MIRANDA SA
“Uma palavra nova é como uma semente fresca que se joga no terreno da discussão” (Ludwig Wittgenstein).
Dicionarizado,
o verbete “verbo” é um substantivo masculino com sinonímia de
“expressão” “discurso” “palavra” e “vocábulo”. Na semântica, é uma
classe de palavras que representa ação, processo ou estado, e na sintaxe
constitui a disposição do predicado nas sentenças.
Trocando
em miúdos, o verbo registra os acontecimentos representados no tempo,
como ação, estado, processo ou fenômeno. E é por isso que as frases e os
períodos se desenvolvem em torno de um verbo, que se flexionam em
número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.
A
linguagem falada e consequentemente a escrita vive em constante
movimento, com uma terminologia que nasce, vive, engatinha, cresce,
adoece (às vezes vai para a UTI) envelhece e morre. Foi assim que nasceu
um novo verbo que ainda não chegou à pré-adolescência, “Deletar”.
Quase
com as mesmas letras tem um parente, “Delatar”, já muito velho e usado
através de gerações. Deletar é filho da Internet significando apagar,
eliminar, suprimir em parte ou no todo de um texto, seja arquivo,
desenho ou informação.
Agentes
da chamada “nova mídia”, ativa nas redes sociais, usam a teclinha “Del”
até em demasia e na simbologia do Twitter o delete está presente.
Antigamente
não se empregava o deletar, mas era comum suprimir fatos, excluir
ideias, desaparecer com fotos, exilar e até matar pessoas. Na descrição
de um estado totalitário temos no livro “1984” de George Orwell, a
bíblia da Democracia.
Ali
está instituído um Ministério da Verdade, criado exclusivamente para
distorcer os acontecimentos históricos, passados e presentes ao bel
prazer dos dirigentes do partido único ocupante do poder, que é o sonho
dos aprendizes de ditador dos nossos tempos.
A
caricatura brasileira do centralismo fascista, o Partido dos
Trabalhadores, tem como princípio a aplicação da mentira para ludibriar
os incautos. Distorce a visão das utopias inerentes à formação da
juventude, divide a sociedade em castas, confunde os gêneros e a opção
sexual, elege parceiros e inimigos ao sabor dos interesses da hierarquia
partidária.
Acaba
de ser teclado o deletar das acusações de que o impeachment de Dilma
foi um golpe, da palavra-de-ordem “Fora Temer” e o esquecimento dos
xingamentos ao PMDB, partido que como aliado, indicou o candidato a
vice-presidente da República na chapa lulopetista.
A
falta de coerência é lucrativa eleitoralmente. Lula na excursão que fez
no Nordeste se abraçou com Renan Calheiros e o filho deste, o
governador das Alagoas; ambos têm interesse nesta parceria. Renan terá
os votos do PT para o Senado e Lula os votos dos peemedebistas
alagoanos…
Agora
é oficial. O hierarca Luiz Marinho, alta autoridade petista, suspendeu a
proibição das alianças estaduais com os partidos “golpistas”. É claro
que com a sem vergonhice comum aos petistas, Dilma apoiará isto na maior
cara de pau e o fanatismo dos cultuadores da personalidade de Lula fará
o resto.
Me
parece que no processo de faxina iniciada pela Lava Jato, com a
primorosa atuação da PF, do MPF e de juízes federais, tem feito a cabeça
de muita gente por que o repúdio aos corruptos já atinge mais de 90%
dos brasileiros.
É
por isso que o emprego do verbo deletar do lulopetismo na História
Política recente não pega bem. Este vilipêndio torna-se repugnante para
quem tem espírito patriótico, e indigno até mesmo para as pessoas com
discernimento ainda ligadas ao PT e puxadinhos.
EXTRAIDADETRIBUNADAIMPRENSA
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