Jornalista Andrade Junior

domingo, 25 de novembro de 2018

"Venezuelano não é mercadoria para ser devolvido", diz Bolsonaro

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste sábado (24) que “venezuelano não é mercadoria para ser devolvido” ao ser questionado sobre as ideias do futuro governador de Roraima e colega de partido, Antonio Denarium, que declarou em entrevista exclusiva ao UOL que estuda a criação de um programa de “devolução de venezuelanos” e o fechamento da fronteira com o país vizinho.
A migração de venezuelanos é a maior crise de refugiados já enfrentada pelo Brasil. Bolsonaro declarou neste sábado não concordar com soluções mais radicais, mas disse considerar a possibilidade de criar um “campo de refugiados”.
Em entrevista publicada pelo UOL nesta sexta-feira (23), Denarium que é necessário fazer um programa de retorno dos venezuelanos para suas cidades de origem.
“Existem venezuelanos que acabam ficando muito tempo em Roraima, não conseguem emprego e alguns deles demonstram desejo de retornar para a Venezuela, só que eles não têm condições financeiras. Então, tem que ser feito um programa de devolução dos venezuelanos, uma ação do governo federal de reintroduzi-los na Venezuela. E existe custo para fazer isso: precisa de passagem, de ônibus, de alimentação”, declarou Denarium.
A reposta de Bolsonaro foi dada em entrevista coletiva após ele participar da cerimônia do aniversário de 73 anos da brigada da Infantaria de Paraquedista, na Vila Militar, em Deodoro, zona oeste do Rio.
Além do presidente eleito, compareceram ao evento o futuro governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), o interventor federal, general Walter Braga Netto, o novo chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, entre outras autoridades.
Ao chegar ao local, Bolsonaro entrou em uma das 16 viaturas Lince, blindado do Exército de fabricação italiana adquirido recentemente com recursos da intervenção federal no Rio.
Bolsonaro, que é paraquedista de formação, ficou menos de um minuto dentro da viatura. De acordo com o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do CML (Comando Militar do Leste), o blindado foi adquirido porque é adequado a operações em favelas e áreas de difícil acesso.
Posteriormente, Bolsonaro participou de uma solenidade militar de entrega de medalhas, diplomas e honrarias.

Bolsonaro, hoje capitão reformado do Exército, formou-se no curso de paraquedista militar no ano de 1977. Ele serviu no 8º Grupamento de Artilharia de Campanha Paraquedista no período de 1983 a 1986.


















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