Luiz Moura, aquele que esteve na reunião com membros do PCC, assinou declaração de pobreza para obter perdão judicial em 2005; cinco anos depois, o ex-assaltante foragido já era dono de empresa de ônibus
por Fernando Gallo
Ora
enrolado na trama que o envolveu em uma reunião com suspeitos de
integrar o PCC, o deputado estadual Luiz Moura (PT) é um empresário de
sucesso.
Ao menos é o que se depreende da sua evolução patrimonial.
Documentos que vieram a público pelo portal do Estadão na
última sexta feira, 23, às 6 hs, revelam que, em cinco anos, Moura saiu
de uma situação de pobreza para ser detentor de um patrimônio de R$ 5,1
milhões.
Em
janeiro de 2005, para solicitar sua reabilitação criminal à Justiça
catarinense – que o condenara por roubo -, além de afirmar que praticara
os crimes porque usava entorpecentes, mas se regenerara, Moura
assinou um atestado de pobreza no qual sustentava não possuir “condições
financeiras de ressarcir a vítima”, no caso, um supermercado do qual
subtraiu R$ 2,4 mil em Ilhota (SC).
(…)
Além
disso, apresentou uma declaração de Imposto de Renda de 2004 (ano
calendário 2003) na qual afirmava que, em todo o ano anterior tivera
rendimentos que somaram R$ 15,8 mil, ou o equivalente a R$ 1,3 mil por
mês.
Em
2010, contudo, quando se apresentou pela primeira vez como candidato,
Luiz Moura, em sua declaração de bens, apresentou um patrimônio de R$
5,1 milhões, dos quais R$ 4 milhões em cotas de uma empresa de
ônibus – a Happy Play Tour -, cinco postos de gasolina, quatro casas e
um ônibus.
Na
ocasião, convenceu 104.705 eleitores a votarem nele, o que lhe rendeu
uma cadeira na Assembleia Legislativa e um mandato de quatro anos.
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