Alcyra Escorel - via WhatsApp
Parece que os brasileiros sofrem de "memória curta na forma aguda".
Logicamente que sua prematura morte foi uma perda para seus filhos, família, amigos e companheiros do STF e de ideologia. Óbvio que me condoo com a dor alheia, mas sei exatamente diferenciar a perda humana da perda institucional.
Teori Zavascki na minha humilde opinião, não passará para a história como um herói brasileiro ou como aquele que tentou moralizar a República através de seu ofício. Zavascki era um homem alinhado com a esquerda e seus ideais. Foi um ministro que não poupou esforços para dar uma interpretação forçosamente benevolente quando os réus partilhavam da sua mesma orientação político-ideológica.
Lembram dos famosos "Embargos Infringentes“ na ação penal do Mensalão ? __Lá estava ele, firme e forte na interpretacao pró-quadrilha petista.
Lembram da ação para garantir a quase impunidade para José Dirceu e Delúbio Soares?
__Lá estava ele a postos para entender o comportamento destes criminosos e apressar suas saídas do xilindró.
Lembram do caso do áudio escandaloso envolvendo o ex-presidente Lula e sua criatura Dilma Rousseff?
__Ele foi uma voz destoante para censurar a conduta irrepreensível do juiz Moro e sua atuação profissional, a fim de proteger a dupla das garras da justiça.
Lembram do processo, em que poderia ter culminado com a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva?
__Ele fez questão de abortar esta possibilidade e garantir que o acusado respondesse pelos crimes em completa liberdade, apesar das inúmeras e graves acusações existentes e que autorizariam uma eventual prisão preventiva.
Ele acertou também! Deu votos importantes e relevantes, mas muito longe de ser um expoente impar da nossa magistratura. De uma forma geral, ele, Teori, foi um juiz que abraçou a causa petista e em razão dela foi escolhido para atuar. Fez questão de ser discreto, mas não o suficiente para esconder suas tendências ideológicas, que muitas vezes se viram refletidas em suas decisões.
Portanto, muita hipocrisia e amnésia neste momento tentar fazer dele um herói da República, um magistrado perfeito e que apenas atendia aos interesses do país e da justiça, quando na verdade tinha nítidas preferências partidárias e se deixou influenciar por elas.
Respeito a dor de seus entes queridos, mas não compactuo com a comoção histérica da morte de um herói inexistente. Tribunais não são locais indicados para a política.
extraídaderota2014blogspot
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