Anna Virginia Balloussier, Angela Boldrini e Gustavo Uribe
Folha
O fim do protesto seria antecipado após um “grave comunicado”, avisou o locutor, explicando em seguida que Rosa Weber tinha esmagado as chances de vitória na corte, já que dificilmente Cármen Lúcia votaria em prol de Lula.
SEM ARREGO – “Não haverá terra que não será ocupada, não haverá arrego. Não haverá nenhum prédio público que não será ocupado”, afirmou o militante do MST em tom exaltado, para uma plateia na qual muitos choravam.
“Não tem mais valsa. É porrada, é guerra, é luta e venceremos”, acrescentou depois. Lembrando de líderes progressistas assassinados, do pastor americano Martin Luther King à vereadora carioca Marielle Franco, ele defendeu que haja “um abril vermelho”.
O discurso de Conceição oscilou entre o bélico e o apaziguador. A certa altura, disse não estar “chamando ninguém para a guerra” e pregou “paz, democracia, não intervenção militar”.
AMEAÇA À GLOBO – Em seguida contrapôs os “únicos dois lados desta história”: “O dos negros, pobres, o povo humilhado” contra “o daqueles que nos chicotearam, que nos meteram tiros, ovos e bala” (referência a ataques contra caravana lulista no Paraná).
Ele ainda fez ameaças à Rede Globo: “Ocupar e tocar fogo neste jornal e nesta emissora”, responsabilizada por “permitir que nosso povo seja humilhado”.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), participou do ato, caminhando entre os manifestantes. Com outros parlamentares da sigla, ela fez um vídeo gritando “Lula livre” em coro. A poucos metros, ouvia-se o “Hino Nacional” e gritos de comemoração vindos de um ato anti-Lula.
extraídadetribunadainternet
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