por Rodrigo Constantino.
A imigração foi “o” tema da eleição que levou Donald Trump ao poder. E se Trump acusa a mídia de desonestidade, não há tema em que isso fica mais escancarado do que nesse. São muitas inverdades, omissões e manipulações por parte da grande imprensa, que parece se recusar a lidar com o assunto com a honestidade que ele merece, dado o enorme potencial de mudança que ele tem na América que conhecemos hoje.
O livro mais influente sobre o assunto, que teve grande impacto nas urnas, foi Adios, America!, de Ann Coulter. Foi com base nele que escrevi a coluna da Gazeta do Povo desta semana. Mas, por falta de espaço, fiz apenas uma breve introdução, sem mergulhar a fundo nos inúmeros dados que a autora traz à tona e que o leitor, em geral, desconhece (por culpa da imprensa que não informa). Vamos, então, listar alguns desses fatos abaixo:
1. Falam em 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos hoje, mas estimativas mais realistas, e ainda assim conservadoras, apontam para 30 milhões, a imensa maioria de hispânicos. Os imigrantes hispânicos legais votam 8 para 2 em democratas contra republicanos. Alguma surpresa de a bandeira da “anistia” ser de esquerda?
1. Falam em 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos hoje, mas estimativas mais realistas, e ainda assim conservadoras, apontam para 30 milhões, a imensa maioria de hispânicos. Os imigrantes hispânicos legais votam 8 para 2 em democratas contra republicanos. Alguma surpresa de a bandeira da “anistia” ser de esquerda?
2. A imprensa fala, como se fossem boas notícias, que os imigrantes usam “apenas” 18% mais de “welfare” estatal do que os nativos, mas imigrantes que imediatamente já precisam de esmolas estatais deveriam ser aceitos? Os pagadores de impostos não conseguem sustentar nem os locais, e vão receber mais gente dependente do governo? Em geral, 60% dos imigrantes – legais e ilegais – recebem assistência governamental, contra menos de 40% dos americanos. Se o fardo já está pesado para manter os próprios americanos nesse sistema paternalista, por que trazer ainda mais gente nessa condição.
3. Se no passado os imigrantes vinham em busca de oportunidades e respeitando os principais valores americanos, hoje muitos chegam dependendo do estado e ainda por cima cuspindo na América, tida como “racista, sexista, homofóbica e preconceituosa”. Em 1915, Louis Brandeis, que seria ministro da Suprema Corte depois, deu um discurso no 4 de julho alegando que o imigrante deveria abraçar os valores americanos. Em 2014, a Suprema Corte sustentou o direito de uma escola da Califórnia banir camisetas com a bandeira americana para não “ofender” imigrantes mexicanos celebrando o Cinco de Maio. Por que, então, os americanos deveriam abrir suas fronteiras para receber quem odeia tudo aquilo que a América representa historicamente?
4. Há uma campanha em curso, endossada pela esquerda e por libertários como Ron Paul, para substituir o termo “ilegal” por imigrante “não-documentado”, eufemismo tosco que serve para suavizar um crime no país que foi criado com base no império das leis. A justificativa é que usar o termo “ilegal” pode acabar “desumanizando” esses pobres indivíduos.
5. A mudança estrutural ocorreu na década de 1960, sob o comando de Teddy Kennedy, quando as fronteiras foram escancaradas. A regra do “anchor baby” permitiu que milhões de mexicanos atravessassem a fronteira apenas para ter filhos “americanos”, muitas vezes em hospitais públicos, com tudo pago pelo tax payer americano. Depois, em nome da “reunificação familiar”, parentes de todo tipo, como primos, avós e tios, foram aceitos no país. Não passa pela cabeça da esquerda que a reunião familiar poderia se dar… do outro lado da fronteira, em seu país de origem? O que um típico “jeitinho” desses acaba fazendo com um país acostumado a respeitar as regras?
6. Segundo um estudo de Robert Rector, da Heritage Foundation, o americano com terceiro grau completo paga $29 mil a mais de imposto todo ano do que recebe de volta em serviços do governo, enquanto os imigrantes legais com mesma formação, na média, recebem $4 mil a mais em serviços do que pagam em impostos. Os imigrantes com diploma de segundo grau recebem $15 mil a mais, e aqueles sem diploma coletam impressionantes $37 mil extras!
