REINALDO AZEVEDO
É
isto: é preciso chamar as coisas pelo nome que elas têm. No Paraná,
onde esteve para o lançamento de um livro em homenagem a José Richa, que
morreu em 2003 — pai do governador Beto Richa e um dos fundadores do
PSDB —, o presidenciável tucano Aécio Neves afirmou: “Quem tomou as
medidas impopulares foi o atual governo”, que resultaram em “crescimento
pífio, baixo nível de investimentos, fuga de investidores estrangeiros e
volta da inflação”.
O tucano
respondia a uma onda inventada por petistas nas redes sociais segundo a
qual ele teria defendido, num encontro com empresários, a necessidade de
adotar “medidas impopulares”. Afirmou: “Essa frase jamais foi dita. O
que eu disse foi que o Brasil precisa de um governo que fuja da
demagogia, sem olhar os índices de popularidade”.
O senador
mineiro criticou também a entrevista que Lula concedeu aos
autointitulados “blogueiros sujos”, em que defendeu, pela enésima vez,
ainda que de modo oblíquo, a censura: “É incrível que o PT, defensor da
volta da democracia, queira trazer a agenda da censura para a discussão.
A liberdade de imprensa é inegociável; é um valor inalienável e não
pode ser usada por um governo como instrumento de manutenção do poder”.
Aécio
reagiu também à tolice de Lula, segundo quem haveria forças políticas
torcendo contra a Copa: “Vamos torcer para o Brasil ganhar a Copa e
mudar isso que está aí. As duas coisas são importantes para o país”. E
emendou: “O Brasil é um grande cemitério de obras inacabadas por toda a
parte. O governo não tem capacidade de planejamento. O que é lamentável é
que grande parte do que foi prometido ficou no meio do caminho. Temos
um governo que prometeu muito e entregou muito pouco”.
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