Que bom te ver por aqui, seja bem vindo. Neste espaço busco repassar a informação séria, sem censura. Publico artigos e notícias que estão na internet e que acredito serem de interesse geral. Também publico textos, vídeos e fotos de minha autoria. Nos textos há sempre uma foto ou um gif, sempre ilustrativa, muitas vezes, nada tem a ver com o texto em questão. Para entrar em contato comigo pode ser em comentários nos artigos ou, então, pelo e mail andradejrjor@gmail.com.
Diante da crise política que assola o país há três anos, lideranças
se antecipam e colocam a campanha presidencial de 2018 nas ruas. A
promessa é, basicamente, a mesma: dar o rumo certo para o equilíbrio das
contas públicas. Entretanto, conforme mostra série de reportagens do
Correio, as cifras para sustentar os Três Poderes são astronômicas e a
solução, normalmente, sai do bolso do contribuinte. No Judiciário, por
exemplo, os salários de parte dos magistrados ultrapassam o teto
constitucional de R$ 33.763. No ano passado, a Justiça brasileira custou
R$ 175 bilhões, quase 270% a mais que em 2015. Segundo o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), o valor é quase todo usado no pagamento de
salários.
Desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo, por exemplo,
chegam a ganhar em apenas um mês quase R$ 100 mil. E mesmo diante de um
rombo nas contas públicas — estimado em R$ 185 bilhões em 2017 —, da
estagnação da economia e dos 14 milhões de desempregados, há juízes que
não estão satisfeitos. EQUIPARAÇÃO – As distorções salariais entre a
Justiça estadual e a Federal estimulam o nivelamento. No ano passado, a
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) enviou um requerimento
ao CNJ pedindo equiparação das vantagens, com o intuito de uniformizar
as mordomias. O CNJ, no entanto, arquivou o processo em maio deste ano,
sob o argumento de que o pleito violaria disposições constitucionais e
provocaria despesas. O assunto é sensível. Envolve servidores públicos de alta
qualificação que dominam as leis e justificam as benesses com elas. Os
megassalários são consequência do extrateto, uma série de penduricalhos
legalmente instituídos e trancados a sete chaves. A proteção ao sigilo
fere determinações do CNJ sobre as práticas de transparência e à Lei de
Acesso à Informação, segundo pesquisadores da Fundação Getulio Vargas
(FGV). Desde 2014, a instituição pediu dados a 40 tribunais. Apenas 25
responderam e, desses, somente cinco explicaram objetivamente os
números. SEM TRANSPARÊNCIA – Rafael Velasco, coordenador do
programa de transparência pública da FGV, explica que a prática
interfere no controle social sobre os gastos públicos. A dificuldade em
desvendar benefícios no setor público é comum em todos os Poderes,
destaca Velasco, mas é mais evidente no Judiciário. Recentemente, um
analista federal identificou que a viúva de um desembargador do Tribunal
Regional do Trabalho (15ª Região), em Campinas, recebeu quase R$ 700
mil de vantagens eventuais em dois anos (2012 e 2013). No período, a
beneficiária embolsou quase R$ 1,2 milhão. Além de benesses pessoais extrassalário, que variam entre R$ 5 mil e
R$ 8 mil, desembargadores do TRT-15 têm vantagens eventuais. Em abril
deste ano, receberam valores entre R$ 18,3 mil e R$ 52,8 mil. “Teve
desembargador com o total de quase R$ 100 mil. Com os descontos, o
rendimento líquido beirou os R$ 85 mil”, aponta o analista que prefere
não se identificar. JUSTIÇA FEDERAL – “Na Justiça Federal, ninguém ganha
mais do que o permitido e está tudo definido: salário, gratificação,
benefício. Não há qualquer dificuldade em encontrar esses dados”,
garante o presidente da Ajufe, Roberto Veloso. Ele reconhece, no
entanto, que há discrepâncias nos vencimentos de juízes estaduais de São
Paulo. “Apresentamos o requerimento para informar que não estamos
recebendo, enquanto os juízes do tribunal de São Paulo estão. Que todos
recebam, ou ninguém”, afirma. A vice-presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB),
Julianne Marques, explica que os salários respeitam o teto
constitucional. “Existem verbas indenizatórias, diárias de viagens,
auxílio-moradia.” A magistrada ressalta que a classe é a única que não
teve reajuste salarial. “Do ano passado para cá, não tivemos aumentos. O
que temos são subsídios previstos em lei. E o resto é indenização”,
afirma. LEGISLAÇÃO – No Legislativo — que custa R$ 1,16
milhão por hora aos cofres públicos, segundo dados da OnG Contas Abertas
—, tramitam diversos projetos para conter os benefícios extrateto, mas
não andam. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) defende que a Câmara vote
com urgência o PL 6726/16, aprovado pelo Senado em dezembro de 2016. A
proposta está parada na Comissão de Trabalho à espera de um relator. “É
preciso que a Casa enfrente essa questão que afronta a sociedade. Não dá
mais para ficar postergando a votação de uma matéria que vai acabar com
essa aberração”, diz Bueno. Gil Castello Branco, secretário-geral da Contas Abertas, explica que é
difícil identificar na lei o conceito de “extrateto”. “Basta uma
palavra na lei com um significado dúbio para que tudo vá por água abaixo
e uma imoralidade poderá se tornar legal.” PENDURICALHOS – A prática de esconder informações
importantes da população é o reflexo da cultura patrimonialista e
autoritária dentro do funcionalismo, afirma o economista José
Matias-Pereira, da Universidade de Brasília (UnB). “O servidor chega a
se ofender quando se exige transparência ou produtividade”, ironiza.
A questão do penduricalho é ainda mais grave para ele. Vários itens
foram dados como incentivos provisórios e viraram permanentes, por
exemplo, o auxílio-moradia (R$ 4,3 mil), que o magistrado recebe mesmo
quando mora no local onde trabalha. “As discrepâncias são evidentes. Os
megassalários do Judiciário afetam a imagem da instituição”, destaca.
Como profissional, trabalhei como apresentador, repórter, redator, produtor, diretor de jornalismo em várias emissoras de rádio - Rádio Difusora de Pirassununga, Rádio Cultura de Santos e São Vicente, Rádio Capital de Brasília, Rádio Alvorada de Brasília, Sistema Globo de Rádio/DF, Rádio Manchete FM/DF, Rádio Planalto de Brasília e 105 FM DF e Rádio Cultura de Brasília. Fui Professor de Radiojornalismo no CEUB. Funcionário concursado da Secretaria de Saúde do Distrito Federal requisitado pelo TCDF até me aposentar em fevereiro ultimo. Também trabalhei, nos anos 70 no jornal O Movimento de Pirassununga.
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