7. “A América é a terra dos imigrantes”, dizem os defensores da política atual. Mas ignoram que o grosso era formado por europeus em busca de trabalho, com forte predominância do que se chama WASP. Todos os presidentes eram protestantes, à exceção de JFK, católico. A descendência britânica, em parte, sempre esteve presente na Casa Branca de alguma forma. O respeitado professor de Harvard, Samuel Huntington, questiona: “A América seria a América de hoje se nos séculos 17 e 18 tivesse sido civilizada não por protestantes britânicos, mas por católicos franceses, espanhóis e portugueses?” E responde: “Certamente que não”. Edmund Burke, o “pai do conservadorismo”, destacou a influência britânica e a protestante como fatores fundamentais pela paixão dos americanos pela liberdade. Como negar, então, que a crescente latinização da América poderá torná-la mais parecida com os demais países latino-americanos? E isso não deveria preocupar aqueles que amam o que a América representa?
8. A esquerda fala muito em “diversidade” como sinônimo de força. Mas vejamos alguns casos em que a diversidade significou, na prática, o caos e até a guerra civil: a Irlanda com os católicos e os protestantes em constante guerra; Israel e palestinos na Cisjordânia; as facções em constante briga na Índia, no Sri Lanka, na China, no Iraque e na antiga Checoslováquia, nos Balcãs, na Chechênia. Vários países europeus estão com maior diversidade agora que muçulmanos dominaram bairros inteiros, adotando até a sharia. A Europa melhorou com esse fluxo dos países islâmicos? E claro: o Brasil costuma ser citado como o melhor exemplo de “melting pot”, uma completa mistureba, onde não poderia haver mais diversidade. E quem vai festejar o resultado? Será que “diversidade”, por si só, é algo positivo e que deve ser almejado como meta?
9. A América já absorveu mais de um quarto da população total mexicana, de acordo com o Pew Research Center. Os Estados Unidos possuem mais hispânicos do que qualquer outro país do mundo, exceto o próprio México. A população hispânica representa 47% do total em New Mexico, 39% do total na Califórnia, 38% no Texas, 30% no Arizona e 27% em Nevada. Trata-se de uma mudança impressionante e bem rápida: em 1980, quando a Califórnia ainda oferecia presidentes republicanos ao país, ela abrigava 4,5 milhões de hispânicos, contra 14 milhões hoje – oficialmente. Los Angeles sozinha gasta mais de $1,6 bilhão por ano com imigrantes ilegais. Será que o país terá que admitir todos os 120 milhões de mexicanos como imigrantes até que a esquerda pare de falar em “xenofobia”?
10. Antes da mudança com as leis de imigração ocorrida na década de 1960, sete países forneciam 5% ou mais do total de imigrantes, cada um: Itália, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Polônia, União Soviética e México. Em 2000, o México era o único país fornecendo mais de 5% do total de imigrantes, correspondendo a quase um terço do total! Isso é o que a esquerda entende por diversidade?
11. Em 1970, havia menos de 10 milhões de estrangeiros nos Estados Unidos, e 75% era da Europa; em 2010, havia 40 milhões, e apenas 13% da Europa.
12. Em poucos anos Minnesota deixou de ser 99% de alemães, holandeses, finlandeses, dinamarqueses e poloneses para ter 20% de africanos, incluindo ao menos cem mil “refugiados” da Somália. Os índices de criminalidade subiram no local, com relatos de tráfico humano, roubos, estupros, ataques com machados e prostituição infantil. O “multiculturalismo” pode não ser tão belo na prática. Mas o politicamente correto ainda fala mais alto: a Universidade Católica de St. Thomas instalou quartos para rezas islâmicas para demonstrar, de acordo com seu reitor, que a escola é “diversa”. A prefeita de Minneapolis, Betsy Hodges, apareceu vestindo um hijab completo em encontros com somalis. Quem precisa se adaptar, pelo visto, são os que recebem os imigrantes, não o contrário.
13. Inúmeros relatos de crimes envolvendo imigrantes são abafados pela imprensa. Ann Coulter mostra vários deles, e prova como os jornalistas fizeram de tudo para omitir a origem do criminoso quando imigrante. Em casos chocantes, não faltaram americanos de esquerda para “justificar” tais atos tenebrosos com base nas “diferenças culturais”, mesmo com as ocorrências em solo americano. Um professor de antropologia da State University of New York, por exemplo, testemunhou em defesa de pais muçulmanos que mataram a própria filha, por ela namorar um negro, alegando que “todos que cresceram no Oriente Médio sabem que morrer é uma consequência possível por desonrar a família”. Mas eles não estão no Oriente Médio!
14. As estatísticas sobre crimes cometidos por imigrantes são obscuras, o governo esconde muita coisa. Mas, em 2011, o Government Accountability Office reportou que a América tinha encarcerados ao menos 351 mil imigrantes criminosos. E essa estimativa ultraconservadora exclui todos aqueles em prisões locais estaduais, prisioneiros cujos certificados de nascimento não puderam ser determinados, imigrantes que foram naturalizados e crianças nascidas de imigrantes ilegais em solo americano. Os dados existentes sugerem que a taxa de criminalidade entre imigrantes é astronômica. O Department of Homeland Security lançou um relatório indicando que há ao menos o dobro de estrangeiros criminosos em relação à estimativa do GAO. Se essa estimativa do DHS estiver certa, então quase um terço dos 2 milhões de presos em cadeias americanas é de estrangeiros.
