PLÁCIDO FERNANDES VIEIRA
CORREIO BRAZILIENSE -
A campanha do medo vai
vencer? A última pesquisa na praça, divulgada quinta-feira pelo Ibope,
deixa uma interrogação no ar. Nela, Dilma cresce na camada da população
em que havia perdido mais terreno: a classe média. Aécio avança sobre o
voto dos mais pobres, que já foi curral de coronéis eleitorais, e hoje,
devido ao Bolsa Família, seria território do PT. Eduardo, devagar e
sempre, conquista adeptos em todos os estratos.
No mínimo, a constatação da pesquisa é intrigante. A presidente se saiu bem logo na classe média, a odiada geni de intelectuais petistas como a filósofa Marilena Chauí? Para uma cientista política da Universidade Federal de São Carlos, trata-se da neoclasse média. Esse segmento, que ascendeu na esteira do real nos anos FHC-Lula, estaria temendo os desacertos econômicos de Dilma. Com a propaganda do terror, teria ficado com medo de o pior piorar mais ainda.
Agora, o que dizer do eleitor dos grotões? Segundo a pesquisa, ele estaria trocando Dilma por Aécio. Como, de todos, seria o mais suscetível ao comercial do medo, fica a pergunta: o que houve? Esse eleitor sentiu-se ofendido porque a propaganda do PT o considera uma pessoa incapaz de evoluir sem uma ajudinha do governo? É pouco provável. Uma resposta mais aceitável seria que o valor da bolsa família começou a perder expressivo valor diante da inflação. E, com isso, teria tocado o ponto mais sensível do ser humado: o bolso.
Na leitura de especialistas, a pesquisa segue a linha dos últimos levantamentos - CNT/MDA, Sensus e Datafolha -, indicando alta na possibilidade de a eleição ser decidida em segundo turno. Agora, é provável que o atual quadro eleitoral só sofra mudanças significativas após a Copa. O Planalto teme que manifestações durante o Mundial influam no humor dos brasileiros quanto ao voto. Mas não há protestos com forte participação popular à vista. O que se vê, até agora, são sindicalistas, sem-teto e sem-terra ligados ao PT se aproveitando do Mundial para levar vantagem. Se houver prejuízo, hoje, os grandes prejudicados serão os governos estaduais na mira dos manifestantes. O gigante de junho de 2013, aquele que cobrava escolas, hospitais e transporte padrão Fifa, escafedeu-se. Não dá o ar da graça nem em pesquisas de intenção de voto.
No mínimo, a constatação da pesquisa é intrigante. A presidente se saiu bem logo na classe média, a odiada geni de intelectuais petistas como a filósofa Marilena Chauí? Para uma cientista política da Universidade Federal de São Carlos, trata-se da neoclasse média. Esse segmento, que ascendeu na esteira do real nos anos FHC-Lula, estaria temendo os desacertos econômicos de Dilma. Com a propaganda do terror, teria ficado com medo de o pior piorar mais ainda.
Agora, o que dizer do eleitor dos grotões? Segundo a pesquisa, ele estaria trocando Dilma por Aécio. Como, de todos, seria o mais suscetível ao comercial do medo, fica a pergunta: o que houve? Esse eleitor sentiu-se ofendido porque a propaganda do PT o considera uma pessoa incapaz de evoluir sem uma ajudinha do governo? É pouco provável. Uma resposta mais aceitável seria que o valor da bolsa família começou a perder expressivo valor diante da inflação. E, com isso, teria tocado o ponto mais sensível do ser humado: o bolso.
Na leitura de especialistas, a pesquisa segue a linha dos últimos levantamentos - CNT/MDA, Sensus e Datafolha -, indicando alta na possibilidade de a eleição ser decidida em segundo turno. Agora, é provável que o atual quadro eleitoral só sofra mudanças significativas após a Copa. O Planalto teme que manifestações durante o Mundial influam no humor dos brasileiros quanto ao voto. Mas não há protestos com forte participação popular à vista. O que se vê, até agora, são sindicalistas, sem-teto e sem-terra ligados ao PT se aproveitando do Mundial para levar vantagem. Se houver prejuízo, hoje, os grandes prejudicados serão os governos estaduais na mira dos manifestantes. O gigante de junho de 2013, aquele que cobrava escolas, hospitais e transporte padrão Fifa, escafedeu-se. Não dá o ar da graça nem em pesquisas de intenção de voto.
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