MIRANDA SÁ
“A corrupção dos governantes quase sempre começa pela corrupção dos seus princípios” (Montesquieu)
A
esperança pregada pelo Partido dos Trabalhadores na primeira campanha
que elegeu Lula da Silva não passava daquele inseto ortóptero da família
das “Tettigoniidae”, primo dos grilos, de costume disfarçado, cuja
picada urge e incha a pele.
Na
crendice popular se diz que a “esperança” dá sorte e traz dinheiro, mas
da política brasileira só trouxe sorte e dinheiro para a família Lula
da Silva e aos hierarcas do PT, a pelegagem que chegou ao poder e os
aliados corruptos.
Entretanto,
de volta ao passado, a vitória de Lula veio cercada de expectativas
para a melhoria de vida dos trabalhadores, mas resultou numa aliança
espúria dos picaretas do Congresso Nacional, empreiteiros e banqueiros,
transformando o governo federal numa Cleptocracia arrogante e
antidemocrática.
A
roubalheira institucionalizada transpareceu e se difundiu quando passou
a ser administrada pelo fantoche de Lula, Dilma Rousseff. O Brasil
assistiu toda espécie de manobras, disfarces e ilegalidades nos assaltos
dos lulo-petistas à coisa pública.
E
aí se revelou que as conquistas dos trabalhadores se resumiram a
propaganda enganosa, discursos demagógicos e falsas promessas na
execução de uma “política social” de distribuição de benesses para um
colégio eleitoral de parasitas.
Até
o “empréstimo consignado” para os funcionários públicos, aposentados e
pensionistas carreou vantagens para o partido e para o bolso de
ministros e senadores do grupo autodenominado “de esquerda bolivariana” …
Em
boa hora, graças à pressão popular que levou 10 milhões de pessoas a se
manifestar em todo País, Dilma, a marionete de Lula, está sendo julgada
política e juridicamente no Senado Federal num processo do impeachment.
O
povão despertou ao tomar conhecimento das inomináveis bandalheiras
descobertas, primeiro no processo do “Mensalão” e agora trazidas
escandalosamente pela Operação Lava Jato, conduzida pelas mãos limpas da
Polícia Federal, o Ministério Público e o juiz Sérgio Moro.
Neste
cenário de indignação e ruidosas denúncias sobressai-se a figura do
delator. Sob a coordenação de Moro apoiada na ação convincente e
transparente do MP e PF a delação premiada foi adotada.
Nada
mais republicano do que a Lei que rege a delação premiada impondo que
nenhuma sentença condenatória terá como fundamento somente as
declarações de agente colaborador (Lei 12.850/2013 artigo 4º, §16). No
caso da Lava Jato sobejam agendas com anotações, memórias não voláteis
de computadores, gravações telefônicas, testemunho, notas de compras e
até recibos assinados!
Diretores
da Petrobras, donos e executivos de empreiteiras, funcionários públicos
graduados e até detentores de mandatos eletivos envolvidos em esquemas
de corrupção “abriram a boca”. No momentoso caso que envolve o fundador
do PT e ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo, temos a citação de
cinco delatores!
Entre
os que denunciam Paulo Bernardo (e à sua mulher, senadora Gleise
Hoffman) aparece o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa, que fala da doação de R$ 1 milhão para a campanha de
Gleise ao Senado. Corroborou nesta transação criminosa, outro delator,
Alberto Youssef.
Acode
também a delação do ex-senador Delcídio Amaral, com uma bomba: a
existência de um órgão mantenedor das finanças de Paulo Bernardo e das
despesas do mandato de Gleisi, a Consist Software.
Outro
delator, Antonio Carlos Brasil Fioravante Pieruccin, confirmou repasses
de dinheiro para a campanha de Gleisi a pedido de Alberto Youssef;
segundo ele, pelo menos R$ 7 milhões teriam sido repassados ao
escritório do advogado de Bernardo-Gleisi.
Finalmente
um petista de carteirinha! O ex-vereador Romano, codinome Chambinho,
preso durante a 18ª fase da Operação Lava Jato, afirmou na sua delação
ter repassado os dólares da cueca, e detalhou o esquema do qual Paulo
Bernardo se beneficiava com o crédito consignado, desencadeando a
Operação Custo Brasil – a Pixuleco 2.
Importante
é registrar que tudo traz “provas incontestáveis”. Mesmo assim,
senadores se revoltaram com a busca e apreensão determinada pela Justiça
no apartamento do casal. Casa de parlamentar é santuário para abrigar
bandidos?
EXTRAÍDADETRIBUNADAIMPRENSA
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