Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

SEI QUE VAI SER DIFICIL, MAS NÃO IMPOSSÍVEL


Dilma debocha de nós, trouxas, e aluga Ford 1929 por R$ 3,9 mil para posse

Gabriela Salcedo - Contas Abertas


Tradicionalmente, um Rolls Royce conversível de 1952 é usado para levar o presidente do país à cerimônia de posse no Palácio do Planalto. Contudo, o carro de 1952, doado por Assis Chateaubriand a Getúlio Vargas, não será a única relíquia guiada no desfile: o governo federal irá alugar um veículo antigo conversível por R$ 3,9 mil para o dia do evento. 

O carro foi substituído às pressas. Até o dia 23 de dezembro, o governo havia empenhado R$ 3 mil para locação de um Buick Sabre conversível de 1971 para ser utilizado durante o evento. A nota foi anulada e um novo empenho realizado no dia seguinte. Por R$ 900 a mais, um Ford 1929 será alugado. 

O locatário e colecionador de automóveis Rubens Diniz informou que o mesmo automóvel já foi utilizado em 2003 pelo vice-presidente, à época, José Alencar. Contudo, ele não soube dizer se o carro será locado para exercer as mesmas funções do passado. A Secretaria de Administração da Presidência da República, órgão responsável pela emissão do empenho, também não informou para que será utilizada a preciosidade. 

O Contas Abertas entrou em contato com a Pasta, mas nada foi esclarecido até o fechamento desta reportagem.

O que se prevê é que carro de cerimônias oficial, o Rolls Royce, não sairá de cena, já que fez o trajeto percorrido no desfile, perpassando pela Esplanada dos Ministérios até a Praça dos Três Poderes, no ensaio da cerimônia de posse, realizado no domingo (28). 

O trajeto e o carro ocupado por Dilma parecem definidos, assim como atrações do evento, com show da sambista Alcione. Contudo, aparentemente, duas dúvidas só serão aclaradas no primeiro dia do ano de 2015: se o Rolls Royce estará aberto ou não, por conta da chuva, e quem ocupará o Ford 1929.

Outras aquisições 

Para o dia primeiro de 2015, o governo federal também contratará um grupo musical, que irá se apresentar no contexto das cerimônias de posse, ao custo de R$ 7,8 mil. O favorecido da nota de empenho é Hamilton Pinheiro, produtor musical e músico residente de Brasília, onde formou o grupo “Dois de Ouro” com Hamilton de Holanda.



FONTE ROTA2014

Fios desencapados -

  RENATO ANDRADE

FOLHA DE S. PAULO -


BRASÍLIA - O setor elétrico virou uma emaranhado de fios desencapados que promete muita dor de cabeça para o governo em 2015.

A manobra feita pelo Planalto para promover uma redução na conta de luz há dois anos gerou um passivo para as empresas que distribuem energia aos consumidores no país.

O governo teve que colocar muito dinheiro para evitar que o desconto virasse pó do dia para a noite. Ainda assim, a ajuda não foi suficiente.

As empresas tiveram que tomar empréstimos bilionários para continuar tocando a vida porque choveu pouco e o país teve que usar uma energia mais cara para manter as geladeiras funcionando em 2014.

A fatura dessa bagunça começa a ser paga agora. Manter os aparelhos eletrônicos ligados vai custar 8,3% mais a partir de janeiro. E essa é apenas a primeira parcela.

As distribuidoras terão que começar a pagar os empréstimos feitos. Pelas contas oficiais, isso representa mais 8% de aumento na conta de luz. O novo valor da energia produzida por Itaipu --que responde por algo próximo a 10% da eletricidade usada no Brasil-- também vai pesar na fatura a partir de janeiro.

Para complicar um pouco mais, o governo precisa repassar para essas empresas cerca de R$ 5 bilhões que foram retidos ao longo do ano e resolver quem vai bancar a conta de R$ 3 bilhões gerada pela compra de energia feita nos dois últimos meses para atender a população.

A nova equipe econômica já se comprometeu a segurar as despesas em 2015. A mão aberta do Tesouro, portanto, vai começar a fechar. Sem essa ajudinha, sobrará para o consumidor mais um papagaio.

O efeito dessa limpeza pode comprometer o trabalho do Banco Central de manter a inflação dentro dos limites fixados. A solução para o problema pode ser um aperto maior nos juros ou mais um ano de preços corroendo a capacidade de compra dos brasileiros. As duas alternativas estão longe de ser boas notícias.


fonte avarandablogspot

Abismo moral

- PAULO GUEDES

O GLOBO -

A roubalheira na Petrobras é a conexão entre sua banda podre, saqueadores privados e criaturas do pântano da " velha política"


A presidente da República reafirma sua confiança na presidente da Petrobras. Dilma Rousseff acredita que Graça Foster não participou nem mesmo tinha conhecimento da bilionária roubalheira que se instalou na estatal, destruindo a credibilidade e o valor de mercado da companhia. A oposição diz que Dilma mantém Graça no cargo como sua própria linha de defesa, para que a culpa pelos colossais desvios de recursos ou mesmo pela omissão em coibi-los não transborde para o Palácio do Planalto. Afinal, como presidente do Conselho de Administração da empresa, ministra de Minas e Energia e depois presidente da República, Dilma precisaria de um dique de contenção contra o escândalo.

A empatia, a boa-fé e principalmente o acaso tornaram essa defesa de Graça por Dilma um episódio compreensível para mim. É que Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras, foi meu colega da turma de mestrado em Economia. Dificilmente poderia Dilma fazer de Graça como pessoa uma melhor avaliação do que fiz de Barbassa à época. Apesar de nossa convivência de menos de dois anos e de não termos mais nos encontrado, acredito ainda em minha avaliação quanto à sua boa índole. Se não forem desonestos, Dilma Rousseff, Graça Foster e Almir Barbassa estariam desinformados e seriam, portanto, despreparados para o cumprimento de suas responsabilidades? Teriam sido enganados por uma conspiração entre a banda podre da estatal, grupos de saqueadores privados e as criaturas do pântano da "velha política"? 


"Esses fenômenos não são acidentais. Há um enorme abismo moral entre regimes estatizados e uma sociedade aberta. Agindo em nome de um grupo com nobres ideais, os mais inescrupulosos se libertam das restrições morais e chegam ao topo, pois os fins justificam os meios. Como é o líder supremo que estabelece os fins, seus instrumentos não devem exercer suas próprias convicções morais. Precisam estar, acima de tudo, incondicionalmente comprometidos com a figura do líder. Seus auxiliares devem ser literalmente capazes de tudo, sem quaisquer ideias sobre certo e errado. É o fim da verdade e a destruição da moral", registrava Friedrich von Hayek, em seu clássico "O caminho da servidão" (1944), dedicado com muita compreensão e sem ironia "aos socialistas de todos os partidos".
fonte avarandablogspot

governo limpo

LUCIO FLÁVIO PINTO
A lei da ficha limpa vale para selecionar pretendentes a mandatos políticos no Brasil. Por que não haveria de valer para o preenchimento de cargos de confiança na cúpula do poder executivo, que são funções políticas por excelência? Ao invés de criar mitologias e teratologias, bastava à presidente da república estabelecer esse critério: vale para o preenchimento das vagas no primeiro escalão do governo o critério de admissão a cargos eletivos da lei da ficha limpa, conforme a jurisprudência e doutrina da justiça eleitoral e o mandamento constitucional. Quem não pode se candidatar a político não pode ser também ministro.
Se, para os efeitos legais, alguém só perde a primariedade ou ganha nova punição nos antecedentes se a sentença condenatória transita em julgado, para a conveniência da administração pública bastaria que tivesse decisão contrária em órgão colegiado da justiça. Talvez fosse até mais acautelatório estender o veto a sentença de juízo singular.
Uma vez constatada a incidência desse ônus, em pesquisa simples da assessoria da presidente, ela agradeceria pela indicação e lamentaria não poder fazê-la em função desse princípio, que atingiria tanto a gregos quanto a troianos, sem precisar recorrer a subterfúgios ou escamoteações.
Mas aí a formação do governo passaria a ser mais séria e rigorosa. Diminuiria a margem de adequação a conveniências e fraquezas, que, mais uma vez, acabaram por definir a substância do novo ministério, de 39 cadeiras, a ser empossado no dia 1º. Governar é transigir, negociar, negar o dito, refazer o feito, se desmilinguir e liquefazer.
FONTE TRIBUNADAINTERNET

O QUE PODEMOS ESPERAR DE 2015 COM DILMA 2?

