Prédios culturais do DF não têm aval dos bombeiros
Segurança. GDF admite que Teatro Nacional, por exemplo, não responde a 26 exigências de prevenção contra incêndios. O subsecretário do Patrimônio Artístico e Cultural, José Delvinei, afirma que todos os produtores sabem da situação
Pessoas que procuram se divertir no Distrito Federal estão passíveis
de ser vítimas de uma tragédia similar à que ocorreu na Boate Kiss,
em Santa Maria. Os prédios culturais do DF têm falhas de segurança
graves, como falta de sinais para saídas de emergência e alarmes de
incêndio defasados. Mais: o subsecretário do Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural, José Delvinei, admitiu ao Metro que nenhum deles
possui alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros.
“Todas as obras feitas nas décadas de 1960 e 1970 e até algumas recentes, como o Museu Nacional da República, não levaram em conta a Lei de Acessibilidade, de 2004”, afirmou Delvinei. “Por isso, todas têm que se adaptar à legislação para recebero Habite-se (certificado de que o estabelecimento obedece às normas de segurança da cidade)”. Segundo ele, a lei determina, por exemplo, que os prédios públicos tenham saídas de emergência com rampas em vez de escadas. ...
O Metro teve acesso a um documento com 26 exigências do Corpo de Bombeiros para que o Teatro Nacional, maior casa de espetáculos da cidade, receba o alvará. O arquivo deixa claro que o problema vai muito além das normas de acessibilidade, ao contrário do que afirmou Delvinei.
Faltam: sinalizadores de rotas de emergência; manutenção nas barras antipânico; instalação de sistema de sprintlers, detecção e alarme de incêndio; e brigadas de incêndio apropriadas, entre outras carências. “Temos uma autorização precária para funcionamento, dada pelos bombeiros”, afirma Delvinei.
“Vem cá, existe meio queimado? Então como é que pode haver um alvará pela metade?”, questiona Norma Lillia, que foi a primeira produtora cultural a cancelar um espetáculo após tomar conhecimento da falta de alvará. “Falei para eles: não serei conivente com isso. E mais: comunicarei a mídia. Não se trata mais de minhas alunas de balé e meus convidados. Trata-se de toda a população do DF.”
Delvinei diz que todas as equipes que realizam eventos no local são alertadas do problema. Nenhuma, até hoje, havia denunciado a situação.
Por Nana Queiroz
Fonte: Jornal Metro Brasília -“Todas as obras feitas nas décadas de 1960 e 1970 e até algumas recentes, como o Museu Nacional da República, não levaram em conta a Lei de Acessibilidade, de 2004”, afirmou Delvinei. “Por isso, todas têm que se adaptar à legislação para recebero Habite-se (certificado de que o estabelecimento obedece às normas de segurança da cidade)”. Segundo ele, a lei determina, por exemplo, que os prédios públicos tenham saídas de emergência com rampas em vez de escadas. ...
O Metro teve acesso a um documento com 26 exigências do Corpo de Bombeiros para que o Teatro Nacional, maior casa de espetáculos da cidade, receba o alvará. O arquivo deixa claro que o problema vai muito além das normas de acessibilidade, ao contrário do que afirmou Delvinei.
Faltam: sinalizadores de rotas de emergência; manutenção nas barras antipânico; instalação de sistema de sprintlers, detecção e alarme de incêndio; e brigadas de incêndio apropriadas, entre outras carências. “Temos uma autorização precária para funcionamento, dada pelos bombeiros”, afirma Delvinei.
“Vem cá, existe meio queimado? Então como é que pode haver um alvará pela metade?”, questiona Norma Lillia, que foi a primeira produtora cultural a cancelar um espetáculo após tomar conhecimento da falta de alvará. “Falei para eles: não serei conivente com isso. E mais: comunicarei a mídia. Não se trata mais de minhas alunas de balé e meus convidados. Trata-se de toda a população do DF.”
Delvinei diz que todas as equipes que realizam eventos no local são alertadas do problema. Nenhuma, até hoje, havia denunciado a situação.
Por Nana Queiroz
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