EDITORIAL FOLHA DE SP
FOLHA DE SP -
Não é só com a conclusão
de estádios e obras de infraestrutura para a Copa do Mundo que o
brasileiro tem razão de preocupar-se, uma vez que a abertura se dará em
12 de junho num estádio ainda inacabado. Há motivo também para
inquietar-se com a letárgica preparação dos primeiros Jogos Olímpicos na
América do Sul.
O prazo dado ao Rio de Janeiro é menos premente, por certo. A competição só ocorrerá em meados de 2016. Mas para preparar a Copa havia quase sete anos disponíveis, e mesmo assim o país vai entregar tudo --em verdade, menos que o previsto-- em cima da hora.
Na semana passada, a maior parte dos 28 diretores de federações de modalidades olímpicas reunidos na Turquia criticou o andamento das obras e manifestou preocupação com os Jogos do Rio. Houve até quem pedisse um plano de sede alternativa, para o caso de as instalações cariocas não serem entregues a tempo.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou em seguida uma espécie de intervenção nos trabalhos de organização do evento. Além de contratar um gerente local para acompanhar de perto as obras, a entidade aumentará a frequência de visitas do diretor-executivo ao Rio, criará um grupo para decisões de alto nível e ampliará o envolvimento das federações internacionais nos preparativos dos brasileiros.
A manobra é algo mais sutil que o "cartão amarelo" dado em 2000 a Atenas, cidade-sede dos Jogos em 2004, pelo então presidente do COI, Juan Samaranch. Espera-se que, com maior supervisão e interferência internacionais, as construções olímpicas no Rio enfim ganhem ritmo.
Embora anunciada como anfitriã da competição em 2009, a capital fluminense nem mesmo deu a largada nos trabalhos do complexo de Deodoro, onde serão disputadas competições de oito modalidades. No Parque Olímpico da Barra da Tijuca, as obras avançam de maneira lenta e enfrentaram greves nos últimos dias.
Lamenta-se que a matriz de responsabilidades --documento que oficializa as obrigações do comitê organizador e dos governos federal, estadual e municipal-- e o orçamento final da competição continuem em aberto.
Não é preciso recorrer a exemplos estrangeiros para precaver-se contra desvios de verbas e corrupção propiciados pelos atrasos. O grande legado do Pan-Americano do Rio, em 2007, foi um sem-fim de irregularidades. Que o saldo da Olimpíada, agora sob supervisão internacional, seja outro.
O prazo dado ao Rio de Janeiro é menos premente, por certo. A competição só ocorrerá em meados de 2016. Mas para preparar a Copa havia quase sete anos disponíveis, e mesmo assim o país vai entregar tudo --em verdade, menos que o previsto-- em cima da hora.
Na semana passada, a maior parte dos 28 diretores de federações de modalidades olímpicas reunidos na Turquia criticou o andamento das obras e manifestou preocupação com os Jogos do Rio. Houve até quem pedisse um plano de sede alternativa, para o caso de as instalações cariocas não serem entregues a tempo.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou em seguida uma espécie de intervenção nos trabalhos de organização do evento. Além de contratar um gerente local para acompanhar de perto as obras, a entidade aumentará a frequência de visitas do diretor-executivo ao Rio, criará um grupo para decisões de alto nível e ampliará o envolvimento das federações internacionais nos preparativos dos brasileiros.
A manobra é algo mais sutil que o "cartão amarelo" dado em 2000 a Atenas, cidade-sede dos Jogos em 2004, pelo então presidente do COI, Juan Samaranch. Espera-se que, com maior supervisão e interferência internacionais, as construções olímpicas no Rio enfim ganhem ritmo.
Embora anunciada como anfitriã da competição em 2009, a capital fluminense nem mesmo deu a largada nos trabalhos do complexo de Deodoro, onde serão disputadas competições de oito modalidades. No Parque Olímpico da Barra da Tijuca, as obras avançam de maneira lenta e enfrentaram greves nos últimos dias.
Lamenta-se que a matriz de responsabilidades --documento que oficializa as obrigações do comitê organizador e dos governos federal, estadual e municipal-- e o orçamento final da competição continuem em aberto.
Não é preciso recorrer a exemplos estrangeiros para precaver-se contra desvios de verbas e corrupção propiciados pelos atrasos. O grande legado do Pan-Americano do Rio, em 2007, foi um sem-fim de irregularidades. Que o saldo da Olimpíada, agora sob supervisão internacional, seja outro.
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