A declaração foi dada em resposta a uma jornalista que questionou o tucano acerca de acusações de que ele seria usuário de cocaína.
Em Porto Alegre (RS) para participar do lançamento da pré-candidatura
ao governo gaúcho de Ana Amélia Lemos (PP), o pré-candidato do PSDB à
Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), disse ser alvo de
"acusações" vindas do "submundo da política"...
"Você sabe que existe hoje um submundo da política nas redes, em que
anonimamente as pessoas fazem quaisquer tipo de acusações sobre seus
adversários, esperando que alguém, talvez desavisadamente, possa trazer
esse tema para o jornalismo sério", afirmou Aécio.
Segundo o senador, há hoje uma "guerrilha na internet". "Se nós fomos
dar atenção à guerrilha na internet, ninguém pode enfrentar os nossos
adversários. Eu tenho uma história de vida da qual me orgulho muito,
absolutamente digna e honrada, talvez tenha sido isso que tenha me
trazido até aqui."
Na sequência, o tucano sugeriu que a acusação seria motivada pelas sucessivas derrotas que ele impõe ao PT em Minas há 15 anos.
"Eu me especializei numa coisa, talvez você [jornalista] não saiba: em
derrotar o PT. Todas as vezes, há 15 anos eu ganho do PT no primeiro
turno em todas as eleições no meu Estado. E como não tem sobre a minha
vida absolutamente nada [na atuação como governador], essas acusações
vão ocorrer."
Aécio afirmou que organizou o Estado e é respeitado hoje pela grande maioria da população de Minas, "até pelos adversários".
"Os indicadores do Estado estão aí. Eu fico muito feliz de que, num
momento desses, o PT não consegue ir pro debate sério sobre o Brasil. O
que nós temos que tomar cuidado é não fazemos, até desavisadamente, o
jogo daqueles que querem trazer a campanha para esse submundo. Se
depender de mim, só haverá disputa sobre o debate político."
MACONHA
Em entrevista à Folha publicada na quinta-feira (22), Aécio admitiu já
ter experimentado maconha, mas se disse contrário à descriminalização da
erva.
"Quando tinha 18 anos, experimentei maconha e ficou por aí. E não
recomendo que ninguém faça", respondeu em entrevista ao programa Poder e
Política, da Folha e do "UOL".
Ele diz ser contra a experiência do Uruguai, país que legalizou o
consumo de maconha. "Não gostaria de ver o Brasil como cobaia de uma
experiência que não se sabe o resultado. Não acho que essa seja uma
agenda para o Brasil. Não sou a favor da descriminalização."
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal aliado de Aécio no PSDB, defende a legalização da maconha no país.
Fonte: DIÓGENES CAMPANHA - portal UOL
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