imprensa publica que estão à liderar
essa Frente Única pela Corrupção – FUC, um crime de lesa-Pátria, Lula,
FHC E Temer. Nenhum deles merece perdão.
EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA
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