PERCIVAL PUGGINA

A nova presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fez um belo discurso
de posse. Como são belos certos discursos de posse! É muito mais fácil
fazer um bom discurso lecionando a audiência do que, depois, exercitando
o que se discursou. Ela abriu sua fala "quebrando o protocolo", no
dizer da mídia, com uma saudação ao povo brasileiro, soberano de todos
os poderes constituídos e destravou o gatilho para o enfrentamento da
corrupção. Beleza! Bem perto dela, confortavelmente instalado
numa das poltronas mais bem posicionadas, sentado imediatamente atrás
dos ministros Toffoli e Gilmar Mendes e ao lado de José Sarney, o
ex-presidente Lula a tudo ouvia e assistia como quem carregasse na alma
as seriedades do mundo. Lula, cujo nome tem o dom da onipresença quando
se trata de denúncias de corrupção. Lula, aquele de quem se fala quando o
assunto é Lava Jato, Curitiba e Sérgio Moro. Lula do vocabulário pouco
asseado e dos costumes dissolutos. Lula, que na véspera fora objeto de
gravíssima revelação feita pelo publicitário Marcos Valério, era
convidado de honra da presidente que tomava posse.
Não se diga,
em favor da ministra, que é de protocolo convidar os ex-presidentes da
República. Não há sentido algum em ocorrer posse no órgão máximo do
Poder Judiciário e uma simples olhada no ambiente trazer à lembrança o
samba de Moreira da Silva. Se alguém gritar pega ladrão haverá um
esparramo na sala. Mas assim é o Brasil.
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