No Globo:
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência derrotado nas eleições de outubro, afirmou que não perdeu nas urnas para um partido político, mas para uma “organização criminosa” existente em empresas apoiadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A declaração foi dada em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, da GloboNews, que foi ao ar na noite de sábado. “Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está”, disse o tucano.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência derrotado nas eleições de outubro, afirmou que não perdeu nas urnas para um partido político, mas para uma “organização criminosa” existente em empresas apoiadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A declaração foi dada em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, da GloboNews, que foi ao ar na noite de sábado. “Na verdade, eu não perdi a eleição para um partido político. Eu perdi a eleição para uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está”, disse o tucano.
Na
entrevista, Aécio fez várias outras críticas a Dilma, sua adversária nas
eleições de outubro. Ele afirmou que Dilma se mantém no poder às custas
do que classificou como “sordidez” investida contra os oponentes, em
especial durante a campanha eleitoral. “Essa campanha passará para a
História. A sordidez, as calúnias, as ofensas, o aparelhamento da
máquina pública, a chantagem para com os mais pobres, dizendo que nós
terminaríamos com todos os programas sociais. Não só eu fui vítima
disso. O Eduardo (Campos) foi vítima disso, a Marina (Silva) foi vítima
disso e eu também. Essa sordidez para se manter no poder é uma marca
perversa que essa eleição deixará”, disse Aécio a Roberto D’Ávila.
Para o
tucano, um ataque em campanha eleitoral, com respeito a determinados
limites, “faz parte do jogo”. Ele ressaltou que a disputa entre
candidatos deve ser de ideias, não de caráter pessoal. O senador lembrou
que os embates com a presidente durante a campanha foram duros: “Eu
tinha que ser firme, mas sempre busquei ser respeitoso. Mas, nesses
embates, eu representava o sentimento que eu colhia no dia anterior, ou
no mesmo dia de manhã, de uma viagem que eu tinha feito por alguma
região do Brasil. Eu passei a ser porta-voz de um sentimento de mudança e
também de indignação com tudo isso que aconteceu no Brasil.”
A
comparação do PT com uma organização criminosa feita por Aécio não caiu
bem no partido da presidente. O secretário nacional de Comunicação do
partido, José Américo, considerou a declaração irresponsável e típica de
quem não sabe se conformar com a derrota na eleição. José Américo disse
que não viu a entrevista toda, mas vai pedir ao departamento jurídico
do PT para analisar se é o caso de buscar alguma ação na Justiça contra o
tucano. “É desagradável. Aécio mostra que não sabe perder. Não é só um
problema político, ele está abalado psicologicamente. A derrota em Minas
abalou Aécio porque, ao perder no seu estado, perdeu também a corrida
dentro do próprio PSDB. Está em desvantagem na sociedade e no PSDB. E aí
faz uma acusação irresponsável desse tipo”.
Na
mesma entrevista, Aécio alertou para o risco de o Judiciário brasileiro
ser politizado pelas indicações que a presidente Dilma fará para
tribunais superiores. Ao longo do novo mandato, a petista indicará pelo
menos seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso
porque cinco dos atuais ocupantes das cadeiras completarão 70 anos,
limite para a aposentadoria compulsória, até 2018. A outra vaga foi
aberta em julho deste ano, quando o ministro Joaquim Barbosa pediu
aposentadoria.
A
presidente Dilma também fará seis nomeações para o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) nos próximos quatro anos. O STJ é composto de 33
ministros. Antes de tomar posse, o ministro escolhido precisa passar por
sabatina no Senado. Aécio pediu atenção aos parlamentares. “É preciso
que o Congresso esteja muito atento às novas indicações, seja para o
STJ, seja para o STF. Não podemos permitir que haja qualquer tipo de
alinhamento político do Judiciário brasileiro. A sociedade está mais
atenta do que nunca para que as nossas instituições sejam preservadas”,
disse.
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