RICARDO KOTSCHO
Para responder à pergunta que me faço no título deste texto de despedida de 2014, o ano que não começou e não tem prazo para acabar, minha primeira preocupação é não me deixar levar pelas previsões apocalípticas da maioria dos futurólogos nativos que anunciam um tempo tenebroso pela frente, sem chance de as coisas melhorarem em nosso país.
Claro que não devemos mais, na nossa idade, acreditar em Papai Noel, mas, se não acreditarmos em mais nada, como nos ensina o sábio Cony, como vamos fazer todos os dias de 2015 para encontrar motivos de levantar da cama e ir à luta, já que as nossas contas precisam ser pagas até o final de cada mês, com tempo bom ou ruim?
Em primeiro lugar, recomendo que a gente deixe de colocar todas as nossas expectativas e esperanças nas mãos do governo, de qualquer governo.
Acho que em nenhum outro lugar do mundo as pessoas e a imprensa vivam tanto em função do que os governantes e parlamentares fizeram ou deixaram de fazer como aqui no nosso Brasil. Para o bem ou para o mal, tudo depende de acertos ou erros de quem, afinal, foi eleito por nós.
E nós, qual a nossa responsabilidade?
Como explicar, por exemplo, qualquer que seja o nosso ramo de atividade, que muitos empregados e empregadores tenham prosperado neste conturbado ano de 2014, enquanto outros lamentem perdas?
Como explicar que, com um crescimento do PIB próximo de zero, contas externas no vermelho, inflação fora da meta, dólar disparado e a Petrobras derretendo na Operação Lava-Jato, tenham se mantido estáveis os índices de emprego e renda dos trabalhadores?
É muito difícil entender um país como o nosso, mais difícil ainda tentar explicar. Ilhada por más notícias na economia e encurralada pela velha mídia, com uma base aliada gelatinosa, a duras penas Dilma Rousseff conseguiu se reeleger para mais um mandato, mas a nove dias da cerimônia de posse o clima não é de festa nem de renovação de esperanças, como costuma acontecer nestas ocasiões.
Ao contrário, como já escrevi aqui outro dia, vivemos um tempo de incerteza e desesperança, sem saber o que e, pior, com medo do que pode acontecer.
Neste clima, é evidente que investidores relutam em investir e quem vive do trabalho assalariado sonha apenas em manter o seu emprego. Criam-se, desta forma, as condições para as profecias autorrealizáveis: se todo mundo acha que tudo vai dar errado, é possível que isso acabe mesmo acontecendo.
De nada adianta aqui ficar falando do que pode acontecer na política e na economia _ afinal, dentro da margem de erro das pesquisas e das previsões, pode acontecer de tudo ou pode não acontecer nada.
Mais importante é saber o que cada um de nós pode fazer para melhorar o astral e decidir o que quer fazer e esperar do próximo ano, independentemente de como será o novo/velho governo de Dilma 2, já que não resolve nada só ficar falando mal do governo. Aconteça o que acontecer, ninguém vai pagar minhas contas por mim.
"Como desejar um Feliz Ano-Novo?", pergunta-me o leitor Brasil de Abreu, depois de desfiar um rosário de problemas, no final da sua mensagem, enviada às 18h58 de segunda-feira. Muita gente tem me feito a mesma pergunta. Respondo com outra pergunta: Vamos fazer o quê? Desejar a todos um Péssimo Ano-Novo?
Se cada um fizer a sua parte e não ficar só olhando para o rabo do outro, já teremos dado um grande passo para desmentir todas as projeções catastrofistas que estão fazendo para o próximo ano. Pode parecer pouco, mas é tudo que nos resta fazer para não entregar os pontos antes de o jogo começar.
Por isso, e apesar de tudo, desejo a todos os leitores do Balaio que me acompanharam ao longo de mais este ano que se vai, e não volta, um Feliz Natal e, se possível, boas notícias em 2015.
fonte tribunadaimprensa

Diferenças entre a Lei e a Ética

Carlos Chagas
Quantas viagens fez o Lula ao exterior, depois que deixou a presidência da Republica? Mais de vinte. Sempre em jatinhos particulares, postos à sua disposição por empreiteiras, ele esteve em diversos países da África e da América Latina, sendo recebido por presidentes, ministros e até ditadores, junto aos quais defendeu os interesses das empresas financiadoras das viagens, de olho em contratos para executar obras públicas. Quem resistiria aos apelos de um dos mais populares líderes políticos mundiais? Presume-se que quando a “cláusula de sucesso” se confirma, o ex-presidente recebe um percentual ou um fixo por conta de seus esforços.
Ilegal essa atividade não é. Aproveitar-se de amizades feitas nos tempos do exercício do poder para agenciar negócios, também não. Ainda mais se for para beneficiar empresas brasileiras, contribuindo para sua expansão. Da mesma forma, não é crime ser remunerado por serviços prestados, desde que declarados de acordo com a lei.
Então… Então estaria o Lula, agora que não é mais presidente da República, livre para exercer atividades comuns no mundo dos negócios e no mercado, até melhorando sua conta bancaria?
A conclusão seria positiva caso não fosse ele mentor da presidente Dilma, aconselhando-a em todos os setores da administração federal, até no relacionamento com governos estrangeiros. E se não estivesse envolvido na atividade política, que nunca abandonou, disposto, como parece, a candidatar-se para retornar ao palácio do Planalto em 2018.
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
Nesse caso, todo cuidado é pouco, e a evidência de ser pantanoso o terreno onde trafegam as empreiteiras está no fato de que o Lula interrompeu as viagens como seu garoto-propaganda. Pelo menos, delas não se tem mais noticia. Qualquer tratado elementar de ética recomenda cautela. Nem tudo o que parece legal costuma ser moral. Aí estão os exemplos de ex-ministros como José Dirceu e Antônio Palocci, perdidos para a política porque flagrados em atividades de consultoria para empresas variadas, em especial empreiteiras. Traficaram influência, que ainda dispunham junto ao governo, mesmo depois de afastados. Seria diferente a situação do Lula?
Se sua candidatura consumar-se, quem garante ficarem fora da campanha suas relações com as empreiteiras, com governos estrangeiros e com a própria presidente Dilma? Muitas vezes a lei e a ética seguem caminhos distintos.


fonte tribunadainternet

Que 2015 seja muito melhor que o ano de 2014 no Brasil

Pedro do Coutto
O título acima, acredito, seja o desejo da quase totalidade da população brasileira e, ao mesmo tempo, sintetize os votos de feliz ano novo. Porque, francamente, o exercício de 2014 está pleno de fatos que não deixam saudade e que, peçamos a Deus, não se repitam nunca mais em nossa história. A economia cresceu apenas 0,2%, índice muito abaixo da taxa demográfica que oscilou em torno de 1%. Com isso, claro, diminuiu a renda per capita brasileira, que é o resultado da divisão do PIB pelo número de habitantes. Mas os erros de 2014 não se limitam a este aspecto.
Os escândalos da Petrobrás não têm precedente, a pilhagem praticada na empresa estatal multiplicou-se de maneira devastadora, com reflexos internos e externos. Na Copa do Mundo ocorreu o maior desastre da história do esporte brasileiro. Os índices de violência urbana cresceram de forma assustadora. Os acidentes nas rodovias foram outra marca do período que está prestes a acabar. Não foram dadas soluções para os problemas dos aposentados do INSS.
Enfim é de se esperar que os inquéritos envolvendo a Petrobrás sigam até o fim com a punição dos culpados, sem o que a autoridade do governo ficará abalada. É de se esperar o desempenho mais eficiente por parte do novo Ministério, capaz de superar as lacunas que certamente decorrerão do critério acentuadamente político na sua formação para assegurar um nível permanente de maioria no Congresso Nacional.
MUITOS DESAFIOS
Os desafios estão colocados, especialmente os que envolverão a atuação da equipe econômica e sua capacidade de se harmonizar com as faces do projeto social da presidente Dilma Rousseff. Este ponto, inclusive é o mais sensível de todos, dentro do princípio inevitável de que não existe crédito sem débito e vice versa. Por isso, na realidade, a única forma de se reduzir as desigualdades sociais, que não são reveladas na fixação da renda per capita, é o crescimento econômico através do qual a renda possa ser redistribuída sem as tradicionais resistências que tal retrocesso impõe.
A educação é outro desafio enorme, porque de seu êxito depende de maneira tão direta quanto indireta a redução inadiável da violência urbana, que tem ameaçado fortemente a sociedade, a começar pelo Rio de Janeiro. Veja-se como exemplo o que está acontecendo com as UPPs sistematicamente atacadas e provocadas pelas forças do crime que dominam, tentam ampliar esse domínio as áreas de menor renda da cidade. Assim dentro deste panorama verifica-se a enorme dificuldade que o governo federal terá pela frente, da mesma forma que os governos dos principais estados da Federação. Além de tudo isso temos que acrescentar as deficiências nos setores de saúde pública e saneamento básico, este segundo plano agravando o conteúdo do primeiro.
Para terminar, neste desejo de um Feliz Ano Novo a todos os leitores, não posso deixar de acrescentar ao elenco das preocupações a realização das obras necessárias as Olimpíadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro.


