Em
decisão publicada nesta terça-feira (14), a Justiça de São Paulo proíbe
o prefeito João Doria (PSDB) de apagar novos grafites na cidade sem
autorização prévia do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).
Em
caso de descumprimento, a prefeitura terá de pagar uma multa diária de
R$ 500 mil, além de outras sanções. A decisão é do juiz Adriano Marcos
Laroca, da 12ª Vara de Fazenda Pública do Foro Central da Capital. No
texto, ele afirma que a “remoção dos grafites em espaços públicos da
cidade” coloca “em risco o seu patrimônio cultural”.
Diversos
grafites da cidade têm sido cobertos por tinta cinza como medida do
“São Paulo Cidade Linda”, programa de zeladoria do prefeito João Doria,
que desde o início de sua gestão vem fazendo campanha contra os
pichadores. “Se preferirem continuar pichando a cidade, terão o rigor da
lei. É tolerância zero”, afirmou o prefeito.
Procurada
pelo UOL, a prefeitura afirmou que irá recorrer da liminar assim que
for notificada. A prefeitura ainda disse que enviará ao Poder Judiciário
documentos com os planos de ampliação dos grafites na cidade, além de
um programa que prevê o encaminhamento de pichadores à prática das artes
de rua.
Vou te contar uma
coisa… só mesmo no Brasil perdemos tempo “debatendo” se os vagabundos
têm ou não o direito de emporcalhar as cidades! É muito atraso. E pior:
vem a própria “Justiça” determinar que os meliantes têm sim o direito de
pichar muros, pois isso, afinal, é “arte”. Bernardo Santoro,
ex-presidente do Instituto Liberal, desabafou:
Poucas
coisas expõem tanto o baixo nível civilizatório do Brasil quanto a
existência de debate acerca de pichação. Só de ter gente sendo
legitimada a argumentar em defesa da pichação já me deixa chocado.
Porque falar coisas sem sentido é um direito que assiste a todos dentro
da democracia, mas a janela de overton brasileira estar tão jogada para
a esquerda a ponto de defensores de pichadores serem levados a sério e
ouvidos como autoridades em parlamentos municipais é praticamente um
atestado da indigência intelectual, ética e estética da nossa sociedade.
A
sensação das pessoas normais e racionais no Brasil é a de dar murros em
ponta de faca, de remar contra a maré vermelha, uma correnteza forte e
indomável, imune a argumentos e lógica. Guilherme Macalossi, do programa
“Confronto”, foi preciso em seu comentário:
Um
juiz resolveu determinar que João Doria está proibido de apagar
grafitagens sem autorização do Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Histórico e Ambiental de São Paulo (que nome pomposo, não
acham?). Mesmo os grafites depredados por pichadores, que são o alvo do
prefeito, precisarão de autorização do distinto senhorio que compõe o
órgão. É a justiça em defesa do emporcalhamento urbano por meio da
burocracia.
O
autor da liminar ilegal que proíbe João Doria de apagar grafitagens
depredadas é um tal de Adriano Marcos Laroca, integrante de um troço
chamado Associação Juízes para a Democracia (deve haver juízes que não
são). A dita Associação não passa de um grupelho esquerdista que tenta
aparelhar a magistratura. Defendem tudo o que não presta, inclusive
invasões ilegais e depredação.
Em
2011, os doutores declararam, por meio de um manifesto, que “Não é
verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e
pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem
no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por
isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de
esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço
da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais”.
Ai
está. Pichadores, invasores e desordeiros compõe uma casta de
iluminados que vivem no “cimo preponderante das normas e princípios
constitucionais”. Na visão desses depravados de toga, a ação criminosa
deles não é apenas legal, mas um direito sacrossanto.
É
o que acontece quando “juízes” colocam sua ideologia acima das leis, e
partem para um ativismo militante tosco. É tão cansativo tudo isso…
Dória chegou para impor um ritmo novo, para limpar a cidade, para fazer
cumprir a lei, mas encontra no caminho não só os artistas engajados, os
“intelectuais” de esquerda e os criminosos em geral, como os próprios
guardiões da lei! É muito surreal. O Brasil cansa…
EXTRAÍDADEPUGGINA.ORG
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