Folha de São Paulo Kim Kataguiri:
Agora que o PT e suas linhas auxiliares estão na oposição, acham que a população vai se esquecer de que eles foram os protagonistas do maior escândalo de corrupção da história do país e de uma crise econômica igualmente sem precedentes.
A militância petista quer nos fazer acreditar que o país estava uma maravilha até que, por meio de um golpe de Estado —que, curiosamente, é previsto pela Constituição e teve seu rito definido pelo STF—, Temer teria assumido o poder fazendo com que mais de 12 milhões de desempregados brotassem do chão, quebrando instantaneamente a Petrobras e revogando a Lei Áurea.
Guilherme Boulos, o poodle de estimação do petismo, em seu último artigo para esta Folha, atacou um MBL imaginário, que teria prometido que o impeachment de Dilma Rousseff seria o fim da corrupção. É claro que isso é uma grande bobagem. A corrupção nunca vai acabar. E é por isso que deve ser permanentemente combatida.
Ainda mais quando é utilizada como método de governo. Afinal, fechar o Congresso na base da propina é tão grave quanto fazê-lo com tanques de guerra.
Sustentamos, sim, que o impeachment traria melhoras para a economia. E trouxe: no mês passado, a indústria paulista criou 6.500 postos de trabalho, o primeiro resultado positivo desde abril de 2015. Vale lembrar que, nos últimos três anos —a maior parte desse período sob governo petista—, a indústria paulista fechou 518 mil postos de trabalho. Além disso, na última quarta-feira (15), a Bolsa fechou no melhor patamar desde março de 2012.
Isso sem falar na aprovação da PEC do Teto, passo importantíssimo para garantir o equilíbrio fiscal e, assim, evitar aumento de impostos e manter a inflação sob controle.
O coxinha vermelho atacou um espantalho porque sabe que não tem condições de lidar com o MBL real. Diferente do que escreveu em sua coluna, o MBL nunca colocou o impeachment como a grande solução para o país. Aliás, nunca propusemos nenhum plano messiânico de salvação nacional, mesmo porque tal plano não existe. O que defendemos são reformas estruturantes, que já deveriam ter sido feitas há décadas, para que o Brasil, algum dia, saia desse círculo vicioso de gasto público e quebradeira.
Desculpe-me, Boulos, mas quem acredita em solução mágica é a esquerda.
Aproveito a provocação do ilustre burguês revolucionário para convidá-lo a um debate. Adoraria conhecer as propostas da sua milícia, o MTST, para a Previdência, a legislação trabalhista, o sistema tributário, o sistema político etc. Sei que, apesar de berrar o contrário, você não acredita na tese esdrúxula de que o MBL é um mero movimento antipetista, sem propostas, sem projetos para o país.
Por que não esclarecer tudo isso num debate público? Você pode pedir meu telefone para a Folha. Aliás, tenho certeza de que o jornal teria interesse em mediar essa discussão.
E aí, Boulos, aceita o convite? Ou tudo o que sabe fazer é repetir chavões e queimar pneus no meio da rua?
extraídaderota2014blogspot
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