fonte tribunadainternet

Investigação da Lava Jato já envolve a Casa Civil de Dilma

Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso
Estadão
E-mails apreendidos durante as buscas e apreensão na casa do presidente do Grupo OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, indicam que as empresas do suposto cartel acusado de pagar propina a altos funcionários da Petrobrás em troca de contratos bilionários
tratava diretamente com a Casa Civil e Ministério da Fazenda sobre as obras e contratos de seus interesses na área de infraestrutura.
“Acertada, finalmente, com a Casa Civil nossa atuação direta junto aos diversos ministérios. Casa Civil continuará atuando diretamente no processo, mas as iniciativas serão nossas. O que nos dá liberdade e agilidade”, escreve Raphael Tourinho Neto, no dia 3 de julho deste
ano, quando já havia sido deflagrada a Operação Lava Jato e as maiores empreiteiras do País eram alvo notório de investigações da Polícia Federal.
O autor do e-mail foi ministro de Minas e Energia no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é político ligado ao DEM e atual presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Seus interlocutores são os alvos centrais da Lava Jato dentro do braço empresarial do esquema, principais executivos das gigantes da construção: o presidente e o vice-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo e Gustavo Barreto; o presidente do Grupo OAS, Léo Pinheiro; os presidentes da Camargo Corrêa, João Ricardo Auler (Construtora) e Dalton Avancini (Conselho de Administração); o vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sérgio Mendes; o presidente da Galvão Engenharia, Dário Galvão Filho; e o presidente da UTC Engenharia, Ricardo Ribeiro Pessoa.
Além deles, representantes da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib)e do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon).
Os e-mails escritos por Tourinho Neto foram interceptados pela PF nos computadores de Léo Pinheiro, número 1 da OAS, quando ele e outros executivos foram capturados por ordem judicial. Pinheiro pediu a um funcionário da empresa que imprimisse o material e o
guardasse.
O arquivo de Léo Pinheiro abarca temas como obras, nomes de contatos nos ministérios da Casa Civil e da Fazenda, bem como indicativos de que o grupo era consultado por setores do governo antes que decisões internas fossem tomadas – todas relacionadas a obras de infraestrutura no País.
No espaço “assunto”, o autor do email escreveu “Comunicado GT Interministerial”. Seus interlocutores são 13 executivos das empreiteiras – a maioria deles a Lava Jato mandou para a cadeia no dia 14 de novembro, quando foi desencadeada a histórica Operação Juízo Final.

Executiva do Santander diz na Justiça que PT 'exigiu' sua demissão


Fausto Macedo - O Estado de São Paulo

Sinara Polycarpo negaligação com e-mailsobre 'riscos' da reeleição de Dilma e entra com ação contra o Santander


Inconformada com sua demissão da Superintendência de Consultoria de Investimentos Select (clientes de alta renda) do Banco Santander - medida que atribui a uma suposta perseguição política por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, Sinara Polycarpo Figueiredo entrou com ação na Justiça do Trabalho. Ela pede declaração de nulidade da rescisão contratual e sua recontratação no cargo "com todas as vantagens e benefícios", além de pagamento de indenização por danos materiais e morais estimada em 200 vezes o salário integral que recebia - cerca de R$ 50 mil mensais.
Sinara foi demitida em 30 de julho em meio à polêmica criada em torno de uma correspondência enviada aos clientes do Santander com renda superior a R$ 10 mil, informando-os sobre "os riscos da reeleição" da presidente Dilma Rousseff para a economia do País. A carta circulou no primeiro mês de campanha oficial.
Na ação distribuída para a 78.ª Vara do Trabalho de São Paulo, a ex-superintendente afirma que não tinha conhecimento da mensagem e que o texto não foi submetido à sua revisão, tendo sido encaminhado por uma analista financeira "diretamente ao Departamento de Marketing, que providenciou a remessa aos clientes". Além de Sinara, outros dois funcionários foram demitidos.
Ela sustenta que teve ciência da carta "somente 15 dias após, quando um dos clientes reclamou do teor da opinião do banco". Sinara ressalta que "o PT, através de seus máximos dirigentes, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, exigiu em manifestações públicas, em entrevistas para toda imprensa do País, a demissão de empregados do Santander".
'Subserviência'. "Houve imediata subserviência do banco às forças políticas, ao clamor político partidário", assinalam os advogados Rubens Tavares Aidar e Paulo Alves Esteves, constituídos por Sinara. Para eles, o banco "cedeu o poder de comando do empregador ao PT, de modo tão servil que o próprio presidente do partido foi o arauto para a imprensa de que os empregados do setor seriam demitidos".
"Agrava-se a discriminação quando se sabe que ela (Sinara) não praticou, não concorreu, nem tinha o menor conhecimento dos fatos, sendo execrada e covardemente despedida", destacam os advogados.
Admitida em 4 de abril de 2006 como assessora de investimentos, Sinara foi despedida "sem justa causa, abruptamente, por meio de telegrama, com aviso prévio indenizado". Seu último salário fixo foi de R$ 32.785,74 - acrescidos de bônus anual de valor variável, perfazia média de R$ 50 mil mensais.
O Santander não se pronunciou. "O Santander informa que não se manifesta em casos sob o exame da Justiça", anotou a instituição, por meio de sua vice-presidência de Comunicação e Marketing. O PT, por sua assessoria de imprensa, informou que "não vai se pronunciar sobre o assunto".
A assessoria de Lula não retornou contato por e-mail da reportagem. 


