Jornalista Andrade Junior

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Em consulta pública, meio milhão de pessoas querem o fim do auxílio-moradia

Ana Luiza Faria  O Tempo

Em uma consulta pública aberta em julho deste ano, no portal e-cidadania, no site do Senado, quase meio milhão de pessoas já votaram à favor do fim do auxílio-moradia para deputados, senadores e juízes. Aproximadamente apenas 2.200 pessoas  votaram para a manutenção do benefício. Segundo o Ministério do Planejamento, a previsão é que sejam gastos em 2017, R$ 879.600 milhões com auxílio moradia pagos em todas as esferas de Poder Federal.
Em menos de 24 horas a ideia legislativa que propunha o fim do benefício obteve mais de 20 mil votos, o que a transformou na sugestão legislativa n°30/2017 que foi encaminhada para a comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa no Senado. A matéria tem como relator o senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP).
TRAMITAÇÃO – Segundo o Regimento Interno do Senado, as sugestões legislativas que recebem parecer favorável da comissão são transformadas em proposição legislativa de sua autoria e encaminhadas à Mesa, para tramitação, ouvidas as comissões competentes para o exame do mérito.
O auxílio-moradia é um benefício garantido por lei para parlamentares  e para o poder  judiciário. No caso de deputados e senadores, existe a opção da utilização dos imóveis funcionais da Câmara e do Senado. Como alguns parlamentares não moram nesses locais, ou por opção, ou por falta de imóveis funcionais, eles podem receber o auxílio-moradia. Caso queiram, eles também podem abrir mão do valor.
O benefício para os senadores, que possuem uma remuneração mensal de R$ 33.763, corresponde a R$ 5.500 e para os deputados federais, que possuem a mesma remuneração dos senadores, R$ 4.253.
Um ministro de Estado pode receber até R$ 7.700 de auxílio-moradia, o valor corresponde a 25% da remuneração, que é de R$ 30.934,70. Os juízes, desembargadores, ministros de Tribunais Superiores, procuradores da República e promotores de Justiça recebem R$ 4.377.
Os servidores comissionados federais também recebem o valor mensal do auxílio-moradia correspondente a 25% da remuneração. No entanto, o benefício é reduzido em 25% a cada ano, a partir do segundo ano de recebimento, e deixará de ser devido após o quarto ano.
EXEMPLO DE ABUSO – Apesar de estar preso desde junho desse ano no complexo penitenciário da Papuda em Brasília, o deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ) continua recebendo o auxílio-moradia pago pela Câmara. O deputado, que cumpre pena no regime semiaberto, tem autorização judicial de passar o dia no Congresso deve, ao final do expediente, voltar para a penitenciária da Papuda.
Antes de ser condenado, Celso Jacob apresentava recibos de aluguel e recebia o dinheiro correspondente ao benefício. Depois de preso ele pediu para que a quantia fosse depositada em sua conta bancária.
O deputado foi condenado por falsificação de documento público e dispensa de licitação na construção de uma creche.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Os penduricalhos salariais são todos protegidos por lei ou pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça ou de Supremo Tribunal Federal. Não se trata de benefícios ilegais, mas são totalmente imorais e amorais, representam uma afronta aos cidadãos que sustentam essas extravagâncias, são pagas com recursos públicos, oriundos de impostos. (C.N.)







































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