MIRANDA SÁ
“Tanto ele investiu/ Na brincadeira/ Prá tudo, tudo/ Se acabar na terça-feira…” (Erasmo Carlos – “Cachaça Mecânica”)
Só
o samba do crioulo doido poderia cantar que o carnaval nasceu no
Brasil, apesar da História registrar que o Carnaval chegou à terra
brasilis trazido pelas caravelas dos colonizadores europeus; e mais,
trata-se de uma festa antiquíssima.
No
Egito, na Grécia e em Roma, já havia festividades mascaradas e
orgíacas. No antigo Egito, celebrava-se a colheita do plantio após as
cheias do Rio Nilo, e os gregos e romanos reverenciavam os deuses
Saturno e Dionísio (Baco) com a alegria e as extravagâncias das
saturnais e bacanais.
Hoje,
estas festividades ocorrem em todo mundo, sendo notórios o Carnaval de
Veneza, na Itália, o de Cartagena, na Colômbia e o de Nova Orleans, nos
Estados Unidos. Claro que o nosso é o mais notável, atraindo turistas
para Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.
Um
registro, porém, é necessário: tal como ocorre no Ocidente, o Carnaval
tem uma origem que remete à igreja católica, que liberava os crentes
para “festas pagãs” que duravam três dias, domingo, segunda e
terça-feira, se encerrando na quarta-feira. Esta agenda foi disciplinada
pelo papa Gregório I com a criação da Quaresma, período de jejum e
penitência.
A
quarta-feira, Dia das Cinzas, já era tradição no Oriente Médio, com
cinzas jogadas nas cabeças das pessoas pelos patriarcas simbolizando o
arrependimento dos pecados perante Deus. No calendário gregoriano a data
antecede 40 dias da Páscoa, início da Quaresma.
Encerrando-se
o tríduo momesco, é celebrada a missa das cinzas, ato litúrgico que tem
origem no Antigo Testamento. O catolicismo, depois de tomar o poder em
Roma, apropriou-se de um ditado latino, usando-o no encerramento da
Missa das Cinzas: “Quia pulvis es et in pulverem reverteris” – Tu és pó,
e ao pó voltarás.
Religiosamente,
o pó bíblico é cinza, simbolizando o luto, a mortalidade e
arrependimento. É para onde voltarão os corruptos que assaltaram o
Brasil, roubando descaradamente o dinheiro público.
Nunca
é demais repetir que a quadrilha chefiada por Lula da Silva, desgraçou o
País como poetou Affonso Romano de Sant’Anna “Este é o Brasil/ Pungente
e triste/ Chove desesperança/ nesse avesso carnaval”.
E,
implacavelmente, dá vontade de relembrar a bela melodia e letra
compostos por Noite Ilustrada gravados pelo autor e pelos formidáveis
Mário Reis, Maísa e Mestre Marçal cantando para os cúmplices da
roubalheira lulopetista: “Agora é cinza/ Tudo acabado e nada mais…”
EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA
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