MIRANDA SÁ
“O maior pecado contra a mente humana é acreditar em coisas sem evidências” (Aldous Huxley)
Nada
melhor para comprovar a participação e chefia de Lula no assalto
institucionalizado pelos governos do PT, do que o verbete encontrado no
Dicionário do Aurélio: “Evidência”: é a qualidade do que é evidente e
incontestável; certeza manifesta; o que não oferece dúvida.
No
coloquial, usamos “evidência” para invocar a veracidade de um
determinado fato; mas no mundo jurídico há controvérsias provocando
polêmicas entre advogados, juristas e magistrados, sobre a analogia
entre evidência e prova.
Navegando
na Internet, encontramos uma interessante colocação sobre o significado
de “evidência” nas “Gramatigalhas” do professor José Maria da Costa,
onde, além da etimologia e sinonímia, traz a Lógica Formal definindo
“evidência” como aquilo que está claro para todos e é por todos aceito
sem necessidade de demonstração ou comprovação.
Nas
pesquisas também descobrimos uma referência ao livro “Controlando a
evidência: o juiz e o historiador” de Carlo Ginzburg, que apresenta a
evidência “como pista ou prova, uma palavra crucial para o historiador e
para o juiz”.
Para
discordar, temos os esclarecimentos do advogado, professor e escritor
Ives Braghittoni, afirmando que evidência e prova não são sinônimos ao
contrário do que muita gente pensa; diz que o engano se deve às
traduções malfeitas do inglês, onde ‘evidence’ não é ‘evidência’, mas
sim prova.
Braghittoni
fala que “Evidência significa aquilo que é claro, inequívoco, muito
visível, incontestável. Prova, muito diferentemente, é um meio de
demonstrar que um fato é verdadeiro. Ou seja, se existem muitas provas
de um fato, pode-se dizer que esse fato é ‘evidente’ (muito claro, muito
visível) ”.
Ribomba
no horizonte político a denúncia do Ministério Público Federal contra
Lula e comparsas. O relatório é portador de provas e evidências contra
ele, a esposa Marisa e outros protagonistas no esquema de lavagem de
dinheiro. Apresenta documentos do tríplex e revela recebimento de
propinas da OAS.
As
evidências são de domínio público; as provas vêm nos contratos da OAS
com a Petrobras que o delator Leo Pinheiro afirma que R$ 3,7 milhões
foram pagos a Lula, o que lhe imputa crimes de corrupção ativa, passiva e
lavagem de dinheiro.
Segundo
a denúncia do MPF, “Lula recebeu propinas de forma dissimulada, por
meio da reserva e reforma de um apartamento tríplex em Guarujá, no
litoral de São Paulo, e no custeio do armazenamento de seus bens”.
Cumprindo
o seu ofício, os advogados de Lula disseram que Lula e sua mulher,
Marisa, “repudiam pública e veementemente a denúncia”, a qual chamam de
“peça de ficção” e de “truque de ilusionismo”… Segundo a defesa, o
apartamento não está em nome dos Lula da Silva, como as contas na Suíça
não estão em nome de Eduardo Cunha…
A
ficção e os truques de ilusionismo são puras chicanas dos bem
remunerados causídicos do ex-presidente; pois, além das provas
apresentadas e da colaboração premiada, as evidências são irremovíveis.
As notas anteriores de propriedade saídas na imprensa e não desmentidas,
e as visitas familiares ao imóvel, comprovadas com encomendas
arquitetônicas e mobiliares.
Além
de “esquecer” a reserva e a reforma do apartamento em Guarujá, a defesa
de Lula omite intencionalmente a contundente (e evidente) prova da
ligação espúria de Lula com a OAS, pelo custeio do armazenamento das
suas ‘tralhas’, entre os quais itens subtraídos do Alvorada.
É
igualmente curiosa a falta de explicação para a dissimulação do
recebimento de propinas através das “palestras” não registradas pelos
promotores e o “palestrante” em qualquer agenda ou ata oficial.
Acrescente-se ainda as suspeitas doações ao Instituto Lula.
Dessa
maneira, misturamos provas e evidências, mostrando que Lula e o PT são
os maiores beneficiários do esquema criminoso implantado pelo corrupto
governo petista ao longo de mais de 13 anos…
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