por Percival Puggina.
Farei uma afirmação que vai incomodar alguns. Assim: “O Brasil do bem não está empenhado no impeachment da presidente Dilma para ser conduzido segundo a gritaria dos que nos levaram ao atual despenhadeiro moral, social, cultural, político e econômico”. Quem ficará incomodado com essa frase? Ora, os felizes com Dilma, com Lula, com o PT e seus métodos. Portanto, em nada me perturba o incômodo deles. Há o Brasil do bem, sim, e há o que nada de braçada em mar de lama.
Por sua larga experiência e formação acadêmica, poder-se-ia afirmar que Michel Temer sabia tudo de política. Mas vê-se agora que algumas aulas ele andou perdendo. Felizmente, a área econômica, as relações exteriores e a gestão das grandes estatais firmaram um compromisso que as deixa blindadas às marchas e contramarchas que até aqui têm marcado o governo Temer. Só esse núcleo duro, leitor, já é uma enorme vantagem em relação à situação anterior. Mas um técnico não pode se deixar influenciar e, menos ainda orientar, pela gritaria da torcida adversária. Não agradará os adversários e desagradará os parceiros. Mais alguns passos e estaremos nos reunindo com o Foro de São Paulo e com a UNASUL para protestar contra nós mesmos?
Atribui-se a Bill Cosby, comediante norte-americano, esta brilhante afirmação: “Eu não sei qual o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar todo mundo”.
Alguém precisa alertar o presidente em exercício sobre para onde o está levando sua irresolução.
extraídadepuggina.org
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