MIRANDA SÁ
“Como
ao pombal correndo em bando, as pombas mansas/ Corriam para a escola;
(… ) a escola era risonha e franca”. (Acácio Antunes)
Com
dor de cotovelo por não poder prestigiar a festa da Democracia e do
Direito convocada pelo grande professor Hélio Bicudo para o dia 4 de
abril, resta-me escrever sobre o Estudante, uma entidade que vinha
faltando na luta contra a “Incompetência e Corrupção”, a aliança do mal
alimentada pelos pelegos lulo-petistas que ocupam o poder.
Agora
os acadêmicos do Largo de São Francisco estão presentes ao lado do
mestre. Invejo-os lembrando do tempo em que alisava os bancos escolares
desde quando a escola era “risonha e franca” como versejou o poeta
português Acácio Antunes, o epigrafado.
Fui
dos quatro aos cinco anos ao Jardim de Infância da Escola Normal da
Paraíba, onde risquei, pintei, aprendi as letras e os números, ouvi
provérbios que ainda me acompanham, e, claro, me apaixonei pela
professora.
Depois
de aprender a não botar o dedo no nariz, respeitar o professor(a),
ouvir textos antológicos e fazer as quatro operações, dei o salto de
qualidade de bebesão para menino. Este rito de passagem levou-me ao
Curso Primário, que tinha cinco séries; na quarta, quem já tivesse 10
anos e quisesse arriscar, fazia o Exame de Admissão ao Ginásio.
Fiz
o Primário na escola pública, que no meu tempo era de qualidade e
ajudou-me a pular para o Ginásio sem problemas. Ali éramos apresentados a
matérias até então desconhecidas, Canto Orfeônico, Desenho, Francês,
Geografia, História do Brasil, História Geral, Inglês, Latim e
Português.
No
Ginásio cursávamos quatro anos e seguíamos para o Curso Científico ou
Curso Clássico, quando enfrentávamos Espanhol, Filosofia, Física,
Matemática e Química. Éramos educados a amar o Brasil e assim nos
tornávamos patriotas. Foi correndo como um bando de pombas que nos
manifestamos nas ruas para o Brasil entrar na guerra contra o
nazi-fascismo.
Durante
a guerra contra o Eixo, aprendi a valorizar a força da juventude
estudantil; e, ao ingressar na Universidade, firmou-se ainda mais este
conceito. Ingressei na Faculdade Nacional de Direito, da antiga
Universidade do Brasil. Militei no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira –
CACO, onde fui diretor da revista Época.
Como
acadêmicos de Direito no Rio de Janeiro, tínhamos os olhos voltados
para São Paulo, e sua tradicional Academia de Direito, fundada cinco
anos após a Independência do Brasil. Lá, o Centro Acadêmico XI de Agosto
era a vanguarda do movimento estudantil.
Os
universitários éramos alegres, Foi do XI de agosto que aprendemos a dar
“o Pendura” na sua data, consagrada aos cursos jurídicos e depois ao
Direito. No Rio, nós do CACO, fazíamos estripulias de abalar o Magnífico
Reitor pela madrugada…
Naquele
tempo, nossos mestres infundiam respeito pela erudição e cultura na
época em que não se pescava informações no Google. Tenho certeza que o
mais medíocre entre eles estava anos luz acima desses “juristas
engajados” e “advogados sindicalizados” que respaldam as cretinices de
Dilma ao dizer que impeachment é golpe.
Estou
imaginando como serão as aulas magnas no Largo de São Francisco no Dia 4
de abril! Por isso estimulo a quem puder ir, não falte. Tenho a certeza
que os paulistas e paulistanos comparecerão pela defesa constitucional
do impeachment para afastar a presidente incompetente, leniente com a
corrupção, desmoralizada e em fim de governo!
EXTRAÍDADETRIBUNDADAIMPRENSA
0 comments:
Postar um comentário