Jornalista Andrade Junior

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DÚVIDAS

MIRANDA SÁ -
 “Nem tudo que reluz é ouro oi/! Nem tudo que balança cai !…”
(João de Barro, sucesso de Jorge Veiga)

Referindo-me a dúvidas, um dilema dramático, pareceria inevitável que a epígrafe deste artigo fosse a letra de um fado ou de um tango…  Entretanto preferi aludir a uma marchinha de carnaval, pois o tema é a conjuntura nacional, uma tragicomédia…

O Reinado de Momo, embora pagão, sempre traduziu a voz de Deus…  Em 2016, na tradição das críticas antigas teremos “O Japa da Federal” que cantaremos a todo pulmão como ameaça aos corruptos que infernizam o País.

Não sou um nostálgico do passado, mas exalto a época em que a liberdade sobrepunha o cretino “politicamente correto”, com o povão– leia-se amarelos, acobreados brancos, mestiços e pretos, unidos e alegres – cantando “Alá, lá ô” “Amélia”, “Cabeleira do Zezé, ” “Nega Maluca”, e o “O teu cabelo não nega”…

O “Nem tudo que reluz é ouro” vem daquele tempo. E me traz à lembrança uma piada de português contando uma pegadinha de estudantes moradores na pensão de D. Maria, mulher dele. O sêo Manoel (nas anedotas todo português é Manoel ou Joaquim) tinha um relógio de algibeira todo de ouro que era o seu orgulho.

A rapaziada combinou com um relojoeiro da rua enganar o sêo Manoel, que foi desafiado a provar se o relógio era de ouro. Apostaram cem mil réis e foram ao relojoeiro que examinou o cebolão e disse que não era de ouro, apenas folheado.

Sêo Manoel ficou decepcionadíssimo. Mas um dia apareceu na Pensão um colega dos rapazes que olhando o relógio falou com entusiasmo que era de ouro legítimo! Apostaram de novo e foram a outro relojoeiro que confirmou ser realmente um legítimo 20 quilates. Um novo hóspede vendo o cebolão do sêo Manoel perguntou-lhe se era de ouro; e o português vacilando, disse –“ Às bezes é de ouro, às bezes não é …”.

A dúvida do português enganado é a dúvida do povo brasileiro ludibriado pelos pelegos lulo-petistas que transformaram o Brasil num Sindicatão, dominado por uma minoria de espertos que esvaziaram os cofres dos fundos de pensão e levaram a Petrobras à bancarrota.

O despertar da cidadania, porém, está afastando as dúvidas que ainda pairam no País, e leva os detentores do poder à esquizofrenia. A Governanta sai pelos quatro cantos inaugurando obras inacabadas, enquanto assistimos o fechamento de hospitais e ameaças à Previdência Social e ao regime das aposentadorias.

Chegou um novo ministro da Fazenda, “testado e desgastado, com folha corrida de palpites infelizes”, segundo editorial do Estadão, que assumiu prometendo perseguir o ajuste fiscal e o combate à inflação, como se acreditássemos que desagradaria seus parceiros da turma da gastança…

Com o cinismo próprio da pelegagem lulo-petista, Barbosa diz, com todas as letras, que “temos que ajustar o sistema à realidade da economia brasileira”, afirmação que nos dá certeza da farsa que esconde o fracasso, pois promete fazer o que deveria ter sido feito anteriormente…

Não creio que haja dúvidas de que está chegando a hora do ‘capo de tutti capi’ Lula da Silva, enfrentar o Ministério Público Federal, a Polícia e a Receita Federal, que já iniciaram a fiscalização dos repasses feitos pelas empreiteiras corruptas e corruptoras ao ex-presidente.

A Receita fiscaliza repasses de empreiteiras alvo da Lava Jato e vai apurar as doações de empresas ao Instituto Lula, dispêndio e distribuição, e se foram declaradas à Receita por ambos envolvidos na transação.

Será que restam dúvidas de que os farsantes sub-intelectuais e artistas de segunda que correm para defender Chico Buarque não foram os mesmos que agrediram Regina Duarte, investiram contra o ministro Joaquim Barbosa e ameaçam o juiz Sérgio Moro?

Mas, infelizmente, ainda resta uma incerteza: Além dos casos de incompetência, corrupção e atentados à legislação vigente, claros como água de esgoto, será que a grande responsável, Dilma, escapará do impeachment?

Temos a convicção, uma certeza matemática, de que afastamento da falsa “Gerentona” é necessário e urgente para resolver a crise que o Brasil atravessa, crise de confiança e credibilidade.
extraídadetribunadaimprensa

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