Vlady Oliver:
Esta quadrilha é reflexo e ressonância de uma outra, muito maior, disseminada numa boa conjunção de países que professam em suas administrações a presença do organismo público – e sua consequente inflexão ao roubo do dinheiro alheio – como parte de um tipo de administração onde o “azeite” da máquina pública é a confraria ou o dinheiro, distribuído em inconfessáveis interesses. Na margem de tudo isso, a sociedade pagante.
Assim como não há um “censo presidiário”, para sabermos quantos bandidos estamos bancando no falido sistema prisional brasileiro, não há também um censo – ou senso – para a ocupação do serviço público e sua devida eficiência. Não sabemos portanto, quantos bandidos estamos patrocinando do lado de fora dos presídios, eleitos em tenebrosas eleições para manter a massa bovina sob controle, debaixo da maior carga tributária de que se tem notícia.
Que tal isso? Isso ninguém quer defender, não é mesmo? Preferem defender mesmo o simplismo tacanho da volta da CPMF ao lombo dos contribuintes. Eu sabia que desse mato não sairia coelho. Eu lamento pelo jornalismo que se professa por aí. Está perdendo o senso do ridículo e a pouca vergonha ostentada na cara parva. É um espanto.
extraídadeaugusonunesopiniaoveja
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