fonte rota2014

"Cobertor curto",

  editorial do Estadão

A gestão petista deixou as contas públicas em tal estado que, hoje, parece não haver setor da administração que não esteja sofrendo os efeitos perversos de sua política econômica. Depois de anos gastando muito mais do que deveria, ampliando a presença do Estado na economia e apelando ao populismo perdulário, o governo de Dilma Rousseff começa a atrasar verbas até mesmo para gastos em áreas que, ao menos no discurso, são prioritárias, como saúde e educação.
O cardápio de problemas é bastante variado. O mais recente deles - e um dos mais graves - é o atraso do repasse de novembro do Fundo Nacional de Saúde a Estados e municípios, calculado em cerca de R$ 3,5 bilhões. Esse dinheiro serve para custear hospitais públicos de todo o País, em especial os procedimentos de média e de alta complexidade - transplantes e tratamentos contra o câncer, entre outros. Do total, R$ 2 bilhões se destinam a Santas Casas e hospitais filantrópicos, que respondem por 50% dos atendimentos do Sistema Único de Saúde e enfrentam grave crise financeira, com uma dívida que se aproxima de R$ 17 bilhões.
O governo admitiu o atraso, mas não explicou os motivos nem se prontificou a fazer de uma só vez o repasse das verbas devidas - uma parte só será quitada em 2015, conforme avisou o Ministério da Saúde. Manobra contábil semelhante já havia sido feita entre 2013 e 2014, com o objetivo de apresentar um resultado fiscal condizente com as metas que, hoje, todos sabem ser uma ficção. Ou seja, mais uma vez a saúde pública paga uma parte da conta da incúria administrativa petista.
Outra parte dessa fatura está sendo paga com verbas destinadas a escolas municipais e estaduais. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, os atrasos atingem o Programa Dinheiro Direto na Escola, que repassa recursos para melhorar a infraestrutura física e pedagógica das escolas, em especial as localizadas nos municípios mais pobres - justamente aqueles que, segundo a propaganda oficial, mais recebem atenção dos governos petistas.
Ainda na educação, os atrasos têm atingido também os bolsistas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), menina dos olhos da presidente Dilma, que o citou como trunfo durante toda a sua campanha à reeleição. Em diversas partes do País, estudantes pobres se queixam de que ficam meses sem receber as verbas a eles destinadas.
Há casos em que o governo admite, com todas as letras, que o problema é a falta de dinheiro. Essa é a explicação oficial, por exemplo, para justificar o atraso no repasse de R$ 22 milhões, a título de royalties da Itaipu Binacional, a 347 municípios.
A penúria também afetou o envio de recursos para o pagamento de aluguel e de outras despesas de servidores do Itamaraty no exterior. As verbas do Ministério das Relações Exteriores - que em 2014 foram somente a metade do que foi destinado em 2013 - acabaram em agosto, e a continuidade dos serviços ficou na dependência de recursos extraordinários que demoraram a ser liberados por Dilma Rousseff.
Em outras situações, o governo caprichou no arsenal de "pedaladas" - isto é, a demora deliberada nos desembolsos de transferências e pagamentos de benefícios para embelezar as contas públicas estropiadas. Foi assim, por exemplo, que a Caixa Econômica Federal atrasou pagamentos do Bolsa Família e do seguro-desemprego, pois ficou sem receber recursos que deveriam ter sido repassados pelo Tesouro.
A mesma artimanha atrasou os pagamentos aos fornecedores do programa Minha Casa, Minha Vida, hoje o esteio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e igualmente um orgulho da administração de Dilma. As empresas de construção reclamam que estão sem receber há vários meses e que o problema se repete em vários Estados. Situação semelhante se verifica em outras obras do PAC, resultando em atraso de salários de funcionários e ameaças de demissão.
Todo esse esforço denota o desespero de um governo que precisa fechar as contas no azul para tentar esconder uma irresponsabilidade fiscal que, no entanto, já é sua principal marca.
fonte rota2014

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Rever a relação -

EDITORIAL O GLOBO

O GLOBO -


Devido à realidade da geopolítica, nada reduzirá a importância para o Brasil do continente sul-americano. Daí a entender-se que os acordos que sustentam o Mercosul são intocáveis, não podem ser adaptados a novas conjunturas, vai grande distância.

O Cone Sul, em particular, é especialmente estratégico. Constitui-se fato histórico de peso o lançamento do Mercosul, em meados dos anos 1980, pelos presidentes Sarney e Alfonsín, e, não por coincidência, num momento em que Brasil e Argentina encerravam um dramático ciclo ditatorial.

A oficialização do processo de integração regional, já em curso àquela época, impulsionada por forças do mercado — principalmente de veículos —, colocou uma pedra sobre um profundo poço de desconfianças históricas entre Argentina e Brasil, agravadas pelos militares de ambos os lados.

Esta conquista, para todo o continente, não tem preço. A região do Mercosul, com os quatro sócios-fundadores — além de Brasil e Argentina, Paraguai e Uruguai —, se favoreceu bastante da eliminação de fronteiras para efeito do comércio no bloco. Com o passar do tempo, o Mercosul passou a ser um dos mais importantes mercados importadores de produtos brasileiros, principalmente manufaturados.

O bloco passou a permitir a acumulação de importantes superávits comerciais pelo Brasil,e muito devido à incapacidade de a economia argentina competir com a brasileira. A chegada ao poder do clã Kirchner, Néstor e Cristina, em 2002, agravaria, a médio e longo prazos, os problemas do vizinho. Néstor, populista, adotou uma estratégia econômica para gerar emprego e renda a curto prazo. Com Cristina ocorreu o mesmo, e, com isso, os dois rifaram o futuro da Argentina, já há algum tempo com inflação alta e ascendente (rumo aos 50%), com inexoráveis reflexos deletérios na produção e no consumo.

Foi assim que o kirchnerismo passou a erguer barreiras protecionistas, rasgando, na prática, o acordo de união aduaneira. Por companheirismo ideológico, Brasília nada faz para denunciar a infração. E o país paga alto preço ao ficar atrelado ao bloco em crise, agravada com a entrada da Venezuela chavista. Chavistas e kirchneristas, aparentados, têm uma visão autárquica da economia, e por isso boicotam qualquer acordo bilateral do Mercosul com algum outro grande mercado. Caso da União Europeia, com a qual as negociações se arrastam há longo tempo.

Está posto que o Brasil, com a necessidade de reativar seu comércio exterior, em retrocesso, precisa negociar acordos com outros mercados, sem desprezar o Mercosul. Se, para isso, a união aduaneira — de fantasia — precisa ser transformada em área de livre comércio, deve-se discutir. A questão crucial é o Brasil — passado o ciclo de altos preços de commodities, de que o país se beneficiou bastante — já não acumula superávits como no passado, e precisa reciclar, com urgência, sua política comercial monofásica. Por isso, necessita rever o relacionamento com o Mercosul. Até para fortalecê-lo.



fonte avarandablogspot

O choro de Dilma

- MERVAL PEREIRA

O GLOBO -
Como se previa, o nome da presidente Dilma Rousseff apareceu, finalmente, num dos processos contra a Petrobras, o movido pela cidade de Providence, capital do estado americano de Rhode Island, que alega ter tido prejuízos na compra de ações da Petrobras devido ao esquema de corrupção na estatal brasileira.

Como uma das "pessoas de interesse da ação" ela ainda não é ré no processo, mas poderá vir a ser se no decorrer das apurações ficar provado que ela sabia do que estava acontecendo na estatal quando assinou folhetos de propaganda para vender ações no mercado internacional, ou se tiver sido negligente.

Ela e mais algumas autoridades brasileiras e membros do Conselho de Administração da Petrobras que presidiu estão arrolados no processo, e mesmo que tenha imunidades que a impeçam de depor no processo, a presidente Dilma ficará, no mínimo, sujeita às pressões de escritórios de advocacia americanos em busca de um bom acordo.

É mais um percalço político para uma presidente que, em vez de estar em lua de mel com seu eleitorado e os partidos que apoiaram sua reeleição, passa por maus momentos especialmente dentro de seu próprio partido, o PT. Já aparecem relatos de que a presidente Dilma estaria deprimida, e que teria até mesmo chorado recentemente, depressão atribuída, por pessoas próximas, às dificuldades por que vem passando na montagem de seu novo Ministério. A presidente confessou depois que se sentia muito sozinha.

Diante da intenção de dar novos ares a um segundo mandato, fazendo um governo mais com a sua cara do que a de Lula ou do PT, a presidente teria sucumbido diante das pressões partidárias, e ela própria não estaria satisfeita com o resultado até aqui. Não combina com a imagem de Dilma esse choro quase público, mas a humanizaria e daria, pelo menos, a sensação de que a presidente, pelo menos, estaria tentando fazer algo de novo.

Porque é estarrecedor ver-se o resultado final da parte já definida do Ministério, fruto da mesma prática deletéria de escolher um partido para cada ministério, sem levar em conta a capacidade do escolhido ou sua especialização na área que comandará.

A situação é tão trágica que um partido como o PRB, da Igreja Universal, se sente em condições de ameaçar ir para a oposição caso o Ministério do Esporte não vá mesmo para o pastor George Hilton, um completo ignorante na área, tão ou mais que seu padrinho o pastor Marcelo Crivella, que confessou não saber nem mesmo reconhecer uma minhoca quando foi indicado para a pasta da Pesca.

