MIRANDA SÁ
“Denúncias
precisam ser apuradas. Denunciados devem ser julgados. Os julgados e
condenados devem cumprir a justa pena” (Dom Jaime Spengler)
Passados
quase 80 anos, chega-me uma recordação da mais tenra infância: a minha
avó, referindo-se a um bodegueiro que fora flagrado e preso por
adulterar no peso (bons tempos aqueles!), disse: – “É um condenado! ”.
Perguntei-lhe
o que era um “condenado” e ela disse que era por que o ladrão não
escaparia do fogo do inferno; estava condenado pela justiça divina… Eu
passei a usar a palavra como se fosse um palavrão para xingar os outros…
Nos
dias de hoje acho que ninguém mais dá importância à condenação no fogo
do inferno. O verbete “condenado” é adjetivo quando se considera
arriscado, errado, inadequado e como substantivo, se usa em sentenças
judiciais.
Prevalece
na linguagem jurídica a “sentença condenatória”, a condenação em
dinheiro. Na prática, a execução da decisão de um juiz.
Toda
vez que falo em juízes, recordo Oswald de Andrade, notável escritor,
ensaísta e dramaturgo brasileiro, que disse: “Proponho engenheiros em
lugar de jurisconsultos, perdidos como chineses na genealogia das
ideias”.
Realmente,
as filigranas excepcionais que sempre aparecem para a alegria dos
advogados chegam neste caso com dois tipos de sentença em nosso
ordenamento, a sentença mandamental ou executiva e a sentença
condenatória, esta última exigindo a intimação pessoal do Réu sob pena
de nulidade do processo.
Condenados
no nosso País são milhares, talvez milhões, e agora com o emergir da
Operação Lava Jato, já atinge os criminosos de colarinho branco, que até
então se punham acima da Lei. Passando em revista temos além de
ex-senadores, governadores, promotores, tesoureiros de partidos,
youtubers e até clubes de futebol, como o Corinthians.
Na
lista, muitos poderosos, como José Maria Marín da CBF; Marcelo Miranda,
governador de Goiás; Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara Federal;
Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro; e, como as investigações
queimam como fogo de monturo, teremos em breve casos incendiários de
políticos com foro privilegiado…
O
mais famoso entre os condenados da Lava Jato é o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, Lula, o pelegão chefe de uma organização criminosa
travestida de partido. Condenado pelo juiz Sérgio Moro, apelou para a
2ª instância, e na 4ª Região do Tribunal Federal teve a sentença mantida
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e ampliada para 12 anos e
um mês de reclusão em regime fechado.
Lula
enriqueceu graças a propinas das empreiteiras que realizavam obras ou
forneciam equipamentos para a Petrobras. Ocultava e dissimulava as
vantagens imerecidas por ocupar a presidência da República.
Está
tudo provado e corre dentro da legalidade, desde as investigações da
Polícia Federal, do levantamento comprobatório do Ministério Público e
da sentença na Primeira Instância. Não podemos esquecer que ainda
responde a outros processos, envolvendo seus filhos e um sobrinho.
Com
Lula preso, assistiremos a derrocada do Partido dos Trabalhadores, que
enganou o povo brasileiro apresentando-se como defensor da ética e
intolerante com a corrupção; transformando-se depois numa seita de
fanáticos que cultuam bandidos como heróis e usurpam até enredos de
carnaval.
No
Rio, território que foi dominado pelo lulopetista Sérgio Cabral,
assistimos a escola de samba Paraiso do Tuiti realçando a figura
vampiresca do presidente Temer para esconder a barbárie criada no Rio
pelos sócios solidários do PT.
Na
Bíblia está escrito: “Porque pelas tuas palavras serás justificado, e
pelas tuas palavras serás condenado”. Assim, eu não tenho a menor
dúvida, os sicários de Lula estão condenados ao fogo do inferno…
EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET
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