Quem tem Cunha tem medo

Vlady Oliver:

É gozado. Algumas pessoas comentaram comigo que nunca dediquei uma linha sequer de minhas asperezas ao Eduardo Cunha. Que fui brando com Kátia Abreu. Que só tenho olhos para esculhambar o PT. Não deixa de ter um fundo de verdade. Não exatamente porque eu tenha bandidos de estimação ─ para mim são todos bandidos ─, mas justamente pelo meu sentido de prioridade das coisas.
Roubo comum deveria ser alvo da polícia comum, com resultados igualmente comuns para a segurança de nossa sociedade já tão aviltada pelos relativismos de sempre. Já os tais “roubos qualificados”, empreendidos pela esquerda e sua bandalha, são muito mais perniciosos para esta nação de calças arriadas, uma vez que também se enquadram numa categoria de pensamento. Numa categoria específica de deformidade de caráter.
É contra isso que venho batendo meu bumbo aqui insistentemente, o tempo todo. E com especial atenção aos esquerdas dissimulados, estes sim importantes “escadas” para a implantação por aqui desse tal “socialismo que não para em pé” no lombo dos contribuintes. Não estamos num campeonato de falta de caráter, onde a hierarquia criminosa implantada pelo PT e sua gangue delimita quem é e quem não é ladrão por aqui, de acordo com suas causas e interesses.
Por essa lógica torta, Cunha deveria ser degolado e Lula beatificado; não é um mimo? A esmagadora votação pela cassação do sujeito só desnuda claramente a vontade dos parlamentares de “ficarem bem na fita”, independentemente de seus prontuários. Esconder a estrelinha do PT na campanha eleitoral é só outro jeito calhorda de tentar confundir o eleitorado incauto. De iludir o eleitor, que é do que se trata participar de uma eleição dessa maneira.
Enfim, como diria Einstein, “é tudo relativo”. Só o absolutismo dessa canalhada que não é. Por eles, já estaríamos em Cuba ou numa Venezuela, camelando numa fila por papel higiênico. Se posso dizer umas coisinhas para o “meu malvado predileto” ─ o deputado cassado pela avassaladora maioria dos seus pares no Congresso ontem ─ eu diria “obrigado por nos ajudar a nos livrar do PT” e reconheceria que ele foi um dos melhores presidentes que a casa já teve, apesar de ser o que é.
Foi ele quem deu o chute inicial no traseiro daquela jamanta estacionada no Planalto. Aquele que teve a coragem que a oposição não teve, pois estava muito ocupada, mancomunada com uma ideologia bamba, espetando a conta nos otários. Era disso que estávamos precisando. De coragem. E ainda estamos.












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