Muita gente já ouviu falar na estória
do Rei Midas, aquele que transformava em ouro tudo o que tocava.
O que seria uma dádiva para o
ambicioso Midas reverteu - se num tremendo castigo, pois o infeliz rei não
podia comer, beber água, e nada fazer senão agüentar o peso de suas desmedidas
ambições.
Em nosso caso temos um molusco
peçonhento e falastrão, que contamina, infecta, polui e corrompe tudo o que
toca, graças a sua capacidade incontrolável de se multiplicar.
Alguns
estudiosos especulam sobre o montante dos prejuízos que a sua virulência causou
para o País.
Em geral,
referem – se aos dados numéricos que levantam uma estimativa dos prejuízos
financeiros e patrimoniais, que o desgraçado causou à Nação, por sua ação,
influência ou omissão.
Quanto
aos danos futuros, nem se arriscam, pois tudo é possível.
Evidentemente, apóiam - se em dados
avaliados dos grandes desperdícios, das doações, dos maus negócios, das
corrupções e de toda a sorte de danos que a má gestão e os seus interesses têm
causado.
São especulações, pois sem bola de
cristal, não podem saber dos desdobramentos que ações do verme podem e poderão
causar.
Quanto aos aspectos morais, nem
cogitam dimensionar.
Como exemplo, e muitos outros, que sem
dúvida existem, temos o recente caso da “Dra Rose”.
A operação Porto Seguro, descortinou
apenas mais uma contaminação do poderoso verme nativo. Bastou a descoberta do
elenco de patifarias que a Gerente do Gabinete da Presidência da República em
São Paulo patrocinou para somarmos aos prejuízos já conhecidos mais um leque de
patifarias.
Ao levantar a tampa da panela,
descobrimos como eles podem tudo. São gritantes as maracutaias realizadas para
que o Dr. Paulo Rodrigues Vieira, Diretor de
Hidrologia da ANA (Agência Nacional de Águas), fosse guindado ao cargo graças a
uma forte pressão do molusco e a uma manobra patrocinada por José Sarney.
Tudo com a flagrante omissão ou com o
aval do Congresso Nacional.
Tivemos uma pálida ideia de como
atingir um fim com qualquer meio. É assim que vivemos, quando possível
ou impossível, eles alcançam os seus objetivos, doa a quem doer.
Mas, certamente, como a “Dra Rose”,
tivemos o Dirceu, teremos o Haddad, e sabe – se lá quantos mais, muitos a
descobrir, e muitos que nunca serão descobertos.
Abordamos apenas os prejuízos
financeiros, nem tocamos na devastação da moral, dos valores e da cidadania.
O montante dos malefícios que o Brasil
herdará como adepto de um verme nunca será dimensionado, e muitas décadas
deverão decorrer para que aquelas terríveis contaminações possam ser apagadas
de nossa memória.
Como e quando será possível recuperar
tamanho dano? Provavelmente, nunca.
No Brasil, ao contrário dos demais
países, nunca tivemos as cruentas lutas internas ou mesmo sofremos as
devastadoras invasões de outros países.
Assim, nestes aspectos, os nacionais
nunca vivenciaram as devastações, as grandes pragas, a mortandade em massa, mas
ao que parece, ao invés de guerras, de sangrentas revoluções, a desdita
nacional foi ser o berço de um debochado crápula e de sua famigerada quadrilha.
O verme é o nosso castigo, durante
quanto tempo, nunca saberemos, pois mesmo depois de sua extinção os seus
malefícios deverão perdurar por décadas, quiçá por séculos.
Infelizmente, nosso futuro será
incerto enquanto servirmos de pasto para a sanguessuga e a sua “cumpanherada”.
Brasília,
DF, 28 de novembro de 2012
Gen.
Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
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