MIRANDA SA
“Não posso mudar minha massa de sangue” (Noel Rosa)
Noel
Rosa, o genial poeta e compositor carioca, da Vila Izabel, lembrou-me, e
epigrafei a natureza de quem não pode mudar a massa de sangue, como
ocorre com os pelegos corruptos que tomaram conta do Brasil. No Rio de
Janeiro de Noel, por exemplo, a atuação dos governantes é imoral.
No
Estado e na capital, legiões de eleitores são organizadas por ONGs que
recebem vultosas quantias do governo, mesmo se exibindo como
não-governamentais; e o aparelho administrativo infiltrado de eleitores
dependentes de empregos, do recolhimento de lixo às guardas municipais.
Verdadeiros currais eleitorais.
Na
Federação, com governo sob o lulo-petismo, é igual ou pior.
Levantamentos mostram mais de 120 mil ocupando cargos no Executivo sem
concurso, outros tantos no Congresso Nacional e no Judiciário. Mais
revoltante ainda é ver-se aproveitadores corrompidos e corrompendo
manobrando licitações e compras fajutas.
Noel
Rosa falou desse pessoal, cantando: “O seu dinheiro nasce de repente/ E
embora não se saiba se é verdade./ Onde está a honestidade?/ Onde está a
honestidade?”.
Veja-se
o triste capítulo da História do Brasil revelando um esquema de
explorar os trabalhadores através de uma cooperativa habitacional criado
pelos pelegos do PT. Assim nasceu a Cooperativa Habitacional dos
Bancários de São Paulo, a BANCOOP. O seu fundador foi o então presidente
do PT Ricardo Berzoini, atual ministro das Comunicações.
Cerca
de 20 mil cooperados aderiram à cooperativa, acreditando terem
encontrado um meio de adquirir a casa própria. A maioria foi iludida,
mesmo com a Bancoop tendo o suporte de fundos de pensão e, após Lula da
Silva assumir a presidência da República recebido mais de R$ 40 milhões.
Tudo escorreu para o caixa dois do PT.
Não
demorou muito para que cooperados enxergassem a maracutaia e
procurassem a Justiça. Em 2010 a juíza Patrícia Inigo Funes e Silva, da
5ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia contra João Vaccari
Neto e outras cinco pessoas envolvidas no caso de desvio de dinheiro da
Bancoop.
Mesmo
assim, por força da influência de Lula e hierarcas petistas, o processo
não andou, embora tendo provas robustas de que empreiteiros e
prestadores de serviço emitiam notas frias em favor da diretoria da
Bancoop. Até por serviços fictícios. Os repasses iam para o petista
Hélio Malheiro, e o dinheiro depositado era sacado pelo então presidente
Luiz Malheiro. No fim da linha, chegavam a João Vaccari Neto.
Neste
quadro, 8.500 famílias sofreram prejuízos na Bancoop, e do total
dessas famílias roubadas, cerca de 3.000 nem chegaram a receber os
imóveis construídos pela entidade.
Mas
houve quem se beneficiasse além do Caixa “2” do PT. Apareceram depois
que a OAS assumiu um condomínio em Guarujá, onde o Edifício Solaris está
sob investigação da Operação Lava Jato, na sua etapa “Triplo X”.
Aí
está o “X” do problema… No Solaris estão vários apartamentos de
hierarcas do PT e dos pelegos que dirigiram a cooperativa. Muitos estão
com famílias de pelegos entrelaçadas e até a CUT possui dois
apartamentos! Lá, encontra-se um triplex, milionariamente reformado,
que foi ocupado por Lula da Silva e família; tinha até elevador
particular.
Consta
da defesa do ex-presidente que a família Da Silva desistiu do imóvel ao
vazarem as primeiras investigações da PF e do MPF através da Lava Jato.
Como
cachorro caído de caminhão de mudança, fica a suspeita sobre os Lula da
Silva de que houve tramenha nas transações de compra e venda do imóvel;
e também a desconfiança de que a OAS usava o Edifício Solaris para
pagar propinas. O tempo dirá “Onde está a honestidade?”!
extraídadetribunadaimprensa
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