Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 17 de abril de 2018

BORBOLETAS

MIRANDA DE SÁ
“Na natureza, uma repugnante lagarta transforma-se numa borboleta encantadora; entre os homens, ocorre o contrário; uma encantadora borboleta transforma-se numa lagarta repugnante” (Tchekhov)

Círculos que tratam “da ciência do absurdo”, divulgam o “Efeito Borboleta”, uma hipótese levantada nos meados do século passado por Edward Lorenz e encaixada na teoria do caos como manteiga em pão quente…

Segundo contam, a invenção de Lorenz surgiu de uma pergunta que se fez, pensando: “Poderia um bater de asas de uma borboleta no Brasil, causar um tornado no Texas?” Assim nasceu o princípio pseudocientífico do efeito borboleta, divulgado em 1963 e se prestando a várias conjecturas, como se o bater de asas de uma borboleta influenciaria o curso natural das coisas.

Notaram o meu ceticismo e aversão sobre isto, por que tem pouca seriedade e muito romantismo, tanto na origem como a enunciação da teoria. Lembro que esta ficção veio um século antes, em 1888, na novela “O Mandarim”, de Eça de Queiroz.

Eça nos apresentou Teodoro, um burocrata da administração pública, que sonhou com uma figura misteriosa lhe instigando a fazer a experiência de tocar uma sineta e com isto matar na distante China um riquíssimo mandarim. Fê-lo e deu certo: o potentado chinês morreu e Teodoro herdou a sua fortuna.

É imperdível a leitura da novela pelo belíssimo estilo que o grande escritor da língua portuguesa nos deixou. Assisti também o filme “Efeito Borboleta” (The Butterfly Effect), dirigido por Eric Bress e J. Mackye Gruber, estrelado por Ashton Kutcher e Amy Smart, que ganhou o Prêmio do Público no Festival Internacional do Cinema Fantástico de Bruxelas.

O enredo da película se baseou no “Efeito Borboleta”, trazendo a história de Evan Treborn que lendo os seus diários de adolescente, descobriu ter a capacidade de viajar ao passado e mudar situações futuras; assim consegue evitar a morte de Kayleigh, a garota que amava.

Há uma lenda em Hollywood que o bater das asas de uma borboletinha lá no fim do mundo abalou a Bolsa de Nova Iorque em 1929; e que Charles Chaplin sentiu isto antes vendeu todas as suas ações, tornando-se multimilionário na crise mundial.

Diz-se também que o adejar de uma mariposa levou ao megaespeculador George Soros os segredos financeiros do Reino Unido, e então ele faturou isto derrubando a libra, em 1992. Soros veio a ser bilionário e brinca batendo suas asas de morcego agitando as nações pelo controle da mídia de diversos países, e, segundo se comenta, apoia o islamismo na Europa e o narcopopulismo na América Latina.

A poucos dias, uma borboleta tropical do Amazonas esvoaçou e produziu um fenômeno que repercutiu no Congresso do Povo Chinês. Lá, por unanimidade deu-se ao líder Xi Jinping a direção do governo por tempo infinito, levando a China de volta à ditadura dos mandarins vermelhos…

Finalmente, especula-se que no Brasil ocorrem abalos curiosos igualmente provocados por bandos de borboletas noturnas. Comenta-se que no seu voo fizeram Lula quebrar um copo de cachaça e xingar os ministros do STF de covarde. A consequência é que o seu grito ecoou longe, em Brasília.

Na capital federal, o efeito da borboleta lulista chegou aos ministros do Supremo; o grito rouco do Pelegão fez os togados passarem por uma metamorfose voltando aos casulos como lagartas, e ali criaram uma repugnante doutrina que livrou o seu lepidopterologista da prisão e com ele, assassinos, contrabandistas, corruptos e corruptores, traficantes de drogas e pedófilos














































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