Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 22 de maio de 2014

“Quem toma medida impopular é Dilma”, diz Aécio; tucano critica ataque de petistas à liberdade de imprensa

REINALDO AZEVEDO
É isto: é preciso chamar as coisas pelo nome que elas têm. No Paraná, onde esteve para o lançamento de um livro em homenagem a José Richa, que morreu em 2003 — pai do governador Beto Richa e um dos fundadores do PSDB —, o presidenciável tucano Aécio Neves afirmou: “Quem tomou as medidas impopulares foi o atual governo”, que resultaram em “crescimento pífio, baixo nível de investimentos, fuga de investidores estrangeiros e volta da inflação”.
O tucano respondia a uma onda inventada por petistas nas redes sociais segundo a qual ele teria defendido, num encontro com empresários, a necessidade de adotar “medidas impopulares”. Afirmou: “Essa frase jamais foi dita. O que eu disse foi que o Brasil precisa de um governo que fuja da demagogia, sem olhar os índices de popularidade”.
O senador mineiro criticou também a entrevista que Lula concedeu aos autointitulados “blogueiros sujos”, em que defendeu, pela enésima vez, ainda que de modo oblíquo, a censura: “É incrível que o PT, defensor da volta da democracia, queira trazer a agenda da censura para a discussão. A liberdade de imprensa é inegociável; é um valor inalienável e não pode ser usada por um governo como instrumento de manutenção do poder”.
Aécio reagiu também à tolice de Lula, segundo quem haveria forças políticas torcendo contra a Copa: “Vamos torcer para o Brasil ganhar a Copa e mudar isso que está aí. As duas coisas são importantes para o país”. E emendou: “O Brasil é um grande cemitério de obras inacabadas por toda a parte. O governo não tem capacidade de planejamento. O que é lamentável é que grande parte do que foi prometido ficou no meio do caminho. Temos um governo que prometeu muito e entregou muito pouco”.
Por Reinaldo Azevedo

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