15. Em 1925, quando a população era de 100 milhões, havia cerca de cem mil pessoas na prisão; em 1970, quando a população americana dobrou para 200 milhões, a população carcerária também dobrou, para algo como 200 mil; aí, de repente, justo quando as leis de imigração mudaram, a população carcerária explodiu. Se a taxa se mantivesse constante, haveria umas 310 mil pessoas presas hoje, não mais de 2 milhões. Claro que a imigração sozinha não explica isso. Há a guerra contra as drogas, o “welfare state”, a degradação de valores morais. Mas como negar alguma influência da imigração descontrolada?
16. Outros indícios de elevada participação de imigrantes, especialmente hispânicos, na criminalidade podem ser obtidos com a lista de “mais procurados” de 2015 da LAPD (polícia de Los Angeles): Jesse Enrique Monarrez (assassinato); Cesar Augusto Nistal (abuso infantil); Jose Padilla (assassinato); Demecio Carlos Perez (assassinato); Ramon Reyes (roubo e assassinato); Victor Vargas (assassinato); Rubem Villa (assassinato); Antonio Villaraigosa (fraudes gerais). Algum denominador comum? Por que não há um Smith nessa lista? Metade dos nomes nas listas dos xerifes é de hispânicos. Em 2010, 1.258 de cada 100 mil hispânicos homens estavam na prisão, comparado a 459 de cada 100 mil homens brancos.
17. Se os hispânicos estão super-representados nas prisões americanas em termos de sua população, nas Forças Armadas eles estão sub-representados. A quantidade de recrutas por população é de 1,06 para brancos, 1,08 para negros, e apenas 0,65 para hispânicos. O patriotismo, um valor tão caro aos americanos, não parece despertar a mesma empolgação nos latinos.
18. A gravidez precoce é um convite a problemas sociais e criminais, como toda pesquisa aponta. Nos Estados Unidos, as hispânicas apresentam sete vezes mais chances de ter um filho entre as idades de 10 e 14 (1,4 por mil) do que as brancas (0,2 por mil), de acordo com o Centers for Disease Control. Há um fator cultural também. Gloria Trevi, a popstar conhecida como “Madonna mexicana”, afirmou que uma menor é uma menor nos Estados Unidos, mas no México é diferente, e o sexo com uma menor é aceito lá. De fato, em 32 estados mexicanos, a idade de consentimento para sexo é apenas 12 anos. Os americanos não devem se preocupar em importar tais “valores” para seu país?
19. O Pew Research Center estima que em 35 anos a população americana será de 438 milhões, sendo 100 milhões de imigrantes. Uma transformação tão abrupta não deveria suscitar um debate mais aberto e sincero, sem tantos rótulos de “xenofobia” e “preconceito” a quem tenta questionar certas coisas?
20. Um dos maiores jornais americanos, o NYT, é também um dos mais ativos na campanha pela imigração descontrolada. Mas nem sempre foi assim. Há editoriais de apenas poucos anos atrás pedindo cautela, alertando.O que mudou? Simples: em 2008, quando a crise quase levou o jornal à falência, Carlos Slim apareceu para salvá-lo, comprando seu controle. Slim é ninguém menos do que o sujeito mais rico do mundo e… mexicano! Sua fortuna vem do “capitalismo de laços” em seu país, dos esquemas monopolistas, dos conluios com o governo na privatização sem concorrência. Algo como 40% das empresas listadas na bolsa mexicana pertence ao magnata. E eis o que ajuda muito a aumentar sua fortuna: a quantidade enorme de imigrantes mexicanos nos Estados Unidos, mandando dinheiro de volta para os familiares, gerando consumo, fazendo ligações com taxas absurdas da Telmex. Por que ninguém questiona o claro conflito de interesses do NYT nessa questão tão fundamental para o futuro da América?
Como o leitor pode ver, há muito o que não é dito nos “debates” sobre imigração, pois a mídia faz de tudo para ocultar tais dados e rotular os críticos do modelo atual. Os ricaços de esquerda ganham babás e jardineiros com salários baixos, Carlos Slim ganha mais alguns bilhões, a elite culpada ganha a sensação de superioridade moral por defender a “diversidade” e os “oprimidos”, os democratas ganham votos, e quem paga a conta é o americano trabalhador de classe média.
extraidaDEPUGGINA.ORG
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