Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

UM PAÍS COM O ESTATISMO INJETADO NA VEIA

 Percival Puggina

O jornal O Estado de São Paulo, um dos que escapa ao detestável amálgama de esquerdismo com mediocridade que fez adoecer parcela expressiva da mídia brasileira, proporcionou em sua edição do último dia 14 uma evidência da ampla propagação do estatismo em nossa sociedade. Em matéria de capa, o jornal afirma:
A crise econômica fez com que a arrecadação brasileira encolhesse, nos últimos três anos, o equivalente a quase duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraguai. A perda de receita, em termos reais - ou seja, descontando-se a inflação do período - alcançou R$ 172 bilhões entre 2014 e 2016, agravando a crise fiscal do País.
Enquanto a receita líquida de 2016 foi estimada pelo governo, nos últimos dias de dezembro, em R$ 1,082 trilhão (o dado oficial só sai no fim deste mês), em 2013 essa arrecadação somou R$ 1,254 trilhão, em valores corrigidos pela inflação.(...)
Observe que o Estadão estabelece uma proporção entre a perda de arrecadação estatal no Brasil e o PIB do vizinho Paraguai. Ou seja, imposto recolhido aqui com Produto Interno Bruto lá. Em algum lugar da matéria sumiu aquilo que mais diretamente afeta cada trabalhador, empresário, poupador, investidor, profissional liberal, aposentado ou pensionista do país: a queda PIB, que teve igual proporção, afetando renda, salários e poder de compra de todos.
Enquanto o gasto público, segundo a própria matéria do jornal, cresceu perante uma receita que caía, a renda da população caía perante preços que cresciam.
 Estou simplificando, mas é basicamente isso aí. E o Estadão mostra preocupação com a penúria do poder público gastador, paciente de uma síndrome que poderíamos chamar de incontinência financeira.


















extraídadepuggina.org

 

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