Pedro do Coutto
No final de 2018, o Itaú lidera o lucro com a parcela de 6,6 bilhões, o Bradesco vem a seguir com 5,9 bilhões, depois o Banco do Brasil aparece com 3,5 bilhões de reais e o Santander com 3,3 bilhões.
JUROS ALTOS – Como não pode existir crédito sem débito, da mesma forma que débito sem crédito, se alguém atinge o resultado positivo, o resultado terá origem numa operação financeira.
Talita Moreira e Flávis Furlan acentuam que a fonte da lucratividade dos quatro maiores bancos brasileiros provêm dos créditos que liberam, tanto para empresas quanto para pessoas físicas. Os juros tiveram uma operação média mensal da ordem de 4,4%. Comparada com a inflação de 4%a/a, registrada pelo IBGE, a margem de lucro é muito grande.
Além dos créditos a pessoas jurídicas e físicas, Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil são credores de notas do Tesouro Nacional, à base da taxa Selic, que é de 6,5%a/a. Projetado esse índice sobre o endividamento federal de 4 trilhões de reais verifica-se a dimensão dos encargos financeiros assumidos pela União. Existe inclusive uma possibilidade de pessoas físicas adquirirem títulos que lastreiam a dívida interna do Brasil. Os grandes bancos oferecem essa forma de aplicação.
MAIS CRÉDITO – Aliás os bancos passaram a oferecer créditos e mais créditos a pessoas físicas. Ontem mesmo, na Folha de São Paulo e o Globo, o Itau publicou duas páginas coloridas informando ao público em geral que a liberação de créditos agora está mais fácil aos que recorrem aos empréstimos.
Inclusive vale notar que há 60 milhões de brasileiros com atraso de mais de três meses em seus pagamentos a bancos e financeiras. Os juros das financeiras são muito maiores do que os da rede bancária.
A inadimplência está muito alta, mas os bancos absorvem este aspecto e continuam financiando clientes. No Brasil, eles são imunes a crises. Por que será?
EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET
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