VLADY OLIVER
Esta é a conclusão a que se chega ao ler as atuais denúncias de pagamento de propina para eleger a “dupla caipira” Lula e Dilma, com o devido pedido de desculpas aos músicos sertanejos. A dupla de meliantes pagou o sequestro da nossa democracia com o dinheiro rapinado dos cofres públicos, numa demonstração inequívoca de quanto o crime compensa por estas paragens. Ninguém sabe, ninguém viu.
Os 16 milhões depositados em paraísos fiscais para fazer “O feira” reforçam a suspeita de que a grana não foi usada apenas para saldar dívidas de campanhas. Já fiz campanha política. Dava para ficar muito rico com o montante que essa gente finge ter usado para pagar sua eleição. É mentira da grossa.
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Está cada dia mais claro que tamanha roubalheira não poderia ser planejada, comandada e executada impunemente sem que a corja de vagabundos não tivesse assegurado o seu quinhão de participação na calhordice. É disso que se trata o gigantesco quadro “Guerra e Paz” que vem sendo pintado pela Lava Jato. “Guerra é guerra”, poderia ser o nome da pintura. Nela cabem quase todos os políticos, de todas as cores e agremiações partidárias.
É com essas tintas que chegamos onde chegamos, caros leitores. Uma presidência à venda, leiloada pelo melhor lance, que viu na petralharia a organização perfeita para fazer a coisa. O aparelhamento rombudo de nossas instituições, a Justiça, o Legislativo, a imprensa acocorada e as oposições pegas com a boca cheia de verdinhas também obtidas via acertos espúrios — tudo isso mostra de forma clara que o povinho manco que se dane e pague a conta toda, de preferência com a última gota de suor extraída de seus esforços inúteis.
Enquanto isso, uma ramificação da própria Lava Jato se incumbe de acomodar os Sergios Machados em confortáveis instalações, e até um padre é incorporado à vigarice. Que o quadro acabado dessa imensa empulhação apareça em todo o seu esplendor marreta, para que fique bem claro com que tipo de classe política estamos lidando. Uma que não tem o menor pudor de enfiar a mão no seu bolso, pacato cidadão.
Um bando de ladrões, é o que são. Todos eles, até prova em contrário.
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