Jornalista Andrade Junior

domingo, 25 de novembro de 2012

CONSTITUIÇÃO CIDADÃ?

Por Maynard Marques de Santa Rosa)
“... Na Constituição de 1988 ... (estão) as sementes para desviar o Brasil dos seus destinos e criar o ambiente propício à destruição ... para minar a moral e a ética nacionais, permitir agravos inaceitáveis à soberania, a interferência externa ... e o assalto ao poder” (Vice-Alte Sergio Tasso Vásquez de Aquino).
Tem razão o Alte Aquino. Na Constituinte de 1988, a maré revanchista teve impulso suficiente para superar o dique do “Centrão” e alagar a Carta Magna com preceitos que a tornaram inadequada à gestão pública e leniente para com os malfeitos políticos.
O clima da época pode ser deduzido pelo discurso de um deputado pernambucano que, do plenário da Câmara, propôs a dissolução das Forças Armadas.
texto completo
O maior impacto ocorreu no campo da Segurança. A Segurança Nacional ficou reduzida ao conceito mais restrito de Defesa. O Conselho de Segurança Nacional foi extinto e, com ele, o controle das instituições militares sobre o território. O assessoramento estratégico-militar foi suprimido em importantes assuntos que afetam a soberania nacional. O Art. 142 omitiu o “poder de polícia” das Forças Armadas, retirando-lhes a autonomia para cooperar na segurança pública. Com isso, politizou emprego de tropa na garantia da lei e da ordem, sujeitando-o à requisição dos Poderes Constitucionais, sob a égide do Executivo.
O Art. 144 foi crivado pelo patrulhamento de toda repressão legal, limitando-se a eficácia das polícias e contribuindo para a sensação de impunidade. Não há como abstrair-se a relação entre o desamparo legal do setor e a situação atual de insegurança.
Não obstante, foi o Art. 5º, tido como “cláusula pétrea”, o mais fecundo em conteúdo anarquista. O inciso XVII proclama que: “É plena a liberdade de associação para fins lícitos”; e o inciso XVIII: “A criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”. Assim redigido, legalizavam-se os “aparelhos subversivos” que haviam sofrido o peso da repressão, durante o regime militar.
Não há legislação estrangeira que tenha estendido a liberalização a esse limite. Daí, a proliferação de ONG`s no Brasil, cujo número é estimado em 500 mil. Posteriormente, a regulamentação das OSCIP`s – Organizações da
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Sociedade Civil de Interesse Público – veio permitir o uso de dinheiro público em suas atividades, sem que haja mecanismos de controle adequados.
Outras proposições, embutidas nos Art. 216 e 231, criaram a base legal para a atual política etnocrática que divide a sociedade brasileira. Pela primeira vez, desde 1824, alterou-se o preceito de integração do índio à comunhão nacional, legado pelo Marquês de Pombal no Diretório do Regimento dos Índios, de 1755; e ressuscitou-se a denotação de quilombola, que jazia na memória do século XIX.
Ao contrário dos jacobinos franceses, que simplificaram a gestão pública no século XVIII, os constituintes de 1988 preocuparam-se em hipertrofiar as atribuições dos órgãos de controle da Administração, e ainda inseriram uma matriz de legislação ambiental que burocratiza e onera a atividade produtiva.
E foi dessa forma, sob a garantia de amplos direitos individuais e das minorias, sem contrapartida nos respectivos deveres, que o populismo prosperou, estimulando a dependência estatal, institucionalizando o privilégio e fazendo florescer o mercado eleitoral.
O povo, intoxicado por sugestões “politicamente corretas”, tornou-se passivo e inerte. Os valores patrióticos, a dignidade, o pudor e a solidariedade caíram em desuso. As manifestações públicas só acontecem, se tangidas por um comando midiático. O País vai perdendo a identidade coletiva.
O indicador mais notório da degradação está nos autos do processo do “mensalão”. O ministro Celso de Melo chamou a cúpula política de “uma sociedade de delinquentes, cujas práticas criminosas constituíram grave atentado à ordem democrática”. O presidente do STF, ministro Ayres Brito, considerou que a ação “bem caracterizava uma quadrilha”. E o ministro Joaquim Barbosa considerou o crime como “pecuniarização da prática política”.
A explicação desse fenômeno está contida no preâmbulo do PNDH-3 (3º Plano Nacional de Direitos Humanos). A afasia das consciências é obtida pela propaganda para formação da opinião pública, conjugada com a ação de base dos “movimentos sociais” – um eufemismo adotado para qualificar as “organizações-não-governamentais” ou “aparelhos privados de hegemonia de Gramsci”, destinados à subversão dos costumes. Nas palavras do sociólogo Betinho, “As ONG’s transitam no campo das ideias e se propõem a ser motoras de mudanças políticas e sociais”.
A vida ensina que toda regra social imposta, sem a adesão da consciência, vira hipocrisia. E a vivência em um cenário hipócrita leva à esquizofrenia coletiva, ensejando violência e insegurança.
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Portanto, é preciso mudar de rumo e reeducar o povo. E a melhor didática para o ensino de ética é o exemplo, que começa na família e termina no governo; fazendo despertar a consciência de que não existe alternativa ao crescimento social fora do trabalho e do mérito. Vem de Einstein a advertência de que “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.
A “desintoxicação” nacional implicará, necessariamente, uma reforma da Constituição que permita ao Estado de direito recuperar o seu legítimo direito de defesa e que torne viável a gestão, desatando o setor público.

3 comments:

Concordo com a parte do revanchismo. O tiro saiu pela culatra.

O que esperar, então? O Brasil está tomado por uma classe política desqualificada, populista e demagógica, salvo raras e honrosas exceções. O Estado foi tomado de assalto por petistas e aliados. O povo, inerte e anestesiado,a tudo assiste e aceita.Importa-se com as locais, somente. Nos tornamos uma sociedade desinformada, deseducada e hipócrita. Não vai ser fácil a tarefa de reeducar um povo acostumado com pilantras e aves de rapina.

Realmente é triste ter que aceitar a realidade brasileira.
Reunem-se milhões em passeatas gays e centenas
em passeata contra a corrupção.Juizes no STF fazendo o papel de advogados dos réus ,absolvendo culpados,decretando penas baixíssimas e multas irrisórias.
Uma sequência interminável de escândalos nos órgãos governamentais.
Leis retroagindo para prejudicar.(Precatórios e Royaltys)
PIB irrisório e a presidente declara que o PIB não é importante.Importantes são as crianças.
Educação ,uma lástima.Cotas para todos não brancos.
Casamento entre pessoas do mesmo sexo.Reservas indígenas
que em breve serão transformadas em nações.
CPIs maqueadas.Assassinatos em massa com criminosos soltos e inocentes presos em suas residências.
Fico por aqui.Levaria um dia inteiro trancrevendo as ignomínias que ocorrem no nosso querido e abandonado Brasil
.

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