Jornalista Andrade Junior

sábado, 31 de março de 2018

Decisões do Supremo precisam ser analisadas, devido ao seu “poder ditatorial”

Jorge Béja

É preciso criar no Brasil, e urgentemente, um observatório, formado por juristas de reputação ilibada e de grandes conhecimentos jurídicos, para analisar e emitir parecer sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal, sobre qualquer assunto, e mais especificamente sobre temas que afetem a ordem jurídica nacional e a vida do povo brasileiro. É para ser um observatório isento. Seus pareceres e conclusões seriam divulgados pela mídia, ainda que sem força de decisão jurisdicional, mas com insuperável força moral, a tal ponto que os ministros do STF passassem a temê-lo.

Isso porque o STF é absoluto. Suas decisões são finais. Acima do STF, nada existe, a não ser manifestações, geralmente acanhadas e medrosas, de ex-ministros da própria corte e de juristas que não têm liberdade de dizer o que precisa ser dito.

CAUSA ENCERRADA
 – O STF é um tribunal com poder ditatorial. Aquele princípio “Roma Locuta Causa Finita” (Roma falou, a causa está encerrada) de que estavam investidos os magistrados e tribunais da Roma antiga (a Roma do tempo de Jesus), é o que acontece e exibe o retrato do STF do Brasil. E isso nada mais é do que o mais desastroso absolutismo. O STF é uma corte formada por onze Luis XIV sem perucas (a peruca do Fux não serve, é preta e, no caso, é preciso que todas sejam perucas brancas  e cacheadas).

É imperioso criar uma outra corte, um observatório, um tribunal extrajudicial e popular, para emitir parecer sobre as decisões do STF. A criação desse observatório, desse tribunal ou qualquer outro nome que lhe seja dado, é urgente e indispensável. Já existe o Observatório dos Direitos Humanos e outros organismos nacionais e internacionais similares e de outras áreas, criados justamente para analisar e emitir pareceres e opinar sobre o que acontece de grave nos países e no mundo.

UM OBSERVATÓRIO
 – Por que não criar aqui no Brasil o Observatório das Decisões do Supremo Tribunal Federal?, ou a Corte Popular Brasileira?, ou o Observatório da Justiça e da Administração Nacional, sem vínculo partidário, sem receber subvenção pública e privada de espécie alguma, e sem remuneração de seus membros julgadores (ou pareceristas).

Qualquer cidadão poderia recorrer à Corte, cujos estatutos também autorizariam a instituição a examinar e emitir, “Sponte Sua” ( de sua própria iniciativa ),  parecer não apenas sobre as decisões do STF, bem como sobre qualquer situação de repercussão nacional e que afete a vida do povo brasileiro, como é o caso da Intervenção Federal na Segurança do Rio, para citar apenas um dos muitos exemplos. Seria uma novidade tão urgente, necessária e bem-vinda, que seus veredictos ganhariam o respeito e a admiração de todos os brasileiros. E certamente seriam veredictos exatos, coerentes, verdadeiros e imparciais sob todos os sentidos, mais adequados do que as decisões tomadas pela cúpula do Judiciário e pela administração pública.


Não seria um organismo desafiador, mas isento. Nem sistematicamente oposto às decisões do Judiciário e aos atos da Administração. Nada disso. A isenção, a pureza, a candura,  a honestidade seriam o lema da instituição, de sua bandeira e até mesmo do seu Hino. Não é para ser uma ONG, porque as organizações não-governamentais recebem dinheiro do Poder Público e perdem a independência de que necessitam para funcionar a contento. Este observatório, ou tribunal ou corte, se manteria com recursos próprios. 



































extraídadetribunadainternet

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