O maior problema para Dilma parece ser mesmo o ex-presidente Lula, que não estaria nada satisfeito com a liberdade que ela ensaia na escolha do Ministério, depois de ter conseguido convencê-la de que teria que colocar na Fazenda um economista ortodoxo e fiscalista para tentar se aproximar do mercado financeiro e dar segurança aos eventuais investidores.

A verdade é que Dilma jamais seria presidente da República se não tivesse passado na cabeça de Lula essa ideia magistral de lançar uma mulher, ainda por cima apresentá-la ao eleitorado como grande gestora. Os fatos o desmentiram, mas o imaginário popular ainda está dominado pela fantasia de que o PT é o partido que cuida melhor dos pobres e desemparados, o que bastou para uma vitória apertada. Uma vitória eleitoral que trouxe uma derrota política para o PT, pois os fatos teimam em continuar desmentindo o que foi dito na campanha eleitoral, tendo como carro-chefe o escândalo da Petrobras que está destruindo a estatal por dentro, sem que se tome uma providência para reverter o quadro.

Todos os aumentos de preços negados estão sendo anunciados dia após dia, e até mesmo a abertura de capital da Caixa Econômica já foi admitida pela presidente, que acusava seus adversários de querer acabar com os bancos públicos.

Para cúmulo de seus azares, a própria presidente Dilma, dias atrás, foi traída por um reflexo freudiano e anunciou que tomará "medidas drásticas" na economia, o mesmo que acusou seu adversário de tramar caso fosse eleito. A ponto de tê-lo inquirido no primeiro debate entre os dois: "Quais são as medidas impopulares que o senhor vai tomar se for eleito?"

Só mesmo chorando.




fonte avarandablogspot lo

Primeiro passo rumo a um ano difícil

Heron Guimarães O anúncio de quem irá compor a nova equipe econômica de Dilma Rousseff e a sinalização de que a presidente não irá cometer tantas ingerências como fez na gestão de Guido Mantega, em seu primeiro mandato, garantido mais autonomia e respeito ao “escolhido” Joaquim Levy, interrompe uma sequência de fatos negativos para o governo.
Desde a eleição de 26 de outubro, Dilma enfrenta críticas ferozes e passa por constrangimentos e perigosas turbulências, acentuadas pelo escabroso caso da Petrobras e por um custo de vida mais alto para a população.
É difícil distinguir o que há de pessimismo e realismo nisso tudo. Fato é que a nova equipe econômica pelo menos tranquiliza um pouco os mercados e os empresários, inibindo também, mesmo que momentaneamente, as críticas mais ácidas por parte da oposição.
Levy é um nome palatável aos tucanos, o que fica demonstrado nas primeiras manifestações feitas pelos caciques do PSDB de Minas Gerais e de São Paulo.
REAGINDO AOS ATAQUES
Dilma, então, começa a desenhar o seu segundo governo e a reagir, de maneira mais organizada e inteligente, aos ataques oposicionistas.
O ano novo será, inegavelmente, dificílimo para a presidente. Ela terá que segurar a oposição e, principalmente, a situação, que lhe colocará em incontáveis encruzilhadas.
As armadilhas estarão por todos os cantos, e muitas outras ainda serão instaladas, mas o que preocupa mesmo a presidente e o seu grupo mais próximo é o fato de ter que encarar, pela primeira vez desde que o PT assumiu o poder no Brasil, uma situação em que a cúpula governamental ou partidária não deterá o controle pleno da situação.
O ano que vem já é visto como uma bomba-relógio. Será nele que o PT terá que enfrentar a sua maior prova de fogo desde a sua criação. Porém, aquilo que é amargo muitas vezes é também o remédio.
O FUTURO DO PT
Se passar por 2015 ilesa, resgatando a credibilidade econômica e política do país e de sua personalidade, Dilma estará forte o bastante para fazer um segundo mandato que garantirá longevidade ao seu partido.
A oposição, por sua vez, aposta numa embicada para baixo longo nos primeiros meses, o que lhe possibilitaria ações mais contundentes e mais sanguinolentas. Uma presidente recuada faz parte do sonho de 2018.
2015, portanto, será o ano-chave para o futuro de Dilma e do PT. Não poderão errar e ainda terão que consertar o avião no ar. A economia e o combate à corrupção serão, ao mesmo tempo, as duas linhas de defesa e de ataque. Indo bem nesses dois setores, Dilma poderá soprar as nuvens pesadas que a cercam e planejar um futuro menos negro. (transcrito de O Tempo)

O mais do mesmo

Carlos Chagas
A extinção do latifúndio virou ampliação do agronegócio e limitação da propriedade rural familiar. A limitação de remessa de lucros para o exterior transformou-se em demolição das barreiras fiscais que impediam o envio do produto da corrupção daqui de dentro lá para fora. O voto do analfabeto é cercado de tantos impedimentos que só tem diminuído, enquanto aumenta o número dos brasileiros que não sabem ler nem escrever. A participação dos empregados no lucro das empresas continua sonho de noite de verão. O estímulo ao crescimento da indústria nacional desapareceu, ao tempo em que murchou a influência dos sindicatos na formulação da política social e trabalhista. A proteção ao trabalho do menor deu lugar à multiplicação do número de crianças exploradas no campo e nas ruas das grandes cidades. A garantia do trabalho virou fumaça em prol das demissões amplas e irrestritas. Exportamos cada vez mais produtos primários do que importamos produtos estrangeiros de valor agregado sempre maior.
Acabamos de alinhar um programa do PSDB ou a cartilha neoliberal dos tempos de Fernando Henrique Cardoso? Nem pensar. A realidade acima referida é praticada pelo governo do PT. Os companheiros abandonaram as propostas do tempo da fundação de um partido que seria diferente dos demais. Importa menos saber se foi o Lula o primeiro responsável pela mudança ou se coube a Dilma consolidá-la. A verdade é que ambos cederam, se é que um dia imaginaram construir um país socialmente adiantado. Assim chegamos ao final do ano e do mandato inicial da presidente da República. Ironicamente, bafejada pelas urnas do mês de outubro. Por isso não houve a apresentação de um plano de metas, durante a campanha.
O pífio ministério que vem sendo definido, mesmo com alguns nomes petistas, carece de defensores de reformas econômicas, políticas e sociais. Pelo contrário, compõe-se, no mínimo, de adeptos do vigente modelo conservador. A única mudança em pauta parece   da criação de limitações para as atividades da mídia. Prevalece o modelo do mais do mesmo, apesar dos 53 milhões de votos dados a Dilma Rousseff. Os eleitores foram enganados ou enganaram?
AVENIDAS E ESTÁTUAS
Fica para outro dia analisar o papel do marechal Costa e Silva na presidência da República, registrando-se apenas que morreu tentando acabar com o AI-5, inclusive num último esforço para assinar o nome, que já não conseguia em função do derrame cerebral que o acometeu. O problema é que acabamos de assistir o prefeito de sua cidade natal, Taquari, no Rio Grande do Sul, mobilizar um guindaste para demolir estátua feita em sua homenagem numa das praças principais.
A iniciativa lembra outra, acontecida em 24 de agosto de 1954, quando Getúlio Vargas estava para ser deposto do palácio do Catete. Horas antes de dar um tiro no peito e mudar a História do Brasil através de um dos mais importantes documentos da República, a carta-testamento, seus adversários confeccionaram cartazes de papelão com os dizeres “Avenida Castro Alves”, que foram colados em cima das placas onde há anos se lia “Avenida Getúlio Vargas”. A reação popular arrancou os inusitados cartazes e botou os energúmenos para correr.
A gente fica pensando o que acontecerá daqui a cinqüenta ou cem anos com as estátuas que fatalmente serão erigidas para homenagear o Lula e a Dilma…


