Um dos alvos da 5ª fase da Operação Ararath, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), não poupou críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
O socialista disparou que “o ministro foi mais advogado dos mensaleiros
do que atuou como ministro”. Mendes o classificou como “petista” e
disse que Dias não tem moral de julgá-lo. “O Toffoli é um ministro
petista, indicado pelo PT, que esteve lá no Mensalão defendendo todos os
mensaleiros. Ele foi mais advogado dos mensaleiros do que ministro. Ele
não tem isenção para falar mim ou de quem quer que seja”...
Mauro também questionou o posicionamento do ministro que revogou a
própria decisão de prisão do deputado estadual, José Riva (PSD). O
parlamentar foi preso na terça-feira (20), durante a 5ª fase da
Operação, pela Polícia Federal com o mandado de prisão expedido pelo
ministro, contudo, na sexta-feira (23), foi libertado. “Como é que ele
prende alguém em um dia e solta três dias depois. Ou ele prendeu errado
ou ele soltou errado, ele tem que se explicar”.
O prefeito criticou que teve a sua residência e o gabinete no Palácio
Alencastro sob busca e apreensão da PF. “Quem leu o processo viu que ele
(Toffoli) empurrou pra cima de mim e aliviou de muita gente. Eles
podiam ter pedido as informações, não precisavam ter feito busca e
apreensão”.
Acontece que o socialista foi um dos alvos da 5ª fase da Operação
Ararath, deflagrada pela PF, sobre a possível relação de um empréstimo
feito por Mauro, com o empresário Júnior Mendonça, dono da Amazônia
Petróleo – principal alvo da Operação –, com um contrato firmado com a
empresa e a Prefeitura de Cuiabá. Mauro fez um empréstimo no valor de R$
3,450 milhões, durante as eleições de 2012. Em 2013, a Prefeitura fez
um contrato com a Amazônia Petróleo, para fornecimento de combustíveis
ao município. A empresa foi contratada por R$ 3,7 milhões.
Em 2012, a Prefeitura abriu a licitação e a empresa vencedora foi a
Marmelo Auto Posto. O prefeito explicou que o contrato foi suspenso,
pois estava acima do preço praticado no mercado, por isso foi realizado o
contrato emergencial com a Amazônia. Mendes destacou que a contratação
durou apenas quatro meses e assim que uma nova licitação foi realizada,
tendo a empresa Castoldi Posto 10 vencedora do processo, o contrato com a
Amazônia foi rompida em seguida.
“Percebemos que o preço estava acima de mercado e fizemos o contrato
emergencial, que foi mais barato que a empresa que venceu em 2012.
Rompemos o contrato por conta disso e também por existir um controle de
frota feito pela mesma empresa que fazia a entrega do produto, isso não é
recomendado pelo Tribunal de Justiça. Fizemos o contrato emergencial
que é previsto pela lei e durou apenas 4 meses. Mas assim que a
licitação foi aberta e tivemos a empresa vencedora, em seguida rompemos
com a Amazônia Petróleo”.
Fonte: Folha Max / Gazeta -
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