MIRANDA SÁ -
“Nem tudo que reluz é ouro oi/! Nem tudo que balança cai !…”
(João de Barro, sucesso de Jorge Veiga)
Referindo-me
a dúvidas, um dilema dramático, pareceria inevitável que a epígrafe
deste artigo fosse a letra de um fado ou de um tango… Entretanto
preferi aludir a uma marchinha de carnaval, pois o tema é a conjuntura
nacional, uma tragicomédia…
O
Reinado de Momo, embora pagão, sempre traduziu a voz de Deus… Em 2016,
na tradição das críticas antigas teremos “O Japa da Federal” que
cantaremos a todo pulmão como ameaça aos corruptos que infernizam o
País.
Não
sou um nostálgico do passado, mas exalto a época em que a liberdade
sobrepunha o cretino “politicamente correto”, com o povão– leia-se
amarelos, acobreados brancos, mestiços e pretos, unidos e alegres –
cantando “Alá, lá ô” “Amélia”, “Cabeleira do Zezé, ” “Nega Maluca”, e o
“O teu cabelo não nega”…
O
“Nem tudo que reluz é ouro” vem daquele tempo. E me traz à lembrança
uma piada de português contando uma pegadinha de estudantes moradores na
pensão de D. Maria, mulher dele. O sêo Manoel (nas anedotas todo
português é Manoel ou Joaquim) tinha um relógio de algibeira todo de
ouro que era o seu orgulho.
A
rapaziada combinou com um relojoeiro da rua enganar o sêo Manoel, que
foi desafiado a provar se o relógio era de ouro. Apostaram cem mil réis e
foram ao relojoeiro que examinou o cebolão e disse que não era de ouro,
apenas folheado.
Sêo
Manoel ficou decepcionadíssimo. Mas um dia apareceu na Pensão um colega
dos rapazes que olhando o relógio falou com entusiasmo que era de ouro
legítimo! Apostaram de novo e foram a outro relojoeiro que confirmou ser
realmente um legítimo 20 quilates. Um novo hóspede vendo o cebolão do
sêo Manoel perguntou-lhe se era de ouro; e o português vacilando, disse
–“ Às bezes é de ouro, às bezes não é …”.
A
dúvida do português enganado é a dúvida do povo brasileiro ludibriado
pelos pelegos lulo-petistas que transformaram o Brasil num Sindicatão,
dominado por uma minoria de espertos que esvaziaram os cofres dos fundos
de pensão e levaram a Petrobras à bancarrota.
O
despertar da cidadania, porém, está afastando as dúvidas que ainda
pairam no País, e leva os detentores do poder à esquizofrenia. A
Governanta sai pelos quatro cantos inaugurando obras inacabadas,
enquanto assistimos o fechamento de hospitais e ameaças à Previdência
Social e ao regime das aposentadorias.
Chegou
um novo ministro da Fazenda, “testado e desgastado, com folha corrida
de palpites infelizes”, segundo editorial do Estadão, que assumiu
prometendo perseguir o ajuste fiscal e o combate à inflação, como se
acreditássemos que desagradaria seus parceiros da turma da gastança…
Com
o cinismo próprio da pelegagem lulo-petista, Barbosa diz, com todas as
letras, que “temos que ajustar o sistema à realidade da economia
brasileira”, afirmação que nos dá certeza da farsa que esconde o
fracasso, pois promete fazer o que deveria ter sido feito anteriormente…
Não
creio que haja dúvidas de que está chegando a hora do ‘capo de tutti
capi’ Lula da Silva, enfrentar o Ministério Público Federal, a Polícia e
a Receita Federal, que já iniciaram a fiscalização dos repasses feitos
pelas empreiteiras corruptas e corruptoras ao ex-presidente.
A
Receita fiscaliza repasses de empreiteiras alvo da Lava Jato e vai
apurar as doações de empresas ao Instituto Lula, dispêndio e
distribuição, e se foram declaradas à Receita por ambos envolvidos na
transação.
Será
que restam dúvidas de que os farsantes sub-intelectuais e artistas de
segunda que correm para defender Chico Buarque não foram os mesmos que
agrediram Regina Duarte, investiram contra o ministro Joaquim Barbosa e
ameaçam o juiz Sérgio Moro?
Mas,
infelizmente, ainda resta uma incerteza: Além dos casos de
incompetência, corrupção e atentados à legislação vigente, claros como
água de esgoto, será que a grande responsável, Dilma, escapará do
impeachment?
Temos
a convicção, uma certeza matemática, de que afastamento da falsa
“Gerentona” é necessário e urgente para resolver a crise que o Brasil
atravessa, crise de confiança e credibilidade.
extraídadetribunadaimprensa
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