fonte a tribunadainternet

O sonho acabou e o povo brasileiro está cada vez mais endividado

Carlos Newton
A notícia é estarrecedora, deveria ser manchete de toda a grande mídia, dos sites e dos blogs, porque sua divulgação partiu do Banco Central (BC), oficialmente. Quatro em cada 10 brasileiros que usam cartão de crédito não conseguem pagar a dívida. O calote no financiamento rotativo do dinheiro de plástico atingiu 38,5% em novembro, segundo as estatísticas do próprio BC. No cheque especial, a situação também não é boa: 11,1% dos empréstimos concedidos não foram honrados no prazo de 90 dias.
O mais incrível são as “explicações” dos economistas. Alegam que a diminuição da oferta de crédito no Brasil reduziu as opções das famílias na hora de buscar dinheiro e os consumidores então se agarraram às modalidades mais acessíveis (cartão de crédito e cheque especial), justamente as mais caras do mercado, aumentando a inadimplência nessas operações.
Na verdade, os bancos incentivam os brasileiros a comprar, fornecem cartões de crédito a qualquer um e a inadimplência os favorecem, devido aos juros estratosféricos que cobram. Em dezembro houve décimo terceiro salário, a situação pode até ter melhorado. Mas quando saírem as estatísticas de janeiro, veremos que a inadimplência é muito maior, porque até agora não entraram nessas estatísticas os consumidores que ainda estão conseguindo operar com vários cartões de crédito ao mesmo tempo, fazendo um desesperado rodízio financeiro, com um cartão pagando o outro, numa gincana que logo se esgotará.
No meu cartão de crédito (Itaucard), os juros são de 14,86% ao mês, o que significa 439,5% ao ano. É a agiotagem livre, leve e solta, oficializada e legalizada no país do Carnaval.
O índice da inadimplência, portanto, tende a aumentar no início do ano, quando passar a euforia das compras de Natal e os consumidores se reencontrarem com a realidade de suas finanças.
SEM SOLUÇÃO
O pior é que não existe nenhuma fórmula mágica para solucionar esse problema a curto prazo. Como dizia o ex-ministro Mário Henrique Simonsen, “em economia não existe alívio imediato”. Essa crise só se resolverá com a retomada do crescimento da economia, que depende de pesados investimentos em infraestrutura, especialmente na logística das exportações de commodities (estradas, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos), mas acontece que o governo está paralisado pela gastança e pela incompetência, além de ter consumido preciosos recursos financiando obras no exterior, via BNDES, com juros de pai para filho (5% ao ano, que agora passaram para 5,5% ao ano).
É preciso cortar gastos de custeio, adotando-se uma política de austeridade que precisa ser iniciada através da redução do número de ministérios, mas a presidente Dilma Rousseff, supostamente “doutorada” em Economia, não enxerga essa realidade. Vai manter todos os 39 ministérios, não haverá cortes em funções gratificadas nem em cargos comissionados. A farra dos cartões corporativos também será mantida e todos os salários no serviço público estão aumentando, em função do recente reajuste do teto dos ministros do Supremo, que tem efeito dominó sobre Legislativo e Executivo.
LEVY DE MÃOS ATADAS
É nesse clima que Joaquim Levy assume a condução da economia dia 1º. Logo perceberá que não conseguirá fazer nada, porque a vaidade e a incompetência de Dilma Rousseff falarão mais alto. A presidente vive num mundo diferente dos outros brasileiros, em que segue com a família no Aerolula para passar dez dias em Salvador, andando de lancha e tudo o mais, sem gastar um centavo.
Na Alemanha, a governante Angela Merkel não desfruta dessa mordomia. Se quiser viajar com o marido, ele tem que pagar a passagem no avião oficial, que custa cinco vezes mais do que em aeronave comercial. Mas o Brasil de Dilma Rousseff é muito mais rico do que a Alemanha e pode bancar essas extravagâncias. E la nave va, fellinianamente.
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PS
No dia em que forem divulgados os gastos do cartão corporativo de Rosemary Noronha, companheira de viagens de Lula, a opinião pública deste país vai ter uma grande surpresa.


fonte tribunadainternet

PT mobiliza militantes para posse de Dilma

Partido espera levar 800 ônibus para Brasília; 4 mil agentes das Forças Armadas e policiais farão a segurança

Luiza Damé

Brasília


           O Palácio do Planalto conta com a vinda de pelo menos 800 ônibus de militantes do PT para a posse da presidente Dilma Rousseff, na próxima quinta-feira, o que representaria ao menos 32 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O PT quer transformar a posse em um ato de apoio à presidente e, além de mobilizar os participantes nos estados, o partido está oferecendo em Brasília estrutura para hospedagem no Parque da Cidade e no Ginásio Nilson Nelson.
Para garantir a segurança do evento, um efetivo de quatro mil agentes das Forças Armadas, das Polícias Federal, Civil e Militar, dos Bombeiros e do Departamento de Trânsito do Distrito Federal vai trabalhar no evento. Para evitar tumultos, haverá barreiras de controle da população na Rodoviária do Plano Piloto, que dá acesso à área, observadores nos ministérios, além de helicópteros para monitorar à distância o movimento da multidão.
O esquema de segurança e o roteiro da posse foram testados ontem à tarde, no ensaio organizado pelo governo federal, pelas Forças Armadas, pelo Congresso e pelo Governo do DF. O coordenador do Escalão Avançado da Presidência, coronel Flávio Lucena, disse que a área de segurança está tomando providências para garantir a tranquilidade. O treinamento seguiu o roteiro a ser cumprido dia 1e de janeiro, mas com cerca de 30 minutos de atraso.
— A segurança da presidente é formada por diversos núcleos. Em eventos externos, a preocupação é maior, mas são tomadas providências para resguardar a integridade da presidente — disse.
O militar afirmou que as forças estão preparadas para a hipótese de haver manifestações contrárias à presidente. A única preocupação é não permitir atos de violência — os protestos pacíficos são livres.
— As manifestações democráticas são sempre bem-vindas. Nossa expectativa é baixa em relação a manifestações na posse, mas estaremos prontos para evitar violência — acrescentou o coronel.

GRADES PARA EVITAR QUE PISTA SEJA INVADIDA
                        Além dos efetivos de segurança, ao longo da Esplanada serão colocadas grades para evitar que a população invada a pista por onde circularão os carros da comitiva presidencial. O controle dos acessos ao local será feito pela PM, mas não haverá revista das pessoas, exceto dos que levarem bolsas grandes, instrumentos que possam ser usados como armas ou estiverem em situação suspeita.
O roteiro repassado ontem prevê que Dilma saia às 14h30m do Alvorada, em direção à Catedral de Brasília. Nesse trajeto a presidente gastará dez minutos. Em frente à Catedral, Dilma troca de carro e segue para o Congresso no Rolls-Royce presidencial. Ainda não está definido se sua filha, Paula Araújo, irá junto, como aconteceu em 2010. Se não estiver chovendo, o trajeto é feito com a capota aberta, e a presidente poderá acenar para o público.
                       Dilma sobe a rampa do Congresso, onde será recebida pelas lideranças parlamentares. Às 15h será aberta a sessão de posse no Parlamento. Na primeira fila do plenário estarão os ex-presidentes e parentes de Dilma e do vice Michel Temer. Em sessão presidida pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a presidente faz o juramento, assina o termo de compromisso e discursa. Na saída do Congresso, a ela recebe honras militares, com salva de 21 tiros de canhão. Segue para o Planalto, onde sobe a rampa e depois fala à nação. No parlatório, cumprimenta as autoridades estrangeiras, empossa os ministros e faz a foto oficial com a equipe. Às 18h30m, oferece um coquetel no Itamaraty. Entre os estrangeiros que confirmaram presença estão o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e os presidentes José Mujica (Uruguai) e Michelle Bachelet (Chile).

