Para marcar posição naquela semana que teve o Dia da Consciência Negra (dia 20/11) e dia 23/11, o Black Friday, não só nos EUA mas também na Terra dos Papagaios (embora, aqui, não passe de “Black Fraude”...), o cerimonial do STF emitiu 2 mil convites, sendo que muitos deles para personalidades negras, como Lázaro Ramos, ou que se apresentam como negras, ainda que não o sejam de fato. Festa na senzala?
A presidente da República Dilma Rousseff também compareceu ao evento. Chamou a atenção sua expressão carrancuda durante toda a cerimônia. O que estaria pensando a presidente? Em indulto de Natal aos mensaleiros petralhas, principalmente ao "camarada d'armas", José Dirceu?
No Brasil de Barbosa, assim como nos EUA de Obama, fala-se mais na cor da pele destas personalidades do que nas personagens em si. Nos EUA, todos os pecados de Obama são perdoados simplesmente por ser negro, como o seu incontido belicismo, que é ainda maior do que o de Bush Filho. O Nobel da Paz - que ironia! - não cumpriu a promessa de desativar Guantánamo, mandou metralhar Osama bin Laden no Paquistão e ordenou a matança de milhares de islâmicos lançando mísseis a partir de Veículos Aéreos Não-Tripulados. Enquanto Bush ordenava ataques “cirúrgicos” contra os chefões da Al-Qaeda, Obama ordena ataques contra extremistas islâmicos em geral, principalmente no Paquistão, no Iêmen e na Somália. Desde 2004, em suas “guerras de drones”, os EUA já mataram cerca de 2.400 pessoas, incluindo civis inocentes, como mulheres e crianças.
Na Terra dos Papagaios, Joaquim Barbosa é louvado por muitos, mas odiado por toda a petralhada, devido à sua ação firme para condenar os mensaleiros petistas e aliados. As louvações à sua pele são ainda maiores do que a sua postura frente à Ação Penal antipetralhas que conduziu no STF, como relator. Por outro lado, imagino os impropérios que são ditos pela petralhada contra o nosso "Batman", incluindo palavrões e frases infamantes relacionadas à cor de sua pele. Uma prova desse racismo pode ser visto na fala odiosa do petralheiro condenado pelo STF, João Paulo Cunha - cfr. em 'O PT rasga a fantasia: Negro filho da mãe! Negro traidor!' E os integrantes dos movimentos negros, o que têm a dizer sobre esse crime racista?
O problema no Brasil, hoje, é saber quem realmente é negro. Segundo o IBGE, todos os negros-negros e os pardos são considerados negros e somam mais de 50% da população brasileira. Seriam em torno de 97 milhões de habitantes. Obviamente, esse dado estatístico não tem nenhuma credibilidade por contrariar um dado científico: a miscigenação brasileira foi feita entre brancos e negros e não entre negros e negros. Na verdade, de acordo com o Censo 2010, a população negra é de 15 milhões de pessoas, os pardos somam 82 milhões e os brancos, 91 milhões.
Essa malandragem do IBGE traz em si mesma uma concepção de racismo às avessas, o racismo negro, por querer impor o sangue negro como sendo preponderante na mistura das "raças", eliminando sumariamente o sangue branco. No fundo, o que essa gente quer dizer é que o sangue negro é mais nobre que o branco. E na Nigéria, o mestiço ou pardo seria considerado branco?
É muito estranho que grupos de "defesa de afrodescendentes" queiram chamar de negra, p. ex., uma morena como Thaís Araújo ou Camila Pitanga. Elas têm, digamos, uns 50% de sangue branco e outros 50% de sangue negro. São, naturalmente, "morenas", não "negras", como muitos (racistas de cor?) querem impor. Chamá-las de "negras" equivale a chamá-las também de "brancas", o que efetivamente elas também não são. Nesse mesmo erro incorreu Paula Barreto, branca, filha do produtor de cinema Luís Carlos Barreto, que se casou com um negro, o jogador de futebol Cláudio Adão, e que não aceita a denominação do termo "pardo": “Tenho horror a ele. É feio, preconceituoso. Meus filhos são negros e são felizes". Pelo visto, virou mesmo moda de muito "moreno-claro" se apresentar como "negro ébano", só para acompanhar a onda politicamente correta em voga e entrar numa faculdade pela janela, usando a escada das cotas racistas.
O racismo às avessas teve grande impulso com FHC (o que “tinha um pé na cozinha”), que na deliberação do Programa Nacional dos Direitos Humanos, criado em 1996, deu início à divisão do Brasil em um país bicolor: "Determinar ao IBGE a adoção do critério de se considerar os mulatos, os pardos e os pretos como integrantes do contingente de população negra". Assim, os mestiços, ainda que tenham 50% de sangue europeu, passam a ser tratados como africanos puros, um absurdo! Com uma penada, FHC pretendeu acabar com uma instituição nacional, a "mulata".
Em futuro ainda distante, o Brasil será composto por uma maioria de mestiços. Tanto brancos e negros serão minorias nesse universo, fato que os integrantes dos movimentos negros não aceitam. Frases como "black is beautiful!" e "white is wonderful!", no futuro, não significarão mais nada, pois todos seremos morenos.
Brown is beautiful!
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