Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Recessão causa mais de um milhão de demissões em um ano

Wagner Pires


A recessão induzida pelo devastador relaxamento da política fiscal e pelo represamento dos preços administrados perpetrados por Dilma e Mantega para falsear a realidade econômico-financeira do país e garantir a reeleição de Dilma continua deteriorando o mercado de trabalho.
Segundo informa o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego, foram fechados 657.761 postos de trabalho formal de janeiro a setembro de 2015. Só em setembro último o Caged computou o fechamento de 95.602 vagas.
Computados os últimos doze meses o saldo entre admissões e desligamentos, negativo, ultrapassou um milhão de postos de trabalho formal -1.238.628. Lembrando que no Caged são computados apenas os trabalhos com registro em carteira. Isto é, não computa os empregos informais.
SETOR SECUNDÁRIO
O setor mais prejudicado é justamente o secundário, isto é, o da indústria para a qual – relativamente aos últimos doze meses – ocorreu o fechamento de 955.995 postos de trabalho. Este setor abriga, de longe, os melhores e mais bem remunerados empregos, além de ser o que mais agrega valor proporcional ao produto interno brasileiro. É nítido os efeitos da recessão e da desindustrialização neste mercado de trabalho específico.
A construção civil, em especial, fechou mais 426.746 postos de trabalho computados os últimos doze meses.
A construção civil é responsável pela absorção do maior contingente de trabalhadores com a menor formação e especialização do mercado de trabalho. É ela, também, que responde pela maior fatia de investimento (ou formação bruta de capital) na economia: 53%. Portanto, o encolhimento do setor de construção civil realimenta a recessão, na medida em que retraindo a indústria da construção civil, retrai-se o nível de investimento que é uma das variáveis do crescimento do PIB.
QUEDA NO COMÉRCIO
O comércio, que até julho vinha segurando as estatísticas negativas, na medida em que apresentava números, ainda positivos, de agosto em diante, também, passou a apresentar resultados negativos para o mercado de trabalho específico. A mesma coisa para o restante do setor de serviços. O setor de serviços corresponde a 68% da economia e foi o último setor a reverberar a recessão. A tendência é a crise no mercado de trabalho se acentuar na medida em que cresce o reflexo da recessão no maior dos setores de nossa economia.






extraídadatribunadainternet

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