2014 não foi fácil, não

Carla Kreefft
Não foi um ano fácil para ninguém. Essa é uma das frases mais registradas em redes sociais em posts relacionados a balanços de 2014. E não há como divergir. Realmente não foi fácil. O desejo de todos é o de que 2015 seja muito melhor, mas muito melhor mesmo.
Momentos difíceis devem ter sua razão de ser, mesmo que nem sempre seja possível entender por que acontecem. Muitas vezes, é necessário muito tempo para que algo nebuloso seja esclarecido, ainda que parcialmente. Certamente, tempos de conflitos machucam corpo e alma. Porém, feridas cicatrizam e deixam aprendizados.
Em 2014, a política dividiu esse país. Em todos os núcleos sociais, mesmo nos menores e mais íntimos, como a família, a divisão aconteceu. Por um tempo durante a eleição, a discussão eleitoral mais parecia um jogo entre Cruzeiro e Atlético. A coisa funcionou mais ou menos assim: quem não estivesse ao lado estava, necessariamente, na posição de inimigo. A polarização, especialmente no segundo turno da eleição presidencial, impediu discussões mais profundas. Os projetos se perderam na luta do bem contra o mal. A política partidária contaminou a maioria da população, que fez questão de expressar seu posicionamento, especialmente nas redes sociais. Praticamente não houve omissão, o que é muito bom para um país que tem a democracia como um fenômeno relativamente recente.
ALGUMAS LIÇÕES
Desse quadro, algumas lições podem ser compreendidas. A primeira delas – e também a mais evidente – é a necessidade da reforma política. Não é mais possível que o brasileiro tenha sempre que escolher entre um nome e outro. Não é mais possível que os partidos fiquem escondidos atrás de personalidades e lideranças que, quase sempre, apresentam apenas projetos pessoais.
Não é mais possível que não se tenha projetos coletivos e de médio e longo prazos. Outro ponto importante para repensar é a real necessidade do voto obrigatório. A sistemática das pesquisas eleitorais também é fato para análise. Pesquisa serve para analisar a vontade do eleitor ou para induzir um desejo eleitoral? A pergunta precisa ser respondida.
E A CORRUPÇÃO?
Uma outra lição é imediata. Combate à corrupção não tem sido algo que a política brasileira tem como prioridade. Separando corrupção de eleição, o país não vai mudar nunca e repetirá os mesmos erros. Honestidade e zelo com a administração pública deveriam ser pré-requisitos para candidaturas, como para tudo. Não dá mais para aceitar a máxima de que roubar é coisa de todo político. Com todas as dificuldades, 2014 está no fim. E que ele leve tudo que serviu para diminuir a vida do brasileiro. Que em 2015 política e verdade sejam mais parceiras. Que a corrupção seja mais do que um motivo para se indignar e que sirva, também, para eliminar alguns nomes das urnas.
Que em 2015 a reforma política seja mais do que um desejo ou um sonho. Que o povo possa ser mais feliz, com mais emprego, mais estabilidade econômica e menos receio do futuro. Vai logo, 2014!

O reatamento Cuba-EUA -

  SACHA CALMON

CORREIO BRAZILIENSE -

A boa notícia deste fim de ano - entre tantas coisas ruins no plano interno e externo, como um governo a iniciar-se envelhecido e a crescente tensão na Eurásia - foi, indubitavelmente, o reatamento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba, processo iniciado há mais de um ano entre delegados dos dois países, com a intermediação do papa Francisco. Por isso, o anúncio do reatamento ocorreu no dia de aniversário do pontífice romano. Para as mentes estreitas, os EUA deveriam, em troca, exigir a democratização da ilha. Ora, a Arábia Saudita, o Egito, a China, países com os quais os EUA mantêm laços econômicos e até militares (os americanos dão dinheiro ao exército egípcio) são democráticos? A objeção é hipócrita!

Cuba deixou de ser inimiga militar dos Estados Unidos por dois motivos. O primeiro foi o desaparecimento do socialismo na União Soviética e na China. A ilha quedou-se isolada no mar do Caribe, a 96 km dos EUA. O segundo motivo - até mesmo pelo fracasso do modelo econômico adotado - diz com o fomento outrora patrocinado por Cuba aos movimentos esquerdistas na América Latina. Nicarágua, Honduras, Colômbia, Bolívia foram alvos da influência cubana. Hoje, resta o aspecto icônico - prestes a desaparecer - do comandante Fidel Castro, cujo carisma acrisola os sonháticos movimentos filossocialistas do continente (anacronismo ideológico).

O reatamento diplomático e o afrouxamento de políticas restritivas foi um primeiro passo. O segundo processo, sem o qual não deslanchará, é a queda do embargo econômico, que só faz o povo cubano sofrer, sem nenhum ganho político para os EUA. A América Latina inteira quer o seu fim. Prejudica a política americana no continente, tanto é que os chefes de Estado declararam, há meses, que sem Cuba não haveria a cúpula das nações americanas em 2015. De resto, o mundo vê como covarde e mesquinho o embargo (sanções econômicas são detestáveis). São, como no passado, cercos que impedem a chegada à população de água, alimentos e remédios, para dobrar soberanias, uma forma cruel de atingir civis. Em Israel, por exemplo, até os impostos pagos pelos palestinos podem ser retidos, ao revés de repassados à Autoridade Palestina.

Com a proximidade das eleições presidenciais, o Congresso americano revogará a lei do embargo, ante a pressão do voto hispânico e da opinião mundial. Os republicanos não são idiotas. Mas esperar que Cuba se torne capitalista e democrática imediatamente é irrealístico. Primeiro virá a liberalização comercial, depois a de investimentos e, finalmente, a da produção, sob o controle férreo do Partido Comunista cubano, após a sucessão de Raul Castro, em andamento.

Aliás, a liberalização política antes da econômica, como aconteceu na Rússia, foi catastrófica, financeira e estrategicamente. A União Soviética se desfez e ocasionou o colapso da Rússia. A glasnost (transparência) e a perestroika (reestruturação) fracassaram. O Ocidente não ajudou; aprofundou a crise, e até hoje hostiliza a Rússia, como recentemente escreveu Gorbachev para o Financial Time, em sofrida mea-culpa. O processo cubano será, antes de tudo, econômico, como na China, sob o controle do Partido Comunista. Se os cubanos ricos de Miami pensam que vão exercitar o buyback (comprar suas antigas propriedades) e tomar a ilha economicamente, estão enganados. Como na China, o processo econômico será intenso, mas sob controle, à medida que novas instituições sejam construídas. Um Banco Central, para exemplificar, técnicas cambiais, sistema bancário etc.

Dado o primeiro passo, o processo seguirá normalmente. A China dará a consultoria necessária. Os EUA devem continuar nas mãos do partido democrata. Se Obama assinar um acordo com o Irã, absorver o plebiscito (87%) da Crimeia (que sempre foi russa, anexada à Ucrânia por Kruschev, nascido ucraniano) - e iniciar a reunificação da Coreia, fará por merecer o cognome de o pacificador, apanágio dos grandes estadistas. A vitória da democracia estará completa. A China, por si só, encontrará o seu destino de tolerância e igualdade. O Ocidente sempre foi um acidente recentíssimo na história da humanidade.

O mundo, daqui a 40 anos, será bem diferente. Quem diria que os EUA manteriam sem acusação gente presa em Guantamano? Que torturava sistematicamente pessoas? Que não indicia policiais brancos que assassinam negros? A Europa é cada vez mais xonofoba! Entre a Rússia e a China, um espaço político novo e decisivo está em formação, poucos se apercebam. De outro lado, os cubanos são os latino-americanos mais educados e possuem um bom sistema de saúde, eficaz e igualitário. Ainda será um grande país, após o comunismo cuja transformação teve início.



