Contas Abertas
Apesar das promessas, há pouco mais de um ano na presidência, Michel
Temer praticamente não mudou o número de cargos, funções de confiança e
gratificações do governo federal. A quantidade de funcionários nessas
funções se manteve em cerca 100 mil funções de confiança no último ano.
A maior parcela dos cargos está concentrada no Ministério da Educação,
que possui 47.252 cargos, funções de confiança e gratificações. A Pasta é
responsável diversas unidades orçamentárias e gestoras espalhadas pelo
país, como universidades e institutos de educação federais, por exemplo.
Na segunda colocação, está o Ministério da Fazenda com 6.688 cargos,
funções de confiança e gratificações. A maioria dos cargos estão
alocados em unidades do Distrito Federal e de São Paulo.
Na Presidência da República existem 6.293 mil cargos, funções de
confiança e gratificações. Esses cargos representam cerca de 30% dos 20
mil funcionários que estão lotados na Pasta.
Em setembro do ano passado, uma lei federal extinguiu 10,4 mil cargos de
chefia no governo federal que podiam ser ocupados por qualquer pessoa
indicada e os substituiu por gratificações que só podem ser dadas a
funcionários públicos de carreira, as chamadas Funções Comissionadas do
Poder Executivo (FCPE).
Em maio do ano passado, existiam 20.934 cargos de Direção e
Assessoramento Superior (DAS). Atualmente, as funções de DAS e FCPE
somam 19.829, isto é, apenas 1.105 cargos a menos.
A promessa do governo com a publicação do Decreto nº 8.785/2016 e da
Medida Provisória 731/2016 era a extinção de 3.384 cargos de DAS, além
da transformação de 10.462 cargos DAS em FCPE.
Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, a medida visava
gerar economia da ordem de R$ 230 milhões por ano. O próprio ministro
admitiu que a redução de custos é "baixa" diante do gasto anual do
governo com folha de pagamento dos servidores ativos e inativos, que é
de R$ 250 bilhões anuais.
Para Gil Castello Branco, secretário-geral da Contas Abertas, priorizar
os funcionários foi uma decisão acertada, mas quantitativamente o
governo praticamente só alterou nomes de cargos e funções. “O governo
ainda tem quase 100 mil cargos, funções e gratificações, o que mostra
que ainda há muito o que cortar nas despesas na administração pública
federal”, afirma.
extraídaderota2014blogspot
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