por Luiz Carlos Da Cunha.
Inspirado no artigo dominical de Flavio Tavares sobre escravidão ("Vendaval", ZH 22/10), senti necessidade de expor o reverso da medalha, fundado em experiências próprias. O MT é um cabide gigantesco de empreguismo e mamatas sindicais, parasitas do dinheiro público, achacadores do trabalho; a tal de Justiça do Trabalho – criação do ditador populista Vargas – consome por ano 17 bilhões de reais. Sustenta um exército de gigolôs do salário mínimo e de ricos advogados que atuam contra o grande patrão – o Estado, a favor da massa de funcionários atentos aos meandros da lei para arrancar mais do erário público.
Nesta onda alarmante contra a “escravidão” venho trazer meu depoimento. Visitava com a família num final de semana a pacata cidade Feliz, de tradição alemã e japonesa. Um prazer largar passos pelas ruas limpíssimas, canteiros ajardinados, terrenos entalados entre edificações, cobertos de hortas familiares. Tudo inspira a paz dos justos, do repouso merecido do trabalhador. Cidades de operários da indústria calçadista. Era feriado. Hospedamo-nos no pequeno hotel da cidade; modesto e confortável. O atendente, um cidadão de uns trinta anos, educado e expedito. Como eu estranhasse ser ele o único funcionário, justificou que a família proprietária do hotel, aproveitara o feriado na praia. Por essa razão a substituíra na faina rotineira naquele feriado. E o fazia com prazer. Uma gentileza a quem lhe prestava o emprego e gentilezas o ano todo. Fazia tudo com desembaraço e eficiência. Entabulei conversação com ele para conhecer um pouco da cidade. - O que fazia antes de ser o faz tudo aqui no hotel?
-Trabalhava numa fábrica de calçados onde todos amavam trabalhar; o patrão estimulava e assistia a seus empregados. Éramos uma coletividade feliz. Eu fui porteiro e segurança por seis anos. O patrão ao chegar e me saudava todas as manhãs. Um dia apareceu uma jovem fiscal do Trabalho; aplicou-lhe uma multa escorchante e injustificada. Ele apelou e...foi condenado pela Justiça. Desgostou-se, indenizou todos empregados e fechou a fábrica. O recepcionista, do balcão apontou um carro novo, popular, estacionado à frente do hotel: - Aquele eu ganhei do patrão. Todos nós recebemos gratificação. Dois mil operários ficaram desempregados.
- E a fiscal não perdeu o emprego, né? – rematei em gracejo. Para minha surpresa ele esclareceu: - Era filha da Dilma.
Sorte da família hoteleira a fiscal do MT não obrar em feriado; multaria o hotel por “escravidão”.
extraídadepuggina.org
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