fonte avarandablogspot

O PT E A VERSÃO BANANEIRA DO PACTO DE VARSÓVIA

PERCIVAL PUGGINA
Descobri, há bom tempo, que o Partido dos Trabalhadores tem conceitos próprios sobre democracia e Estado de Direito. Para o PT, democracia é algo que só acontecerá quando ele, partido, exercer a hegemonia e controlar todos os instrumentos do poder. Enquanto isso não se concretiza plenamente, o PT vai manipulando os meios que o regime vigente propicia ao curso de seu projeto.
Graças a isso, o partido conseguiu não ser apenas o PT. Ele é o PT e mais um vasto conjunto de corpos sociais que gravitam ao seu redor. São sindicatos e centrais sindicais; instituições culturais e de ensino; movimentos sociais e grupos minoritários que ele transforma em grupos de pressão a seu favor; grêmios estudantis, diretórios, centros acadêmicos e uniões de estudantes; partidos políticos sem anticorpos contra o uso de recursos públicos; organizações não governamentais; entidades relacionadas às políticas de gênero, ligas pró-aborto e defensoras da liberação das drogas; igrejas e órgãos de peso como a CNBB e a OAB que, convertidos ao rebanho, se entregam à alcateia. Ah, e os conselhos capturados pelo PT! Eles se revelam tão úteis que o partido, agora, pretende "empoderá-los" (coisas da novilíngua petista...) em todo o aparelho estatal federal. A isso e a outro tanto que resultaria exaustivo relacionar, juntam-se, sempre que necessário, organismos e instituições internacionais de isenção mais do que duvidosa.
Para o PT, democrática é toda manifestação desse grupo aí acima. Democrático é o que faz cada tentáculo seu. Ouvi-los, para o PT, é ouvir o povo. E quem o nega passa a ser tratado como cordeiro intrometido no riacho do lobo, acusado das piores ações e intenções.
Tão estranho quanto a democracia petista é o "Estado de Direito" petista. Nele, Direito é o que o partido quer. Por bem ou por mal. Perguntem ao companheiro João Pedro Stédile que, nesses assuntos, fala pelo partido. E Estado de Direito é algo que vai até onde o PT quer. Por bem ou por mal. Sobre essa parte conversem com o companheiro Gilberto Carvalho. O Estado Direito petista é moldável e elástico segundo suas necessidades. Procurem um pouco e não será difícil encontrar por aí traços comuns aos três totalitarismos do século passado.
Mas no jogo que o PT joga, o Brasil é apenas uma peça do tabuleiro. O jogo tem pretensões maiores. Começou em 1990 com o Foro de São Paulo, promovendo uma convergência multifacetária da esquerda na América Latina e desaguou na União das Nações Sul-Americanas, criada em 2006. Em mais recente estágio, no dia 5 de dezembro, em Quito, com a presença de Dilma, esse organismo, que congrega os países do continente, decidiu criar um programa de formação de quadros militares.
Trata-se da Escola de Defesa, que tem dois objetivos explícitos: produzir uma unidade interna que elimine possíveis conflitos intrarregionais e fortalecer a América do Sul contra o inimigo externo, vale dizer, contra o inimigo ianque. Procure no Google por Unasul e por "Escola de Defesa" (em espanhol e em português), e encontrará informação suficiente. Esse estrupício foi instituído pelo bloco para que o conjunto das Forças Armadas de todos os países componham algo que outra coisa não é senão uma versão bananeira do Pacto de Varsóvia.

Jaques Wagner, apenas um petista...


Gen Bda Paulo ChagasCaros amigos
Um velho Coronel da Força Aérea Brasileira, Cyrano Portocarrero, grande amigo do meu pai, forjou a seguinte máxima:
“Um homem, sem seu cavalo, é apenas um homem. Um cavalo, sem seu cavaleiro, é sempre um cavalo”.O pensamento visa a chamar a atenção para a nobreza do cavalo diante da insignificância do homem. Coisa dos que chamamos de “homens do cavalo”, entre os quais, honrado, me incluo!
É com este espírito, mal comparando, que enxergo a nomeação do governador Jaques Wagner para o Ministério da Defesa, no qual ele é apenas um petista, com toda a insignificância decrescente que o título encerra, já as Forças Armadas, com ou sem ministro, serão sempre Instituições Nacionais Permanentes, com toda a importância que o texto constitucional lhes confere!
Assim, pouco importam as virtudes ou os vícios do Sr JW, pois ele só terá significado e importância se os militares houverem por bem incorporá-lo ao seu meio e prestigiá-lo como Chefe Militar, o que ele não é, nem nunca será!
Como disse, ele não passa de um petista desempregado, cujo único contato com o nosso meio foi em passagem pelo Colégio Militar do Rio de Janeiro. Deve ter feito amigos que seguiram a carreira e que hoje estão em reserva, nada mais. Pouco se sabe sobre ele neste período, o que me induz a pensar em mediocridade...
Como virtudes, se é que podemos chamar assim, JW tem a proximidade, a simpatia e a confiança da Governanta Dilma Rousseff bem como a facilidade de trânsito nos meandros do Congresso Nacional. Cabe aos Comandantes das Forças e a seus Altos Comandos saber usar estas “virtudes”, mantendo, dele e do governo, a distância de segurança necessária para manobrar no espaço que lhes confere o afastamento do poder e a liberdade de não serem membros e de não terem outros compromissos com o governo além do cumprimento de suas missões constitucionais.
Se JW fez o CFR (Curso de Formação de Reservistas) do CMRJ, deve lembrar-se da máxima de que “quem dá a missão, dá os meios”! Basta lembrá-lo disso ou ensiná-lo sobre o tema desde logo e, após, manter a voga e a pressão !
JW foi sindicalista e saberá interpretar o espírito da mensagem em todos os aspectos ela que encerra, inclusive no social, ligado às necessidades da Família Militar.
Entendo que se deve respeitar a autoridade do Ministro da Defesa, nos seus devidos limites, mas não há qualquer motivo para incorporar o petista JW ao nosso convívio ou para ter com ele consideração além da regulamentar, ou seja, enquanto ele estiver ministro deve ser cobrado e exigido pelas Forças em tudo o que lhe cabe como intermediário junto aos Poderes da República. Não há razão para termos qualquer outro tipo relacionamento ou de consideração para com ele.
Ele, estando ministro ou não, é apenas um político filiado ao partido dos trabalhadores, enquanto nós seremos sempre Marinheiros, Soldados e Aviadores do Brasil!
Os militares conhecem todos os limites do exercício do poder legal, conhecem suas missões, seus deveres e seus compromissos para com a Nação e, para serem eficientes, eficazes e efetivos não precisam bajular ou prestar vassalagem a quem quer que seja, basta-lhes a lei, os regulamentos e a confiança dos brasileiros!
Portanto, qualquer que seja o Ministro da Defesa, precisamos, isto sim, de Comandantes, Chefes e Líderes Militares, eles é que fazem a diferença !
É o que penso e espero!



fonte averdadesufocada

Falta o poderoso chefão


PLÁCIDO FERNANDES VIEIRA - CORREIO BRAZILIENSE As confissões dos delatores - que, em tese, não podem mentir sob o risco de perder o benefício de redução da pena - indicam que o bilionário esquema de ladroagem montado na Petrobras estendeu os tentáculos a praticamente todas as grandes obras federais. O mais intrigante de tudo, até agora, é que, na organização criminosa, não havia chefe. Ou, pelo menos até agora, o dedo do poderoso chefão da quadrilha, que atuou durante os governos de Lula e Dilma, não apareceu na história.

 Nas delações, réus contaram que parte do dinheiro roubado era rapartido entre PT, PP, PMDB e políticos aliados do governo. Seria por decisão espontânea que os integrantes do bando resolveram destinar parte da bufunfa aos partidos que dão sustentação ao Planalto? Não. Não foi apenas por generosidade. É inconcebível, inacreditável, que alguém surrupie bilhões de dólares de uma empresa, ainda mais com ações negociadas na bolsa de valores, como a Petrobras, sem que ninguém perceba.
Teriam os bandidos passado a perna assim tão facilmente na cúpula da estatal? São Tomé que sou, imagino que não: era preciso ser muito ingênuo para não perceber nada; ou, então, incompetente ao extremo; ou, por fim, cúmplice. Há indícios, colhidos nas confissões, mas nenhuma prova apresentada publicamente, de que o esquema tinha o aval de poderes acima da Petrobras. Na empresa, pessoas erradas em postos de comando institucionalizaram a roubalheira. Só pegava obra quem topasse entrar no clube da propina.
Agora, imagine que todo esse megaesquema veio abaixo praticamente por acaso. A Polícia Federal investigava lavagem de dinheiro. Um dos alvos era o doleiro Alberto Youssef e o então diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ao prendê-los, percebeu que integravam organização muito maior. Como num dominó, uma a uma as peças da máfia que saqueava a Petrobras começaram a ruir. Falta chegar aos políticos. Inclusive, ao capo dei capi, artífice de maracutaias que vão além da estatal: agenda do doleiro apreendida na operação indica que o esquema abarca outras 747 obras de infraestrutura país afora. Em muitas delas, o TCU já havia apontado irregularidades.



fonte averdadesufocada

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ATÉ QUE ENFIM ALGUÉM CORRIGIU ISSO (aula de português)

Uma belíssima aula de português!por Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná.Foi elaborado para acabar de vez com toda e qualquer dúvida se tem presidente ou presidenta.
A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", OU PRESIDANTA independentemente do sexo que tenha.
Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não " estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".   Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repasse essa informação..

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