MIRANDA SÁ
“Eu preferia ser louco com a verdade a ser sadio com as mentiras”
(Bertrand Russel)
Para
quem tem lido os meus artigos e crônicas, conhecendo o meu estilo, é
evidente que não espera que eu venha discorrer sobre a Física e sua
complexa vertente, a Ótica, escrevendo “O Espelho”.
O
espelho – palavra originária do latim, speculum – é uma superfície
reflexiva com uma direção definida. Há vários tipos de espelhos, plano,
esférico, côncavo e convexo – estes últimos fazendo-nos rir nos parques
de diversão.
O
lago em que Narciso se mirava era um espelho; mas os espelhos
artificiais, segundo historiadores, surgiram a 6.000 a.C.. Eram pedaços
de obsidiana ou placas de bronze polidos com areia. No Egito e na
Mesopotâmia foram feitos de cobre e na China com cristais.
Os
primeiros espelhos de vidro apareceram no antigo Líbano com uma camada
de ouro no lado posterior; de lá foram para Roma e bem mais tarde, no
Renascimento, artesãos alemães criaram um processo substituindo o ouro
por uma fina amálgama de mercúrio. Depois veio o uso da prata e do
estanho tal como conhecemos.
A
imagem humana refletida no espelho é tema de várias manifestações
culturais; no cinema temos um filme recente de 2013 “O Espelho” (lançado
no Brasil em 2014) dirigido por Mike Flanagan, um drama psicológico,
que indico aos cinéfilos.
O
nosso genial Machado de Assis tem um conto com o título “O Espelho” no
seu livro “Papéis Avulsos” – oferecendo uma interessante abordagem
psicossocial. Sua teoria gira sobre a personalidade produzida pelas
forças sociais que, por sua vez, existem graças à personalidade…
Machado
nos inspira a espelhar a realidade e o nosso epigrafado, Russel
(pensador da minha admiração pessoal) nos faz olhar o espelho para
distinguir a verdade e a mentira.
Assim
chegamos à política brasileira onde transborda a lama da mentira, que
vem de cima para baixo, em conseqüência do rompimento das barragens da
honestidade e da ética.
A
impostura dos governantes que não engana mais ninguém é defendida
apenas por 7% dos brasileiros comprometidos com a grande fraude
lulo-petista; são os aparelhados sem concurso na administração pública,
ou conformados com os restos do banquete da corrupção.
Na
visão da esmagadora maioria dos brasileiros o PT-governo espelha o
oposto do reflexo luminoso da verdade. Temos na presidência da República
uma impostora criada pelo marketing fraudulento e astucioso, eleita por
propinas e promessas eleitorais mentirosas.
O
lado posterior da imagem real do espelho nacional, a camada de prata,
foi surrupiada pelos pelegos no poder, na prática desonesta que vai da
destruição da Petrobras, a venda criminosa de medidas provisórias até o
furto da coisa pública, como fez Lula da Silva levando bens do Palácio
da Alvorada para uso pessoal.
No
filme “O Espelho” a protagonista (Kaylie) acredita na existência de um
espelho assombrado e convence seu irmão (Tim) a quebrá-lo, acabando com a
maldição que ele contém.
Proponho
que quebremos o espelho do poder lulo-petista no Brasil, para dar um
fim nas mentiras, na roubalheira e na hipocrisia reinante. Dizem que
quebrar um espelho dá sete anos de azar; mas, da minha parte, me
disponho a correr o risco…
EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA
0 comments:
Postar um comentário