Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa: Com Blog do Noblat - O Globo
Dos interlocutores de Machado, o que mais me impressionou foi José
Sarney. Para quem é tido como ardiloso, Sarney estava com a matraca
aberta, não é não?
E mais incrível ainda era a impressão que Sergio Machado estava pescando
dados, não estava só batendo papo com os amigos, não, mas cavando
informações. Ele chega a fazer perguntas muito óbvias, a tal ponto que
surpreende suas “vítimas” não perceberem, e não desligarem logo o
telefone.
Apesar de saber que as gravações foram feitas em março, antes da queda
de Eduardo Cunha ou do afastamento de Dilma Rousseff, ficou aquela pulga
atrás da orelha até ler o Blog do Noblat de ontem, onde Ricardo Noblat
revela como Sergio Machado gravou suas conversas.
Parece roteiro de Francis Ford Coppola: o ex-presidente da Transpetro, sabedor que uma delação premiada tem que ser rica em informações, que só repetir o que outros já disseram, ou criar fantasias que logo os investigadores desmontariam, não ia resolver seu caso, ofereceu-se para gravar conversas que ia ter com seus amigos, em Brasília.
Parece roteiro de Francis Ford Coppola: o ex-presidente da Transpetro, sabedor que uma delação premiada tem que ser rica em informações, que só repetir o que outros já disseram, ou criar fantasias que logo os investigadores desmontariam, não ia resolver seu caso, ofereceu-se para gravar conversas que ia ter com seus amigos, em Brasília.
Mas nada de telefones. Isso seria muito arriscado, pois ele não ia lidar com ingênuos. O negócio foi bem mais sofisticado.
Copio do artigo do Noblat: “Mas não o fez armado com um celular ou
gravador de bolso. Topou ser monitorado em tempo real por agentes
federais. Eles o equiparam com aparelhos de escuta. E o seguiram para as
tais conversas com uma Van que estacionava a certa distância dos
endereços daqueles a serem visitados por Machado. De dentro da Van,
escutavam tudo o que Machado falava e ouvia. Como nos filmes”.
Palmas para a PF!
O Globo de ontem publicou alguns trechos das conversas. Um em especial
chamou minha atenção. É quando o tal Machado menciona o juiz Sergio Moro
e Renan Calheiros retruca com palavra inaudível. Machado completa:
“Renan, esse cara é mau, é mau, é mau, é mau“.
Pois graças a Deus o Brasil conta, nestes tempos horrorosos em que
estamos vivendo, com o juiz que Sergio Machado qualifica de “mau”. O
que seria de nós sem a força do Ministério Público, da Polícia Federal e
sem a firmeza do juiz Sergio Moro?
Temos o exemplo da Itália para seguir. O Mani Pulite, que tanto bem fez
àquele país, acabou vencido pelo Parlamento que estava nas mãos de
políticos interessados em liquidar com os Procuradores italianos e
legislar sempre em favor do crime! O que desaguou no Berlusconi.
Nós não podemos deixar o mesmo acontecer com o Brasil. Não podemos mais continuar nessa situação nojenta, quando o presidente interino tem dificuldade em montar sua equipe já que são raros os competentes e corretos que ele pode convocar.
E, sobretudo, pelo amor de Deus, jamais permitir que as notícias vindas de Curitiba sirvam como pretexto para a anulação do processo de impeachment de dona Dilma!
O Brasil está muito doente e cabe a nós, seus cidadãos, zelar para que ele se recupere sob a batuta de um presidente constitucionalista, Michel Temer.
Nós não podemos deixar o mesmo acontecer com o Brasil. Não podemos mais continuar nessa situação nojenta, quando o presidente interino tem dificuldade em montar sua equipe já que são raros os competentes e corretos que ele pode convocar.
E, sobretudo, pelo amor de Deus, jamais permitir que as notícias vindas de Curitiba sirvam como pretexto para a anulação do processo de impeachment de dona Dilma!
O Brasil está muito doente e cabe a nós, seus cidadãos, zelar para que ele se recupere sob a batuta de um presidente constitucionalista, Michel Temer.
extraídaderota2014blogspot
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