EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
CORREIO BRAZILIENSE -
É difícil encontrar
adjetivo adequado para qualificar a situação a que chegou a Petrobras.
Talvez kafkiano seja capaz de transmitir pálida imagem do inferno astral
por que passa a petroleira brasileira. A empresa, que figurou entre as
mais respeitadas do mundo, chegou a ponto de desmentir dito que circula
continentes afora. Diz ele: o melhor negócio do planeta é o petróleo bem
administrado. O segundo, o petróleo mal-administrado.
Durante décadas, a Petrobras figurou no primeiro grupo. Investir nas ações negociadas em bolsa era garantia não só de manutenção do capital, mas também de obtenção de lucro. Não foi outra a razão por que trabalhadores brasileiros, quando autorizados a sacar parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para aplicar na bolsa de valores, a escolha só poderia recair em duas empresas - a Vale e a Petrobras.
Patrimônio tão valioso - construído com o esforço do povo de norte a sul do Brasil - parecia impermeável a politicagens e a suspeitas capazes de pôr em xeque a respeitabilidade da empresa e a abalar a confiança nela depositada. O impensável, porém, aconteceu. Surgiram indícios de maus negócios, administrações duvidosas, aparelhamento da instituição, manipulação de preços da gasolina, uso político e pessoal do prestígio da estatal.
Vem, pois, em boa hora a decisão da ministra Rosa Weber de autorizar a instalação da CPI da Petrobras com foco preciso. A maior empresa brasileira merece sair das páginas policiais e voltar ao noticiário econômico. Irregularidades apontadas na compra da refinaria de Pasadena (Texas, Estados Unidos) em 2006 teriam ocasionado prejuízo superior a US$ 1 bilhão.
Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da estatal, disse ter recebido relatório falho com base no qual autorizou a transação. Recente notícia informou que auditoria interna apurou saque de US$ 10 milhões do caixa de Pasadena sem registro, com apenas pedido verbal de administradores da refinaria. São fatos graves que precisam ser apurados com rigor. Os responsáveis, uma vez comprovada a culpa, têm de responder pelos atos.
Impõe-se, porém, manter o foco para chegar a resultado positivo. Em ano eleitoral, será grande a tentação de transformar a CPI em palanque - palco ideal para digladiadores que buscam a autopromoção em detrimento da verdade por que o Brasil anseia. Não só. Além de se conservar no rumo, é essencial que os parlamentares estudem os problemas, questionem assessores, consultem especialistas para saber perguntar e saber avaliar as respostas. Dúvidas devem ser varridas. A Petrobras, vale lembrar, é importante demais para ser desmoralizada por irresponsáveis.
Durante décadas, a Petrobras figurou no primeiro grupo. Investir nas ações negociadas em bolsa era garantia não só de manutenção do capital, mas também de obtenção de lucro. Não foi outra a razão por que trabalhadores brasileiros, quando autorizados a sacar parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para aplicar na bolsa de valores, a escolha só poderia recair em duas empresas - a Vale e a Petrobras.
Patrimônio tão valioso - construído com o esforço do povo de norte a sul do Brasil - parecia impermeável a politicagens e a suspeitas capazes de pôr em xeque a respeitabilidade da empresa e a abalar a confiança nela depositada. O impensável, porém, aconteceu. Surgiram indícios de maus negócios, administrações duvidosas, aparelhamento da instituição, manipulação de preços da gasolina, uso político e pessoal do prestígio da estatal.
Vem, pois, em boa hora a decisão da ministra Rosa Weber de autorizar a instalação da CPI da Petrobras com foco preciso. A maior empresa brasileira merece sair das páginas policiais e voltar ao noticiário econômico. Irregularidades apontadas na compra da refinaria de Pasadena (Texas, Estados Unidos) em 2006 teriam ocasionado prejuízo superior a US$ 1 bilhão.
Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da estatal, disse ter recebido relatório falho com base no qual autorizou a transação. Recente notícia informou que auditoria interna apurou saque de US$ 10 milhões do caixa de Pasadena sem registro, com apenas pedido verbal de administradores da refinaria. São fatos graves que precisam ser apurados com rigor. Os responsáveis, uma vez comprovada a culpa, têm de responder pelos atos.
Impõe-se, porém, manter o foco para chegar a resultado positivo. Em ano eleitoral, será grande a tentação de transformar a CPI em palanque - palco ideal para digladiadores que buscam a autopromoção em detrimento da verdade por que o Brasil anseia. Não só. Além de se conservar no rumo, é essencial que os parlamentares estudem os problemas, questionem assessores, consultem especialistas para saber perguntar e saber avaliar as respostas. Dúvidas devem ser varridas. A Petrobras, vale lembrar, é importante demais para ser desmoralizada por irresponsáveis.
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