CARLOS CHAGAS
Quinta-feira,
enquanto o Senado inteiro solidarizava-se com Vanessa Grazziotin, dias
atrás agredida no aeroporto de Curitiba, o líder do PT, Humberto Costa,
agredia violentamente o presidente Michel Temer.
A
senadora pelo Amazonas teve o telefone celular arrancado de suas mãos e
os cabelos puxados por um troglodita que ainda a atingiu com um soco,
além de uma saraivada de palavrões disparados por conta de sua atuação
em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, horas antes, no plenário. O
presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou identificar e processar o
agressor, iniciativa já em andamento.
O
diabo é que o senador Humberto Costa, se não puxou os cabelos nem
desferiu um soco no presidente da República, que se encontrava no
Maracanã, no Rio, endereçou-lhe adjetivos de profunda virulência, que
nos escusamos de repetir.
Fez
mais, o senador por Pernambuco: prometeu que daqui por diante o governo
será tratado como a torcida do Náutico trata o juiz que marcou penalti
contra seu time.
Assim
transcorre a vida política entre nós. As manifestações, dentro e fora
do Congresso, fariam corar um frade de pedra, como diziam nossos avós.
Em
boa coisa não vão dar os entreveros parlamentares e as passeatas de
protesto contra o governo, espalhadas por todo o país. Logo o selvagem
de Curitiba se terá multiplicado por todo o território nacional. Aliás,
repetiram-se em Recife, João Pessoa, São Paulo e outras capitais os
gestos animalescos de contendores variados, onde não tem faltado os
ponta-pés do aparelho policial e as depredações de bandidos e
baderneiros.
Michel Temer e seus ministros já alardeiam não levar mais desaforos para casa, dispostos a reagir contra acusações e agressões.
Enquanto
isso, o desemprego beira os 13 milhões de cidadãos, o custo de vida
amplia-se a olhos vistos e a ameaça do aumento de impostos bate à porta.
EXTTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET





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