Bruno Góes, O Globo
Em Brasília, acompanhada pelos dirigentes do PT, a presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), leu a carta de Lula. A ideia do partido é evitar especulações sobre uma possível alternativa ao nome do ex-presidente disputar a corrida eleitoral — já que ele deve ser barrado pela Lei da Ficha Limpa — e preparar o terreno para uma mobilização de petistas no dia 15 de agosto, quando dizem que vão registrar Lula como candidato.
Disse Gleisi, ao ler as palavras de Lula:
— Não cometi nenhum crime. Repito: não cometi nenhum crime. Por isso, até que apresentem pelo menos uma prova material que macule minha inocência, sou candidato a presidente da República. Desafio meus acusadores a apresentar esta prova até o dia 15 de agosto deste ano, quando minha candidatura será registrada na Justiça Eleitoral.
Lula também reclamou do trâmite do habeas corpus apresentado por seus advogados ao Supremo Tribunal Federal (STF), negado em abril pelo plenário da Corte.
— O ministro Fachin retirou da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal o julgamento do habeas corpus que poderia impedir minha prisão e o remeteu para o plenário. Tal manobra evitou que a Segunda Turma, cujo posicionamento majoritário contra a prisão antes do trânsito em julgado já era de todos conhecido, concedesse o habeas corpus. Isso ficou demonstrado no julgamento do plenário, em que quatro do cinco ministros da Segunda Turma votaram pela concessão da ordem — diz a carta.
Durante a leitura do documento, estavam os principais nomes do partido, como o ex-prefeito Fernando Haddad, o ex-ministro Gilberto Carvalho, o senador Lindbergh Farias (RJ), o ex-deputado Paulo Pimenta e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, entre outros. Haddad, inclusive, é um dos nomes cotados para substituir Lula com o provável indeferimento do registro pela Justiça Eleitoral da candidatura de Lula.
extraídaderota2014blogspot
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