por Dora Kramer Veja
O mundo deu uma volta completa e Luiz Inácio da Silva e Michel Temer estão de novo no mesmo lugar, juntos. Agora, unidos na tentativa de escapulir das acusações de que são alvos pela tangente apontando intenções conspiratórias nas investigações policiais e decisões judiciais que condenaram um, denunciaram o outro e levaram à prisão gente da intimidade pessoal e profissional de ambos.
Nada mais inoportuno para a tese de defesa dos dois que a confirmação da condenação de Lula no primeiro dos processos aos quais responde e a prisão de três dos mais chegados amigos de Temer, acusados de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de um inquérito sobre decreto assinado pelo presidente atual supostamente para favorecer empresa operadora no Porto de Santos.
A decisão da procuradora-geral Raquel Dodge derruba de uma só vez tanto a alegação de que o antecessor Rodrigo Janot cumpria agenda pessoal contra Michel Temer quanto a ideia de que o Ministério Público atuava em parceria com o Supremo Tribunal Federal para destruir Lula e o PT. Postas estão duas estacas: uma no cravo, outra na ferradura.
Ainda que não seja preso, Lula já é ficha suja. Ainda que insista em concorrer à reeleição, Temer já não é o defensor do legado que imaginava, mas dono do malsão capital de suas denúncias que, tudo indica, em breve serão três.
extraídaderota2014blogspot
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