Pronto para o poliamor?
Psicólogo critica a monogamia e explica porque muitos ainda não estão preparados para encarar mais de um relacionamento por vez
Por quantas mulheres o coração de um homem
pode bater? De cara, a resposta certa parece óbvia: todas! Porém, esta é
apenas uma entre as infindáveis armadilhas que nos envolvemos ao
mergulhar de cabeça no traiçoeiro jogo do amor.
Nessa
hora, as analogias a outros animais monogâmicos -- como os pinguins, as
araras e os lobos -- surgem aos montes, aliviando assim a consciência
de quem age conforme seus desejos. Mas o fato é que não somos ariranhas,
nem cisnes; muito menos corujas. Pode apostar que, depois de uma
putaria nervosa você vai se flagrar tentado voltar para os braços
daquela gatinha especial.
Segundo Breno
Rosostolato, professor de psicologia da Faculdade Santa Marcelina, o
poliamor “consiste em negar a monogamia e adotar um envolvimento
responsável e íntimo com várias pessoas, simultaneamente”. Mas será que
estamos falando mesmo de amor quando há mais de duas pessoas envolvidas?
Embora
conhecida desde os antigos gregos, a prática da poligamia continua
dividindo opiniões entre estudiosos. Odair J. Comin, psicólogo e
escritor autor do livro Mestre das Emoções, defende que a
monogamia foi instituída e imposta como condição moral por muitas
religiões. “A poligamia é do corpo, instintual; a monogamia é da mente, é
uma crença aprendida”, defende ele.
“Em alguns
países do oriente, a poligamia não só é aceita como incentivada, tendo o
apoio das entidades religiosas e do governo -- uma pratica considerada
normal para eles. Então, ser polígamo ou monogâmico depende
especialmente da cultura em que se vive”, esclarece Carlos Ávila,
vice-presidente do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Psicanálise de Belo
Horizonte.
FANTASIA OU ESTILO DE VIDA?
A
fantasia sempre fez parte da existência, e não temos como medir
precisamente até onde ela pode ir -- seu limite é o próprio real; já o
estilo de vida, é mensurável. Desde a revolução feminista, a mulher
conquistou o "passe livre" para expor o corpo e vivenciar o sexo de
forma mais aberta -- e essa conquista também beneficiou o homem. Quanto
mais o humano se distancia das convenções impostas, mais se aproxima da
diversidade natural.
FIDELIDADE AO SENTIMENTO
Somos
mais fiéis aos nossos desejos e vontades do que a outra pessoa. Embora
isso não seja novidade, o que complica sãos as variações desses
sentimentos. Há momentos em que o “eu” é soberano, fecha os olhos, os
ouvidos ao outro ao mundo e vive seu desejo. No entanto, teremos
momentos em que o outro ocupa todos os espaços e vivemos em função dele.
MONOTONIA: COMEÇOU OU FIM?
A
variedade sexual, seja numa relação aberta ou conservadora, não
significa exatamente o fim da monotonia no casamento. Não podemos
afirmar que o poligâmico seja mais feliz que o monogâmico -- assim como o
compulsivo não é feliz mesmo com dez carros na garagem. Quando a
variação de pares afetivos se torna viciante, o indivíduo sofre. A
monotonia é uma escolha, assim como a policromia. E ambas cabem tanto na
relação monogâmica como poligâmica.
FANTASIA OU ESTILO DE VIDA?
A
fantasia sempre fez parte da existência, e não temos como medir
precisamente até onde ela pode ir -- seu limite é o próprio real; já o
estilo de vida, é mensurável. Desde a revolução feminista, a mulher
conquistou o "passe livre" para expor o corpo e vivenciar o sexo de
forma mais aberta -- e essa conquista também beneficiou o homem. Quanto
mais o humano se distancia das convenções impostas, mais se aproxima da
diversidade natural.
FIDELIDADE AO SENTIMENTO
Somos
mais fiéis aos nossos desejos e vontades do que a outra pessoa. Embora
isso não seja novidade, o que complica sãos as variações desses
sentimentos. Há momentos em que o “eu” é soberano, fecha os olhos, os
ouvidos ao outro ao mundo e vive seu desejo. No entanto, teremos
momentos em que o outro ocupa todos os espaços e vivemos em função dele.
MONOTONIA: COMEÇOU OU FIM?
A
variedade sexual, seja numa relação aberta ou conservadora, não
significa exatamente o fim da monotonia no casamento. Não podemos
afirmar que o poligâmico seja mais feliz que o monogâmico -- assim como o
compulsivo não é feliz mesmo com dez carros na garagem. Quando a
variação de pares afetivos se torna viciante, o indivíduo sofre. A
monotonia é uma escolha, assim como a policromia. E ambas cabem tanto na
relação monogâmica como poligâmica.
0 comments:
Postar um comentário